sábado, 29 de novembro de 2025

Centrão pressiona Tarcísio e toureia Bolsonaro. Como vem a direita em 2026?

 

Centrão pressiona Tarcísio a sair candidato, quer 'tourear' Bolsonaro, mas precisa do voto bolsonarista

Centrão pressiona Tarcísio a sair candidato, quer 'tourear' Bolsonaro, mas precisa do voto bolsonarista

Gabriel Silva/E. Fotografia/Estadão Conteúdo



Roger Modkovski

O centrão pressiona pela candidatura do governador de São PauloTarcísio de Freitas (Republicanos), à Presidência em 2026, mas, segundo o colunista Josias de Souza, ele prefere esperar até março do próximo ano para definir se é presidenciável ou se tenta a reeleição. Esse cenário, segundo Josias, mostra uma direita fragmentada, o que pode favorecer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sua tentativa de um quarto mandato.

 

E Thaís Bilenky relata que, depois da prisão do ex-presidente Jair, o centrão está tentando evitar ter o sobrenome Bolsonaro na chapa, mas sem melindrar os bolsonaristas.

A colunista Letícia Casado entrevistou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), baseado nos EUA, que disse que pode apoiar Tarcísio, garantindo que, onde Lula estiver, ele estará "do outro lado".

 

E, falando em centrão, o colunista Leonardo Sakamoto relata que esse grupo político teme os desdobramentos das investigações sobre Refit e Banco Master.

Josias de Souza: Tarcísio não admite, mas ainda cultiva sonho de virar presidente

Thaís Bilenky: Por 2026, centrão tenta contornar Bolsonaro preso

Letícia Casado: Eduardo Bolsonaro admite apoio a Tarcísio como 'voto anti-Lula'

Leonardo Sakamoto: Centrão pode ir à cadeia com delações de Refit, Master e Carbono Oculto

Reinaldo AzevedoTarcísio ignora Dudu na poção mágica dos 'Ds' da demagogia para dinheirudos

Alexandre Borges: Sem Bolsonaro, Tarcísio terá que escolher entre quatro caminhos para 2026


sexta-feira, 28 de novembro de 2025

BASTIDORES DA POLÍTICA COM A TIXA: O império, digo, o Congresso contra-ataca

 

Choveu veto dos vetos, BRASEW. Huguito e Davi se uniram contra o imperador e saíram derrubando os vetos de Lula. O Congresso contra-ataca! Por causa de Messias. Not. Porque a Polícia Federal está nas ruas. Vem ler.

Lembra que contamos ontem por aqui sobre a notinha do governo falando sobre a manutenção dos 63 vetos do Lula à nova lei do licenciamento ambiental? Pois é, hoje o Congresso derrubou 56 deles. O PL da Devastação, como os ambientalistas chamam, facilita as licenças para as obras país afora. E isso, claro, bota em risco total o meio ambiente. E quem mais queria derrubar vetos? Só digo que a bancada ruralista agradece.

E tudo isso com direito a Huguito Motta, que manda mais ou menos na Câmara frigorífica, e Davi Alcolumbre, a estrela mor do Senado, de mãos dadas dizendo que lutam juntos pelo Brasil. (E pensar que, há pouco tempo atrás, Alcolumbre não atendia nem as ligações de Huguito, naquela treta da PEC da Blindagem que o Senado enterrou, deixando os deputados chupando o dedo.)

Mas a notícia treta mesmo é a de que Davi e Motta não fazem questão de esconder que estão dando o troco no governo. E não, o rolê não é só por conta de o Lula ter indicado o Messias, o Jorge que é Advogado-Geral da União (Davi queria para o cargo de ministro supremo, no lugar do Pacheco, o Rodrigo mais alto do Senado).

A galera tá de cabelo em pé e bufando por conta desse monte de operação da Polícia Federal que vem pegando a galera da Faria Lima que opera o dinheiro do crime organizado e o Banco Master, que andou angariando dinheiros em governos do Centrão Brasil afora.

