quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Pedro Novais pede que CGU investigue ministério

Brasília – O ministro do Turismo, Pedro Novais, pediu à CGU (Controladoria Geral da União) a abertura de uma comissão de Procedimento Administrativo Disciplinar para apurar as suspeitas envolvendo a pasta.

Segundo nota divulgada pelo ministério, os servidores presos durante a Operação Voucher, deflagrada nesta terça-feira pela Polícia Federal, serão afastados de suas funções durante as investigações da comissão. Outra medida anunciada é a suspensão dos convênios com entidades privadas sem fins lucrativos pelo prazo de 45 dias.

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Presos na Operação Voucher chegaram no início da noite a Brasília. Foto: Sérgio Lima/Folhapress

A Polícia Federal (PF) informou ter indícios de que o secretário executivo do ministério, Frederico Costa, e o ex-presidente da Embratur, Mário Moysés, recebiam propina em dinheiro do grupo acusado de desviar recursos da pasta.

Até o momento, foram presas 35 pessoas na Operação Voucher: sete no Amapá, 17 no Distrito Federal e 11 em São Paulo. Faltam ainda efetuar três prisões decretadas: uma no DF, uma em São Paulo e outra em Curitiba. Entre os presos, além de Costa e Moysés, está o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento do Turismo, Colbert Martins, funcionários do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) e empresários.

- O que a gente sabe é que o dinheiro chegava às mãos deles (Costa e Moysés) por esse esquema – afirmou o diretor-executivo da PF, Paulo de Tarso Teixeira, numa entrevista na tarde desta terça-feira.

A operação da PF investiga desvios relacionados a convênios de capacitação profissional no Amapá num contrato de R$ 4,45 milhões.

A ministra de Relaçoes Institucionais, Ideli Salvati, isentou totalmente o ministro de envolvimento no caso.

- Até onde sabemos a operação teve como origem um convênio de 2009, portanto, o ministro Pedro Novais não teria tido qualquer participação – afirmou Ideli.

A ministra disse ainda que foi surpreendida pela manhã com a ação da Polícia Federal, assim como a presidente Dilma Rousseff. Ela acrescentou que espera que toda a operação da PF tenha ocorrida dentro da legalidade:

- Espero que as investigações em curso apontem única e exclusivamente aqueles que cometeram irregularidades. A operação da PF é igual a decisão da Justiça, devemos aguardar e cumprir. Mas qualquer abuso que possa ter sido cometido, não terá a nossa complacência.

(Com informações de O Globo e Folha.com).

2 comentários:

Anônimo disse...

Queria ver mesmo e o rolo compressor da PF rolar de cima´para baixo e chegar ate Açailandia MA.

Anônimo disse...

E Açailandia, quando será? hein?? voce sabia q o secretario de Administração Franco Kiomitsu Suzuki, responde processo por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) contra os envolvidos no frustrado projeto do Pólo Industrial de Confecções da Grande São Luís?