quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Abandonados, servidores de São Francisco do Brejão decretam greve geral

Os servidores públicos do Município de São Francisco do Brejão não suportaram mais a situação de desrespeito a que estão submetidos pela Prefeitura Municipal. O SINTESPUBRE – Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino e no Serviço Público de São Francisco do Brejão declarou greve geral nesta última quarta-feira, dia 19 de outubro visando sensibilizar o prefeito municipal diante da situação caótica.

Desde a semana passada iniciou o processo grevista através da participação dos servidores lotados na secretaria de saúde e administração, e nesta quarta-feira, receberam a adesão dos professores, a pauta de reivindicação além de ser justa, está há muito tempo em discussão.

Neste momento, os servidores da saúde estão com 49 dias trabalhados sem o devido recebimento de seus vencimentos. Os servidores estão mantendo os serviços essenciais no Hospital Municipal Santa Rosa. O médico concursado aderiu à greve e está atendendo apenas as emergências. Entre os servidores da administração, tem casos de 79 dias de atraso.

Por outro lado, estão os profissionais da educação que desde março mendigam atrás do prefeito para conversar sobre a Proposta de Acordo Coletivo de Trabalho 2011-2012, que solicita melhorias salariais e outros benefícios aos servidores.

Durante o movimento grevista, os servidores estão concentrados na sede do Sindicato desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira. Os servidores reclamam que o governo recebera no dia 18 de março de 2011 a primeira proposta enviada pela categoria e, não tendo recebido nenhuma contra proposta oficial, o Sindicato protocolou a proposta mais uma vez no dia 09 de junho de 2011. No entanto, passado um mês do envio da pauta de reivindicação os servidores determinaram a paralisação de advertência em junho.

O prefeito concedeu um insignificante aumento à revelia e de acordo com o comando de greve, a classe de professores está sendo a mais prejudicada, uma vez que o reajuste está condicionado à data base que é dia 1° de abril, portanto, com atraso de mais de 180 dias. Segundo os professores, estão solicitando reajuste de acordo com aumento dado pelo Governo Federal por meio do reajuste valor aluno/ano que foi na proporção de 21,7% (vinte e um, vírgula sete por cento), o que corresponde ao mesmo percentual solicitado pela classe. Somado a isto, há o caso dos recursos recebidos do reajuste do FUNDEB e que deveria ser rateado aos professores e o dinheiro tomou rumo ignorado. Numa tentativa de enfraquecer o movimento sindical, o município negou aos servidores o desconto em folha de pagamento a favor do Sindicato.

Além de solicitar material de proteção para os garis, a entidade fechou a pauta de reivindicação, solicitando a incorporação da gratificação de R$ 130,00 (cento e trinta reais) ao salário dos técnicos de enfermagem.

O Sindicato informou ter tentado de todas as formas conversar com o prefeito, inclusive o prefeito se negou a ir as audiências convocadas pela Procuradoria Federal do Trabalho e de acordo com o Presidente do Sintespubre, a paralisação foi informada rigorosamente aos devidos órgãos, como ao Poder Público Municipal à Procuradoria Federal do Trabalho e ao Ministério Público.

Os professores divulgaram um manifesto em carro de som pelas ruas da cidade informando aos pais do motivo da paralisação e de que estão abertos a montagem de um calendário de reposição de aulas afim de não prejudicar o alunado.

A greve dos servidores segundo os líderes do movimento só poderá cessar quando o prefeito resolver os impasses.

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