Grupo FIT

Não, darling, não estamos na editoria de saúde. Estamos falando do grupo que é dono da REFIT, a antiga refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro. E quem controla esse grupitcho todo é aquele empresário e advogado, Ricardo Magro.

Rolou uma nova operação hoje, chamada Poço de Lobato, que descobriu que esse poço é mais fundo do que se imaginava. Segundo a investigação, o grupo FIT usou mais de 50 fundos de investimentos para esconder dinheiro desviado de impostos.

Essa galera adulterava produtos, importava gasolina e declarava que era petróleo para pagar menos imposto. Tudo segundo os investigadores. Lavava o dinheiro nos postos de combustíveis e depois lavava de novo em offshores e fintechs. De novo, segundo os investigadores.

E não é dinheiro de cachaça, não, BRASEW. Estima-se um rombo de R$ 26 bi em sonegação ao longo de 17 anos. DEZESSETE anos sonegando! É mole? E nunca foram pegos? Nenhuma autoridade conseguiu ver isso antes? Aff.

E os estados mais afetados pela sonegação são São Paulo e Rio.

Meses atrás, rolou aquela operação Carbono Oculto, onde a polícia diz que outra empresa desse grupo tinha ligação com os postos de combustíveis do PCC. Durante a Carbono Oculto, Ricardo Magro deu entrevista para a Folha e basicamente disse que está sendo perseguido pelos concorrentes.

E o que queremos saber?

Da política, Tixa!!!!

Lembram que teve toda a treta entre governo Lula e Tarcísio para ver quem levava os louros? Hoje não foi diferente. Cada governo fazendo sua coletiva. Enquanto Haddad, nosso Fernandinho cabelo, falava em grave triangulação internacional e o secretário especial da Receita Federal dizia que a operação do Lobato é um desdobramento da Carbono Oculto, o governo do Tarcísio dizia que não tem nada disso e quer levar os créditos. Eleições 2026 na rua, meu povo!

Tixa do céu, só digo que esse Magro é magro de ruindade, hein? Darling, não comprometa essa lagartixa!

Devo não nego, ou nego?

Huguito Motta sentiu a pressão da operação de hoje e colocou de volta na pauta da Câmara frigorífica o projeto de lei que vai pra cima do devedor contumaz. Inclusive, também escolheu os relatores para os projetos que visam combater as fraudes no setor de combustíveis.

Tudo que o governo queria, pois, segundo ele, o tal devedor contumaz é uma peça-chave no rolê da sonegação de impostos. Inclusive, o tal Grupo FIT é considerado o maior devedor contumaz desse nosso BRASEW!

Pergunta que não quer calar: só eu acho que o governo, a polícia, o Congresso e todo o resto estão vindo atrás de mim quando falam em devedor contumaz?

Sem salário

E nosso ex, além de perder a liberdade e os direitos políticos, perdeu também o salário que recebia do PL, o partido do Valdemar Voldemort que abrigava Bolsonaro como presidente de honra. Por conta da condenação de 27 anos que ele já começou a puxar.

Será que o Centrão quer?

Aqui vale dizer que, a essas alturas, pro Centrão é melhor ficar como está. A essas alturas, o Centrão vai querer dar megafone pra Bolsonaro?

E o bolsonarismo quer aproveitar a treta de Davi e Huguito com Lula para tentar emplacar algum projeto novo que ajude Bolsonaro. E, segundo O Globo, nem é mais sobre anistia ou dosimetria de pena. Agora o tema é tirar o regime fechado de Bolsonaro. Resta saber se o Centrão vai mesmo querer um Bolsonaro em regime aberto e com megafone por aí. Como diz o Sostenes Cavalcanti, líder do PL na Câmara:

“Não temos acordo para texto, mas primeiro precisamos ajustar o procedimento e depois ver como vai ser em relação ao texto.”

Famoso: não temos nada, por enquanto.


Com Jair preso, Lula traça plano para enfrentar Tarcísio. E os Bolsonaros?

