O presidente Lula (PT) defendeu nesta quinta-feira (6) em Belém, em seu discurso na abertura da cúpula de chefes de Estado pré-COP30, a construção de um plano global para acabar com o uso de combustíveis fósseis —apesar de o presidente ser favorável a que o Brasil explore o petróleo da Foz do Amazonas. Em ocasiões anteriores, Lula já havia dito que, enquanto o mundo precisar de petróleo, o país não deve abrir mão dos recursos vindo da sua exploração, que podem melhorar a vida da população. A colunista Ana Carolina Amaral relata que, além da aparente contradição de Lula, seu discurso faz parte de uma construção política que tem como objetivo que a Conferência do Clima trace um mapa do caminho para encerrar a dependência dos combustíveis fósseis, evitando que o encontro termine de maneira morna. Já Leonardo Sakamoto diz que Lula errou ao dizer que Belém será a "hora da verdade" para o clima, pois essa "hora" já passou faz tempo e agora o que nos resta e lutar por políticas de contenção de danos para as próximas gerações. Para o comentarista Josias de Souza, o gargalo que ameaça o sucesso da COP30 é o mesmo que assolou as 29 anteriores: a falta de grana para financiar a cada vez mais necessária transição. Apesar disso, o fundo proposto pelo Brasil para remunerar os países que defendem as florestas atingiu US$ 5,5 bilhões em aportes prometidos por 5 países já no primeiro dia. Ana Carolina Amaral: Após queda de braço no governo, Lula dá sinal para COP30 atacar fósseis Leonardo Sakamoto: Lula erra, pois 'hora da verdade' do clima já passou e mundo preferiu lucro Reinaldo Azevedo: COP 30: Da Amazônia para o mundo, Lula lembra que ainda podemos nos salvar Josias de Souza: COP30, como as 29 anteriores, enfrenta o mesmo drama: grana Josias de Souza: Verdade de Lula morde o próprio rabo na fala inaugural da COP30 Carla Araújo: Alcolumbre e Marina dão as mãos na COP sob tensão por petróleo na foz do AP |
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