quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Tarifaço em vigor, negociação difícil, Congresso amotinado e STF na mira

 

Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes em foto de 2021. Gilmar disse que Moraes tem apoio e confiança do Supremo em seus atos no processo que envolve Bolsonaro

Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes em foto de 2021. Gilmar disse que Moraes tem apoio e confiança do Supremo em seus atos no processo que envolve Bolsonaro

Roberto Jayme/TSE


Roger Modkovski

O tarifaço americano sobre produtos brasileiros entrou em vigor, as negociações comerciais para mitigar seus efeitos tentam seguir com muita dificuldade alguma racionalidade.

O presidente Lula descartou retaliar os EUA, mas disse não ver muita margem para negociar. Para Josias de Souza, o presidente, em entrevista à agência Reuters, acertou três vezes, ao dizer que não pretende retaliar, que pretende seguir negociando e que não admite chantagem política. Lula só deslizou, segundo Josias, quando disse que sua intuição não o manda ligar já para o colega Donald Trump.

E o país continua em busca de entender o motim que transtornou Câmara e Senado nesta terça-feira, com parlamentares bolsonaristas obstruindo os trabalhos em represália à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e vociferando contra o STF e o ministro Alexandre de Moraes.

Para o colunista Josias de Souza, o Congresso parece ter se tornado um hospício dirigido por loucos, em que uma questão que parecia pacificada —a anistia ao ex-presidente, réu pelo crime de tentativa de golpe de Estado— se torna um "balé de elefantes" e pretexto para uma série de exigências absurdas, incluindo o impeachment de Xandão. Josias também afirma que os cultores de Jair agem como psicóticos ao pedir sua soltura antes mesmo da condenação.

Reinaldo Azevedo afirma que o motim foi uma "tentativa de golpe por outros meios". Ele critica a receita de "pacificação" do deputado Eduardo Bolsonaro: "impeachment de Moraes; anistia ampla, geral e irrestrita e tornar os parlamentares imunes ao Supremo". Segundo Azevedo, "quem chama democracia de ditadura quer uma ditadura para chamar de democracia".

Negociação

 

Enquanto isso, o governo federal segue na tentativa de conter os danos dos efeitos do tarifaço.

Letícia Casado apurou que o Planalto tem um plano de ação com seis pontos: negociação diplomática, diversificação comercial, estímulo ao consumo interno, crédito subsidiado aos setores prejudicados, compras governamentais e renúncia fiscal temporária.

E Amanda Klein relata que as negociações estão lentas, mas há esperança de que as tarifas sobre o café sejam revistas.

 

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