 

O presidente Lula e o governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, participam em fevereiro do lançamento do edital do túnel Santos-Guarujá. Adversários em 2026?

O presidente Lula e o governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, participam em fevereiro do lançamento do edital do túnel Santos-Guarujá. Adversários em 2026?

Zanone Fraissat - 27.fev.2025/Folhapress


Roger Modkovski

Com Jair Bolsonaro (PL) preso e inelegível, o time do presidente Luiz Inácio Lula da Silva já traça um plano para enfrentar eleitoralmente seu provável adversário principal em 2026: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), relata Daniela Lima.

 

A estratégia, segundo os lulistas ouvidos por Daniela, é ligar Tarcísio ao "sistema" e atrelar Lula a pautas sociais e trabalhistas, como as reformas no Imposto de Renda e o fim da escala de trabalho 6 x 1. Aproveitando também que Bolsonaro demora demais para definir quem será o candidato da extrema direita —o que apenas favorece Lula.

 

Josias de Souza relata que, enquanto isso, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), baseado nos EUA, demonstra cada vez mais estar fora da realidade, insistindo numa anistia improvável ao pai, o que o descredencia como interlocutor na família Bolsonaro sobre a eleição presidencial de 2026. O senador Flávio (PL-RJ) e a ex-primeira-dama Michelle, diz Josias, despontam como nomes mais prováveis se o clã resolver lançar candidatura.

Josias também conta que a crise instaurada entre o Planalto e as presidências da Câmara e do Senado não passa de uma cortina de fumaça sobre os escândalos levantados por investigações das autoridades, como os do grupo Fit e do Banco Master, que podem respingar nos parlamentares.

Daniela Lima: Com Bolsonaro preso, time de Lula traça plano para confrontar Tarcísio

Vinicius Torres Freire: Lula e Boulos sobem no palanque e dão pistas do programa social e trabalhista para 2026

Josias de Souza: Eduardo Bolsonaro afasta a direita e nem família o leva a sério

Josias de Souza: Cortina de fumaça do Congresso não consegue ocultar tanto fogo

Josias de Souza: Teme-se mais a claridade que o escuro na nova crise de Brasília

Wálter Maierovitch: A nova vida e os novos passos de Bolsonaro


Do emagrecimento ao risco à saúde: a polêmica das ‘canetas emagrecedoras’ para atletas

Professora do IDOMED destaca os efeitos colaterais causados pelo uso indiscriminado de medicamentos emagrecedores no esporte


As canetas emagrecedoras, como ficaram popularmente conhecidos os medicamentos injetáveis originalmente desenvolvidos para o tratamento do diabetes, continuam gerando discussões e polêmicas, especialmente pelo uso inadequado voltado ao emagrecimento. Agora, essa prática se estende também ao esporte de alto rendimento.

Recentemente, a equipe de jornalismo do GE (Globo Esporte) revelou o caso de um atleta profissional de futebol que, sob pedido de anonimato, recorreu a duas aplicações de semaglutida, um dos medicamentos contidos nas canetas, para atingir o peso desejado. Ele perdeu sete quilos em apenas duas semanas, passando de 91 kg para 84 kg.

Pressionado pela falta de emprego havia meses, o jogador viu no rápido emagrecimento uma saída, mas o efeito foi contrário: fraqueza e perda de explosão muscular acabaram comprometendo sua performance na volta aos treinos. Segundo a farmacêutica e professora do IDOMED FAMEAC, Maria Simone Mignoni, essa queda de rendimento está diretamente ligada ao mecanismo de ação e aos efeitos colaterais dos análogos do hormônio GLP-1, que reduzem a ingestão calórica e impactam o metabolismo energético. Para atletas, cuja demanda energética é muito alta, essa redução pode ser insuficiente para sustentar treinos intensos e a recuperação muscular, causando fadiga e diminuição da performance.

