quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Vale agrava a Crise no Setor Siderúrgico de Açailândia

O preço do minério de ferro praticado pela Vale pode levar o setor a bancarrota e uma quebradeira nos municípios que sobrevivem praticamente da atividade desenvolvida pelas Siderúrgicas. Os mais ameaçados são Açailândia, Bom Jesus das Selvas e vários municípios do Estado do Pará.


Por Wilton Lima
Açailândia – A Siderúrgica Pindaré foi a primeira a se manifestar. Ontem (19) a diretoria da empresa se reuniu para traçar metas para o enfrentamento da crise que está sendo vivida pelo setor desde a chamada “Crise Internacional Financeira” que afetou o mundo inteiro.

O maior problema agora de todas as siderúrgicas instaladas no Distrito Industrial de Pequiá é o preço do minério de ferro praticado pela VALE.

Em uma reunião realizada em junho do ano passado que contou com o representante de vendas da Vale, segundo os presentes, o que se ouviu foi que a empresa mineradora não tem nenhum interesse de vender seu produto no mercado local, visto que 90% da sua produção é exportada por um preço ainda melhor do que aquele oferecido para as siderúrgicas.

Na reunião de ontem ficou decidido que a Siderúrgica Pindaré irá paralisar suas atividades a partir do dia 15/02 e não mais no dia 30 deste, como estava previsto. Férias coletivas de 30 dias serão dadas a todos os funcionários da empresa.

O blog tomou conhecimento ainda, que o SIFEMA – Sindicato do Ferro Gusa do Maranhão pretende mobilizar todas as Siderúrgicas instaladas no eixo Maranhão/Pará para uma paralisação de advertência pelo período de 30 dias para chamar a atenção dos governantes, da sociedade e principalmente da Vale, da importância da permanência das empresas em atividade, pois são responsáveis pela maioria dos empregos gerados na região e de uma das maiores contribuições em impostos gerados pela produção industrial.

O Grupo Queiroz Galvão,dono da Pindaré, ameaça que caso não seja possível a mobilização das demais Siderúrgicas e a sensibilização dos governantes e da Vale, a empresa fechará suas portas em Açailândia, em definitivo.

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