sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Após erros e recuos, Derrite diz que Câmara votará PL Antifacção na terça

 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o seu secretário licenciado de Segurança Pública, Guilherme Derrite, por ora deputado federal (PP-SP)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o seu secretário licenciado de Segurança Pública, Guilherme Derrite, por ora deputado federal (PP-SP)

WERTHER SANTANA - 1º.fev.2024/ESTADÃO CONTEÚDO


Roger Modkovski

O deputado federal e secretário de Segurança Pública licenciado de São Paulo Guilherme Derrite (PP) disse que o projeto de lei contra o crime organizado —o PL Antifacção— está pronto e deve ser votado e aprovado na próxima terça. Ele prevê que emendas e destaques em plenário existam e sejam analisados um por um.

O texto deve ir a votação após recuos do relator, que havia incluído no projeto inicial do governo federal medidas que equiparavam ações das facções criminosas ao terrorismo e retirava atribuições da Polícia Federal, o que causou protestos.

Para o colunista Josias de Souza, Derrite planejou mal a missão que recebeu do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para, com o projeto, aniquilar as pretensões reeleitorais do presidente Lula (PT).

O comentarista Reinaldo Azevedo vai na mesma linha: para ele, quem apresenta quatro propostas diferentes em cinco dias, como fez o ex-capitão da PM Derrite, no fundo não tem proposta nenhuma.

 

O jurista Wálter Maierovitch afirma que Derrite foi um "relator trapalhão" cuja intromissão tentou desfalcar economicamente a Polícia Federal.

E o advogado e professor Thiago Amparo, na Folha de S.Paulo, relata que o texto tem medidas que, à primeira vista, parecem contrárias às facções, mas que no fundo as beneficiam —e que isso não surpreende quem conhece a trajetória de Derrite.

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