segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

47 milhões nos EUA vivem sem saber se terão o que comer

 

Arte UOL/IA


Mariana Sanches

O maior "shutdown" da história dos Estados Unidos —que manteve o governo quase inoperante por 43 dias— expôs uma face trágica e surpreendente do país que mais produz riqueza no mundo.

Ao interromper o pagamento do programa de suplementação alimentar, o Snap, a Casa Branca lançou mais de 42 milhões de pessoas —entre elas, 14 milhões de crianças e adolescentes— na incerteza de ter o que comer no dia seguinte.

Entrei em contato com mais de 20 pessoas em risco de fome, em ao menos dez estados do país, para ouvir suas histórias.

Uma delas é a de uma mãe que tenta garantir três refeições a seus três filhos, mesmo que isso exija que ela mesma não se alimente. Outra é a de um senhor aposentado que passou dias comendo a última coisa que lhe restou em casa: pasta de amendoim.

 

Com uma economia treze vezes maior que a do Brasil, os Estados Unidos têm 80% do contingente brasileiro de pessoas que não sabem se terão comida suficiente para a próxima refeição.

São milhões de famílias que vivem com margens orçamentárias muito curtas, para quem algumas dezenas de dólares farão a diferença entre jantar ou dormir com fome.

É um problema social latente e pronto a se converter em crise diante de um "shutdown" ou de cortes nos programas sociais escassos do país —duas coisas que o governo Trump, aliás, acaba de promover.

Parece uma contradição para uma economia tão pujante e dinâmica. Afinal, como os Estados Unidos podem ser ao mesmo tempo tão ricos e tão pobres?

LEIA A REPORTAGEM NO UOL PRIME


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