sexta-feira, 27 de novembro de 2009

OAB reprova 90,3% no Maranhão

OAB reprova 90,3% no Maranhão
Candidatos denunciam que prova de Direito do Trabalho da segunda fase do Exame de Ordem induzia ao erro e pedem sua anulação. Para entidade índice pode refletir a qualidade do ensino

Rafaela Vidigal
Aplicada em 25 de outubro, ainda hoje o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é polêmica nacional. A prova de Direito do Trabalho da segunda fase é o grande motivo de descontentamento. Alunos do Maranhão que optaram por este tipo de matéria, afirmam que o enunciado da prova prático-processual, equivalente a 50% da pontuação, induzia os examinados ao erro e aceitava duas respostas corretas. A sugestão é que a prova seja anulada, dada a quantidade de reprovações. A seccional do estado admite posicionamento contrário e afirma que apenas no dia 9 de dezembro, após reunião com todas as comissões, será anunciada a decisão quanto a prova trabalhista. Na última prova realizada, o Maranhão obteve apenas 9,7% de aprovação no Exame.
A reclamação é apenas para quem optou por Direito do Trabalho como disciplina para a peça prática. Conforme o universitário Fábio Dualibe, a questão apresentou falhas na elaboração. “O enunciado induziu os examinandos ao erro e ainda dava margem para mais de uma resposta correta”, apontou. Ainda sem ter concluído o curso, Fábio Dualibe disse que estranhou desde o processo de inscrição na prova.
Anteriormente, quem não possuía diploma de bacharel em Direito deveria solicitar a participação mediante mandado de segurança. Desta vez foi diferente. “No edital apontava que poderia fazer o exame. Passei na primeira etapa e tinha escolhido a prova prática de Direito trabalhista. Essa fase são seis questões. A peça vale cinco pontos e as demais, cada uma, um ponto. Se o examinando erra a peça já está eliminado da prova”, reclamou.
O edital da prova prevê que cada pergunta admite apenas uma resposta correta. Para Fábio Duailibe, anular a questão referente à peça prática deveria ser o posicionamento correto para não prejudicar os candidatos. “A maioria das pessoas dão preferência para a área trabalhista na segunda fase. A proposta é que a questão seja anulada e contabilize pontos para todos”, sugeriu.
Neste exame, quando a prova objetiva ocorreu dia 13 de setembro e a segunda etapa em 25 de outubro, 1195 candidatos realizaram a inscrição. Desse total, 548 foram aprovados para a etapa discursiva, perfazendo apenas 45,8%. Da segunda etapa, a seccional do Maranhão registrou 276 solicitações de recursos. O prazo de recebimento terminou na segunda-feira. Conseguiram êxito nas duas etapas apenas 116, o que representa 9,7% da fatia.

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