Riscos à saúde

A especialista destaca que, do ponto de vista farmacêutico e de saúde, o risco não compensa. “Todo medicamento é potencialmente perigoso e exige uma avaliação de risco-benefício. Utilizar uma medicação potente, desenvolvida para tratar doenças crônicas, apenas para fins estéticos ou para uma perda de peso rápida, ignorando os efeitos colaterais, é uma prática perigosa. O emagrecimento saudável, especialmente para atletas, deve vir de uma combinação de dieta balanceada e treinamento adequado”, afirma Maria Simone.

O uso sem supervisão médica expõe o atleta a riscos relevantes já descritos na bula desses medicamentos. Entre eles estão pancreatite (ainda que rara), risco de tumores de tireoide — incluindo o carcinoma medular (CMT), um tipo incomum de câncer —, problemas na vesícula biliar, como colelitíase e colecistite, além de possível lesão renal grave.

Também é importante lembrar que buscar esses medicamentos sem receita aumenta o risco de adquirir produtos falsificados ou contrabandeados, que podem estar armazenados inadequadamente, conter doses incorretas ou até outras substâncias nocivas, ampliando ainda mais os perigos.

“Sacrificar a saúde, o bem-estar e o próprio rendimento esportivo em troca de uma perda de peso que pode ser temporária e prejudicial, com perda de massa muscular, não é uma estratégia inteligente nem segura”, finaliza a professora do IDOMED.


quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Arthurzito faz o L de Lul... digo, de Lira

 

Arte: Marcelo Chello

Enquanto Huguito e Davi ficam por aí de mal com o governo, cortando relações com os líderes do PT, aborrecidos, chateados, cheios de pautas-bomba, Arthurzito Lira vai ao Planalto para festejar a lei do imposto de renda e ainda fala em quarto mandato. Sim, darling, quarto mandato de Lula. E vamos combinar que, ao sancionar a lei que reduz o imposto de renda para os mais pobres e aumenta a cobrança para os mais ricos, o Lula está a cada dia mais próximo desse novo mandato.

A treta é a seguinte: Davi Alcolumbre, a estrela mor do Senado, e Huguito Motta, que manda (pero no mucho) na Câmara frigorífica, estão tretando com o governo. Todo mundo diz que Davi não gostou da indicação de Messias para o Supremo, mas os operadores da política continuam me soprando aqui que isso daí tem a ver com o caso Banco Master, que complicou os aliados de Alcolumbre no Amapá. Já Huguito vem tretando faz tempo, e ele mesmo azedou a relação quando nomeou o Derrite, secretário de Segurança Pública de Tarcísio, para ser o relator do projeto de lei Antifacção que tinha sido enviado ao Congresso pelo governo Lula. Derrite foi lá e mudou tudo. E eles aprovaram mesmo assim.\

Mas hoje era dia de o Lula comemorar uma promessa de campanha. Lira, que foi relator do projeto de redução do IR na Câmara, não se fez de rogado, correu para a foto e fez o L de Lul... digo, de Lira. Claro, ele será candidato a senador. Que candidato a senador não quer ser o dono do projeto mais pop da eleição: imposto para ricos e isenção para pobres? E, na mesma cerimônia, seu maior adversário, Renan Calheiros, também estava na foto, já que Renanzito foi o relator do projeto no Senado.

Lira foi fazer seu próprio L, mas não é que acabou fazendo um L de Lula também? Durante o evento, o deputado mor do Congresso falou de um quarto mandato para o presidente, quando sinalizou que, num próximo governo, seria possível discutir isenção de imposto de renda para PLR (participação nos lucros).

“A gente conversava com Moisés (presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC) e colocava a necessidade e justeza da isenção da PLR. Mas o tamanho do problema, do impacto, a gente teria que trabalhar, presidente Lula, com mais calma — talvez até num próximo mandato que Vossa Excelência possa concorrer.”

Foi Lula quem puxou esse assunto no evento e ainda falou da redução de jornada de trabalho. Ou seja, enquanto cumpria uma promessa de campanha, Lula já fazia duas outras promessas de campanha.

