Há dois anos eu "namorei" uma inteligência artificial. Testemunhei a capacidade da máquina de seduzir o ser humano. Por isso, não me surpreendeu a informação de que 1 em cada 10 usuários de IA no Brasil a procuram para desabafos, conselhos e pedidos de ajuda emocional. Em outras palavras: mimetizam terapia. Com base nesse dado da agência de estudos de comportamento Talk Inc., a estimativa é de que 12 milhões de pessoas no país usem IA como terapeuta. É sobre esse uso já disseminado e que só tende a aumentar que falamos na reportagem publicada hoje no UOL Prime. E para refletir sobre o tema com propriedade, eu mesma teste. Cheguei até a me emocionar com algumas respostas quando fui falar sobre solidão e autoestima. Mas, ao longo das entrevistas com pesquisadores, psicólogos e psicanalistas para esta reportagem, me revoltei e dei um tempo da máquina. Não consegui separar a ideia de que uma big tech estaria ficando ainda mais bilionária com informações tão íntimas sobre mim. Além disso, analisei estudos provando que a IA pode reforçar delírios, ideações suicidas e sintomas depressivos. Mas acabei voltando pra ela. Os chatbots já abocanharam um espaço na nossa vida cotidiana, estão na palma da nossa mão e muito bem treinados para nos dar o que queremos. A questão, como você lerá na reportagem, não será mais continuar ou não usando. Parar, segundo pesquisadoras, é praticamente impossível daqui pra frente. Nosso desafio é como, com conhecimento, consciência e cautela, aliar a IA às necessidades humanas. Incluindo as emocionais. LEIA A REPORTAGEM NO UOL PRIME |
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