terça-feira, 23 de junho de 2009

UTI do Hospital Materno de Imperatriz adota atendimento integral

O cuidado integral com a saúde do bebê e de sua mãe tornou-se uma das boas práticas observadas durante a internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal do Hospital Regional Materno Infantil (HRMI) de Imperatriz.

A medida foi tomada porque, no Brasil, há inúmeras infecções comuns na fase perinatal (período imediatamente anterior e posterior ao parto), tais como, problemas respiratórios, asfixia ao nascer e infecções, mais comuns em crianças prematuras e de baixo peso, representam a primeira causa de mortalidade infantil. Além disso, muitos bebês que nascem antes do tempo são acometidos de distúrbios metabólicos e dificuldades em alimentar-se e regular a temperatura.

Método Canguru
O mais recente procedimento médico do hospital, visando a excelência do atendimento integral, foi a inserção do Método Canguru, que é uma forma de contato pele a pele entre a mãe e o bebê prematuro. A criança, vestindo apenas uma fralda, é colocada em contato com o corpo da mãe na posição vertical, durante o tempo suficiente em que ambos estiverem em situação prazerosa.

Para firmar a criança de uma maneira confortável contra o peito materno, é colocada uma faixa imitando a bolsa do animal.

Embora o contato pele a pele com a mãe seja mais adequado, devido a aproximação com o peito materno, o método também deve ser praticado pelo pai da criança e por familiares. O método incentiva o aleitamento materno, como também o contato e a troca de afetividade entre pais e bebês. Além disso, diminui o risco das infecções hospitalares.

Todo o processo implica em humanização do atendimento, capacitação técnica da equipe de saúde no atendimento ao recém-nascido de baixo peso, tendência irreversível nas práticas médicas mais modernas, e sua adoção exige apenas informação e treinamento.

Qualidade
Todo bebê prematuro ou de baixo peso nascido no HRMI passa agora por este método graças a uma reforma feita recentemente na UTI neonatal da maternidade do hospital.

O HRMI atende a uma média de 20 crianças por mês por esse método, sendo que o primeiro passo desse atendimento é a UTI neonatal, quando começa o contato com a mãe pelo visual e toque. Na seqüência, a unidade intermediária, e em seguida a Unidade Canguru, onde a mãe permanece 24 horas junto ao bebê.

Nos últimos dois meses a unidade passou por uma reforma na sua estrutura física e logística.
Segundo o diretor do HRMI, Rênio Pereira, tudo foi feito dentro do padrão exigido para um hospital materno de alta complexidade, que atende toda a Região Tocantina do Maranhão, Sul do Pará e parte do estado do Tocantins.

“Nossa preocupação é sempre com a saúde do bebê e da mãe, de forma a melhorar esse atendimento aos bebês prematuros que estão na UTI neonatal. Também é uma forma de combatermos a mortalidade infantil”, explicou Pereira.

A equipe multidisciplinar que trabalha na UTI neonatal do hospital é formada por três médicos (dois plantonistas e um diarista), dois enfermeiros, dez técnicos em enfermagem, um psicólogo, um fonoaudiólogo, um fisioterapeuta, uma assistente social e um terapeuta ocupacional.

As reformas nas unidades de saúde, construção de novos hospitais, aumento no orçamento da Saúde, contratação de mais profissionais e humanização do atendimento, fazem parte da nova filosofia de políticas públicas em saúde para o Maranhão, de acordo com o gestor regional de Saúde, Clidenor Plácido Sansão.

“A governadora Roseana Sarney deixou bem claro que a saúde é prioridade absoluta de seu governo. Só para se ter um exemplo, o Estado vai ganhar 65 novos hospitais, sendo dois em Imperatriz, um de média e alta complexidade e o outro para tratamento do câncer”, acrescentou Sansão.
Fonte: Sedesma/Secretaria de Comunicação do Estado

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