Detalhe sórdido: nem Huguito nem Alcolumbre foram ao evento no Planalto. Mas foram muito falados. Haddad, o Fernandinho Cabelo, chegou a mandar essa quando discursou e os citou:

“O Brasil precisa muito deles.”

Te cuida, BRASEW.

O caso Messias

Davi Alcolumbre quer acelerar a sabatina de Jorge Messias, indicado por Lula ao cargo de ministro supremo. Ele quer que o processo ocorra dia 10. Mas o prazo pode ser meio apertado para que Messias consiga os votos de que precisa, e o governo queria que a sabatina fosse feita só na semana que vem. Agora, o governo está dizendo que não enviou ainda todos os documentos para o Senado, confirmando a indicação de Messias. Será que cola? Vai depender do tamanho da tromba de Alcolumbre.

Mas a notícia é de que a estrela mor do Senado vai visitar o Lula em breve. Daí eles se acertam. Nada que o Lula não resolva com uma Foz do Amazonas na manga.
E adivinha quem anda fazendo campanha para o Messias? Os dois indicados ao Supremo pelo Bolsonaro. Vai ver erraram o Messias, Tixa! Num é?

A treta ambiental

O governo Lula emitiu uma nota hoje defendendo a manutenção de 63 vetos para a nova lei de licenciamento ambiental. Os vetos devem ser analisados muito em breve pelo Congresso. Mais uma treta com o governo.

A nota diz que o governo fez os vetos em função do cenário preocupante de desastres climáticos extremos, que impõem riscos às famílias, à economia e ao meio ambiente. (Eu, se fosse o Congresso, dava uma consultada no que o povo pensa sobre esse assunto. Vai descobrir que é exatamente isso que o eleitor está pensando: que os desastres climáticos estão entre nós.)

E o governo Lula já deu o tom do argumento que vai usar: desastre de Mariana e Brumadinho e as catástrofes do Paraná e Rio Grande do Sul por conta das chuvas. São bons argumentos. Cuidado, Congresso!

Nosso ex

Bolsonaro segue preso na Polícia Federal e, hoje, foi dia de Dudu Bolsonaro (o filho 03) tentar fazer Bolsonaro voltar à pauta. Ele deu pelo menos duas entrevistas: uma para o UOL e outra para o Estadão. Falou, falou, falou, e o que se depreende de tudo o que ele disse é o seguinte:

Ninguém sabe quem vai falar por Bolsonaro daqui para frente (pelo visto, todo mundo e ninguém).

Ele diz estar alinhado a Flavitcho, defende que ele seja candidato, mas, no minuto seguinte, já critica o Flavitcho por ter se abraçado com Tarcísio.

O Sóstenes, ontem, que é o líder do PL (partido deles) na Câmara, tinha dito que o Bolsonaro disse que não queria nenhum sobrenome Bolsonaro na cabeça de chapa. (Temos que admitir que Dudu tem razão quando diz que não se sabe quem vai falar por Bolsonaro.)

Sobre o fato de ninguém ter ido para a rua por conta da prisão, ele diz que é porque ninguém convocou e que todo mundo tem medo de ser preso. Claro, claro. Vale dizer que nenhuma multidão foi para a rua quando Lula foi preso, só a galerinha que cabe na frente do sindicato do ABC.

E o Vorcaro?

O banqueiro Daniel Vorcaro, dono do Banco Master e que foi liquidado pelo Banco Central, tá parecendo uma OAB, de tanto advogado que contratou para tentar livrá-lo da cadeia (sabe como é, cada um dos quatro escritórios contratados tem sua influência com determinados juízes). Mas a melhor parte foi esse monte de advogado escrevendo que Vorcaro não pode ficar na prisão por risco de morte. E por quê? Porque na prisão só tem gente perigosa. Ah, vá! Alguém lembra se Andrezito Esteves também fez esse tipo de alegação quando foi parar em Bangu? Ou o Joesley e o Wesley?

