terça-feira, 22 de setembro de 2009

Professores rejeitam contraproposta do Governo

INDICATIVO DE GREVE
Professores rejeitam contraproposta do Governo

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) decidiu ontem, em assembleia, rejeitar a contraproposta do Governo do Estado de recomposição salarial de 6,1% e reafirmar a reivindicação de 19,2%. Foi aprovado o indicativo de uma paralisação de advertência de 48 horas nos dias 29 e 30 de setembro. Também ficou decidido que a categoria se manterá em estado de greve até a aprovação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) e do Estatuto do Educador, que inclua os funcionários de escola.

A contraproposta do governo havia sido apresentada na última terça-feira (dia 15), quando representantes do Sinproesemma e os secretários César Pires (Educação), Luciano Moreira (Administração) e João Abreu (Casa Civil) se reuniram para a quinta rodada de negociações entre as partes.

Baseado na pauta de reivindicações da categoria protocolada no dia 11 de maio, o Sinproesemma levou para as duas últimas reuniões a proposta de uma recomposição salarial de emergência, a ser aplicada até a elaboração do PCCS e o Estatuto do Educador. A referência é o percentual de 19,2%, índice pelo qual foi reajustado o valor aluno/ano do Fundeb.
Mas segundo o presidente do Sinproesemma, professor Júlio Pinheiro, pouco se avançou. “Inicialmente, os representantes do governo apresentaram proposta de recomposição de 4,1%. Ao final da reunião, fizeram uma nova proposta de 6,1%, que somados à antecipação em abril de 5,9% alcança os 12,35%”, explica Júlio Pinheiro. “Mas nada foi acordado, pois está abaixo do reinvidicado pela categoria”, conclui.

Haverá outras assembleias regionais, mas segundo o presidente do Sinproesemma, professor Júlio Pinheiro, a tendência é que todas tomem a mesma decisão. Concluído o processo, os diretores do Sinproesemma comunicarão o governo da decisão da categoria e cobrarão novas reuniões.

Júlio Pinheiro explicou que o estado de greve é necessário para que a categoria fique alerta e mobilizada, pronta para cruzar os braços. “É um estado de prontidão, para fazer uma analogia militar, isto é, a qualquer momento, dependendo do avanço ou não das negociações, podemos começar a paralisação”.

Na quarta-feira passada, durante o Dia Nacional de Luta pelo Piso Salarial, o Sinproesemma distribuiu um manifesto em que alertava a sociedade: “está nas mãos do governo atender às reivindicações dos educadores e evitar prejuízos aos alunos e alunas da rede estadual de educação devido a uma paralisação por tempo indeterminado”.
Com informações do Sinproesemma

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