Com mais de
1.000 infectados confirmados na cidade e um sistema de saúde oscilando entre o colapso
e uma melhora dia sim, dia não, na ocupação de leitos hospitalares, a
expectativa da população fica por conta de um novo Decreto Municipal que será
baixado nesta segunda-feira, dia 1º de junho pelo prefeito Aluísio Sousa.
Vídeo: Blog Alex Carvalho. Os comentários não condizem "IPSIS LITTERIS" com o pensamento do Blog.
Até agora as medidas de isolamento social exigidas através de Decretos
Municipais, não surtiram o efeito esperado, basta ver o número crescente de
pessoas infectadas, número de óbitos na cidade de Açailândia e a grande
aglomeração no Centro Comercial da cidade, como pode ser visto nas imagens
acima, nesta última sexta-feira (29).
Na última quinta-feira (28) o prefeito Aluísio, na dúvida provocada
exatamente pelos números equivocados que são apresentados pela secretaria de
saúde, simplesmente prorrogou o decreto anterior para até o dia 31, domingo.
Não se sabe se nesse novo decreto o prefeito seguirá a flexibilização
adotada pelo Estado, o que seria um equívoco, pois o governador Flávio Dino tomou
tais medidas tomando por base a capital e municípios da Ilha de São Luis, ou se
vai decretar um “LOCKDOWN” como já começa acontecer em municípios do interior
do Estado.
Nas novas regras adotadas pelo governo do Estado, ficou claro também que
as medidas a serem adotadas em cada município cabe ao prefeito da sua cidade,
sejam elas de flexibilização ou de endurecimento de regras.
Saiba o que pode funcionar a partir de 1º de junho e quais são as regras
sanitárias estaduais obrigatórias
Portaria publicada nesta sexta-feira (29) pela Casa Civil do
Governo do Maranhão especificou os segmentos e atividades econômicas na lista
dos estabelecimentos autorizados a funcionar no Estado a partir de 1º de junho.
A medida faz parte da retomada gradual da economia, impactada pela pandemia de
coronavírus.
Além disso, a portaria traz regras sanitárias gerais e específicas.
Ou seja, os estabelecimentos comerciais, as indústrias e as empresas que
estiverem autorizadas a funcionar no Maranhão terão de seguir dois tipos de
medidas sanitárias para evitar a disseminação do coronavírus: as gerais e as
específicas.
As regras gerais valem para todos, independentemente do tipo de
atividade. As específicas valem para cada segmento, de acordo com o tipo de
atividade que exercem.
O que pode funcionar
Entre as atividades que podem funcionar a partir de 1º de junho,
estão clínicas médicas; dentistas; hotéis e pousadas; transporte coletivo;
óticas; autoescolas; construção civil; salões de beleza ; comércio de móveis e
variedades para o lar; supermercados e mercados; e serviços de informática e
venda de celulares.
Também podem funcionar delivery e drive-thru de restaurante, bar
e lanchonete; imobiliárias e escritórios; pequenas empresas exclusivamente
familiares; postos de combustível e entrega e retirada de lavanderia; lojas de
tecido, oficinas e loja de material de construção; bancos e coleta de
lixo.
O colapso no sistema de saúde acontece, segundo
especialistas, quando o número de leitos não é mais suficiente para atender a
população doente. Enquanto isso, não se tem a ideia real do número de infectados,
e, muito menos o número de curados – os dados são muito confusos, por conta
disso a tomada de decisões se torna cada vez mais difícil..
No
último boletim da Secretaria Municipal de Saúde, publicado na data de ontem,
dia 27, não foi informado a situação da lotação dos leitos hospitalares no
sistema público de Açailândia, no entanto, as informações que chegaram a Blog é
que já pode-se falar em um colapso na saúde do município, haja vista, 100% dos
leitos hospitalares da cidade já estarem ocupados por pessoas que contraíram a
Covid-19.
Outro
grande problema de fácil visualização no boletim diário da Secretaria de Saúde
de Açailândia é o pouquíssimo número de curados em detrimento ao número de
notificados que já chegam a quase 3.500 pessoas, como também do número de
pessoas positivadas com a Covid-19.
Pra
se ter uma ideia do contraponto doentes/curados, pega-se o número de pessoas confirmadas
com a Covid-19 até a data de ontem, dia 27, que já chega a quase 1.000 e o número
de curados, apenas 48. O percentual de curados não chega a 5% em detrimento aos
casos confirmados, sem falar das subnotificações.
O
que se imagina é que a Secretaria de Saúde de Açailândia se perdeu ao computar
tantos números, que não são só números, são pessoas. Por exemplo: se pegarmos o
número de pessoas que foram notificadas que já chega a 3.401, daí você tira o
número de descartados 2.014, resta o número de confirmados 967 e em monitoramento
420, que totalizam 1.387.
