quarta-feira, 21 de maio de 2014

CREAS realiza caminhada contra a violência sexual infantil pelas ruas de Açailândia.

Centenas de pessoas participaram da atividade que marca o Dia Nacional de luta contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes.

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A proposta de refletir o Dia Nacional de luta contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes, que é lembrado em todo o país, o Centro de Referência da Assistência Social (CREAS), promoveu na manhã da última segunda-feira (20), uma grande caminhada pelas ruas do município.

Centenas de pessoas, entre elas autoridades da cidade de Açailândia, participaram da atividade, que teve início na praça do mercado municipal, por volta das 9 horas e se encerrou na Praça do Pioneiro. Para a Secretária e uma das grandes organizadoras da marcha, Zetinha Sampaio, “a iniciativa visa chamar a atenção da sociedade para um tema ainda pouco valorizado, mas de profunda importância para criarmos uma sociedade livre destes males”, pois, segundo ela, “a ação promove uma conscientização tanto nas crianças, e em como elas devem se comportar, quanto nos adultos e em seu papel neste processo”.

A escolha da data é uma recordação ao sequestro, em 18 de maio de 1973, de Araceli Cabrera Sanches, então com oito anos, quando foi drogada, espancada, estuprada e morta por membros de uma tradicional família capixaba.

O projeto, de autoria da então deputada Rita Camata (PMDB/ES), foi sancionado em maio de 2000 como Lei 9.970. Desde então, a sociedade civil, em defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes promove atividades em todo o país para conscientizar tanto a sociedade quanto as autoridades sobre a gravidade do tema.

O CREAS contou com a colaboração da Vale do rio doce, COMUCAA, Promotoria da infância e juventude, agentes de saúde, além do Departamento de Promoção Social e do Fundo Social do Município. As escolas estaduais e municipais também participaram da atividade, mobilizando e orientando seus alunos quanto à importância de se discutir e esclarecer sobre a violência sexual. “No início costumam levar na brincadeira, mas quando percebem que o assunto é realmente sério, mudam a postura e passam a interagir com atenção”, diz uma psicóloga.

A imagem da Maria Marta foi usada como alerta à sociedade, não somente para esses casos de violência sexual, mas para o fato das entidades e organizações estarem de olho na luta contra esses inúmeros casos lamentável no país.

Caso Maria Marta

Com apenas 17 anos, a adolescente Maria Marta Silva Bezerra desapareceu da Praça da Bíblia, em Açailândia, no final da tarde do dia 11 de agosto de 2004, a 16 dias do seu aniversário. Ela estudava o segundo ano do Ensino Médio no Centro de Ensino Lourenço Antônio Galletti, escola estadual localizadas nas imediações da referida praça.

O corpo de Maria Marta foi encontrado por um tio, após buscas que duraram em média uma semana, em uma estrada vicinal próxima ao acesso da Colônia, área rural do município. Ela sonhava em ser estilista e o autor, ou autores do seu assassinato, de fato, ainda figuram como um mistério.

A denúncia é fundamental para coibir este tipo de ato. Para realizá-la basta discar 100 de qualquer parte do Brasil, sem a necessidade de se identificar.

Caminhada no Pequiá

Outra grande caminhada foi realizada nas do Distrito Industrial do Pequiá na manhã de segunda-feira (19), dentro da programação da semana municipal de enfrentamento da violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. O evento contou também com uma grande quantidade de pessoas. Instituições parceiras que também fazem parte do grupo de monitoramento como DMT, Polícia Militar, Conselho Tutelar, FIA, SEMAS, SEMED, CREAS, CRAS, FORUM DCA, FUNDAÇÃO VALE dentre outras, estiveram participando da caminhada.

Para a coordenadora do grupo de monitoramento Marluce Pacheco, evento desta natureza é muito importante, pois é uma alerta para a sociedade e tem varias finalidades inclusive lembrar aos abusadores, que a população está atenta e que não aceita esse tipo de crime.

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