Eu acho que todos eles deveriam financiar ONGs por melhores condições nas prisões brasileiras.

E o Vorcaro deveria pedir para alguém comprar um pãozinho doce na padaria da esquina, porque a vida dele não tá fácil.

Chega, BRASEW. Amanhã tem mais.


Prisão de militares é marco da democracia. E a direita pós-Bolsonaro?

 

Jair Bolsonaro e o general da reserva Augusto Heleno em fevereiro de 2020, quando o militar era chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. Nesta quarta, Heleno, preso por envolvimento na trama golpista, afirmou que tem a doença de Alzheimer desde 2018

Jair Bolsonaro e o general da reserva Augusto Heleno em fevereiro de 2020, quando o militar era chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência. Nesta quarta, Heleno, preso por envolvimento na trama golpista, afirmou que tem a doença de Alzheimer desde 2018

Adriano Machado/Reuters


Roger Modkovski

A inédita prisão de militares envolvidos na trama golpista está sendo considerada um marco da consolidação do processo democrático brasileiro.

Para o colunista Josias de Souza, o encarceramento dos golpistas aproxima o país da plenitude democrática.

Já Carla Araújo apurou que a prisão foi precedida de conversa entre o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e o comandante do Exército, para que não houvesse exposição dos apenados.

 

Com os generais estrelados presos, Carla Jimenez conta que agora cabe ao STM (Superior Tribunal Militar) julgá-los por crimes militares, o que deve acarretar a perda das suas patentes.

E a extrema direita?

 

E como fica a extrema direita brasileira depois da prisão de seu expoente máximo, o ex-presidente Jair Bolsonaro?

Na Folha de S.Paulo, a professora Maria Hermínia Tavares afirma que, embora Bolsonaro esteja acabado e tenha sido exposto ao ridículo com o episódio da tornozeleira chamuscada, seus substitutos estão longe de ser moderados. O populismo autoritário segue sendo uma demanda de parte do eleitorado brasileiros, e muitos políticos podem se ver tentados a abraçá-lo.

Já Josias de Souza lembra que, com Bolsonaro encarcerado e abandonado, a direita está impregnada do espírito do "cada um cuida de si", com governadores se candidatando a sucessores de Jair posando de moderados, mas sem abdicar do arcaísmo e do golpismo.

E Reinaldo Azevedo conta como o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) considera que Bolsonaro preso é útil para suas ambições presidenciais.

 

Josias de Souza: Prisão de militares aproxima o país da plenitude democrática

Josias de Souza: Bolsonarismo segue Lei de Murici: cada um cuida de si

Josias de Souza: Bolsonaro está mais protegido na PF do que em casa

Carla Araújo: Comandante do Exército acertou com Moraes detalhes da prisão de generais

Carla Jimenez: Com generais presos, STM vira fiel da balança para medir nossa democracia

Wálter MaierovitchSTM vive sinuca de bico; perda de patentes tem que ocorrer

Leonardo SakamotoPrisão de generais que cometeram crimes é antídoto para violência policial

Leonardo Sakamoto: Com taxação de ricos e prisão de generais, Brasil surpreende duas vezes

Leonardo Sakamoto: General Heleno pôs Brasil em risco se chefiou GSI com Alzheimer

Maria Hermínia Tavares: A direita depois de Bolsonaro

Alexandre BorgesOs heróis silenciosos que impediram o golpe de 2022

Ruy CastroBolsonarismo marcou palpites triplos e errou todos

Reinaldo AzevedoFlávio dramatiza para pôr Tarcísio no jogo; 'A Maldição da Múmia Reloaded'

Reinaldo Azevedo: Tarcísio escancara quão útil é Bolsonaro preso para o seu intento eleitoral

Reinaldo Azevedo: Heleno com Alzheimer desde 2018? E ele comandava a Segurança Institucional?

Letícia CasadoManter Bolsonaro na PF é 'jurisprudência Lula' para minimizar desgaste