O
que se percebe é que a Secretaria de Saúde, aparentemente, está contando como
curados, somente aqueles que foram confirmados e que dali evoluíram para cura –
e, como fica aqueles que estão sendo monitorados, mas que também evoluíram para
cura, muitas das vezes em casa? Só entrarão nas estatísticas se evoluírem para
gravidade ou óbito?
Outra
subnotificação é sobre o número de óbitos, que sempre consta no boletim como
sob investigação – na última informação, são 09 mortes sob essa tutela.
Enfim,
levando-se em conta os dados publicados pela Secretaria Municipal de Saúde, está
também havendo uma subnotificação no número de pessoas que já foram curados da
Covid-19 – assim sendo, fica cada vez mais complicado tomar medidas de isolamento
ou liberação de muitos setores do comércio que continuam fechados, causando
assim também uma grande desconfiança da população.
Será
que não precisa ser revisto a forma como a informação está sendo passada à
população?
A PGR (Procuradoria-Geral da República) está investigando a gestão de oito governadores por suspeitas de irregularidades em contratos firmados durante a crise do novo coronavírus.
A coluna apurou que estão sendo investigadas as gestões de João Doria (PSDB-SP), Wilson Miranda Lima (PSC-AM), Helder Barbalho (MDB-PA), João Azevedo (PSB-PB) e Wilson Witzel (PSC-RJ), além de outros três mandatários que não tiveram os nomes revelados.
De acordo com pessoas familiarizadas com as investigações, a PGR já fez avaliação preliminar sobre cada acusação contra as gestões estaduais e está encaminhando ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) pedido de autorização para a abertura de inquérito. Alguns requerimentos já estão no tribunal.
Governadores têm prerrogativa de foro e só podem ser investigados depois de autorização da corte.
As investigações mais avançadas seriam as dos estados do Rio de Janeiro e do Pará.
Na terça (26), o STJ autorizou operação de busca e apreensão na residência oficial do governador Witzel e da primeira-dama do Rio, Helena Witzel.
O governador nega qualquer envolvimento em irregularidades e diz que sofre retaliações por ser oposição a Jair Bolsonaro. Ele chegou a afirmar que o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, já deveria estar preso.
A operação contra Witzel teve alto impacto no universo político. Ela coincidiu com alterações no comando da PF no Rio depois que o ex-ministro Sergio Moro afirmou que Bolsonaro queria interferir politicamente na corporação.
Um dia antes da operação no Rio, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-RJ), aliada do presidente Jair Bolsonaro, afirmou em uma entrevista que várias operações contra governadores estavam para ser deflagradas, no que seria um escândalo nacional que poderá ser apelidado de “Covidão”. Folha de SP
o novo Decreto apresenta disposições que passam a valer em todo o estado.
O governador Flávio Dino emitiu decreto (nº 35.831) dispondo sobre as novas
regras para fins de prevenção e enfrentamento à Covid-19 no Maranhão. O
texto traz novas medidas sanitárias gerais e segmentadas, para iniciar o
processo gradual de reabertura das atividades com segurança, com observância
das normas sanitárias de liberação das atividades econômicas.
As disposições valem para todo o estado e podem ser revistas de acordo com a
análise epidemiológica semanal da pandemia. A Casa Civil irá publicar portarias
com regras sanitárias por setor econômico, a fim de compatibilizar a
preservação da saúde e os valores sociais do trabalho.
O estado também adotará uma estratégia de segmentação territorial, com 32
regiões de planejamento para o combate ao coronavírus. Até domingo, dia
24, fica mantido o regime que está valendo no Maranhão desde o último dia 18. O
estado de calamidade pública em todo o Estado do Maranhão também foi reiterado.
Veja o que muda
– A partir do dia 25 de maio poderão funcionar estabelecimentos comerciais
familiares de pequeno porte, onde somente trabalhavam, antes da pandemia, o
proprietário e o grupo familiar (cônjuge, pais, irmãos, filhos ou
enteados).
– A retomada gradual por setor econômico será iniciada no dia 1º de junho,
estendendo-se por 45 dias, seguindo protocolos sanitários de cada setor,
presentes nas portarias editadas pela Casa Civil. A cada sete dias, a situação
epidemiológica será reavaliada, podendo haver modificação ou revogação da
portaria.
– Os estabelecimentos irão funcionar com horários alternados, para diminuir a
concentração do fluxo no transporte coletivo. A medida será especificada em
portaria publicada pela Casa Civil.
– Seguem obrigatórias medidas sanitárias gerais, como uso de máscaras de
proteção em ambiente público, vedação de qualquer aglomeração de pessoas e
manutenção do distanciamento social.
– As empresas deverão adotar escala
de revezamento de funcionários, bem como a distância mínima de dois metros
entre o funcionário e o cliente, e entre cada cliente. Além disso, sempre que
possível, o trabalho de serviços administrativos deve realizado de forma
remota. Reuniões e atividades que exijam encontro de funcionários deverão
ocorrer de forma virtual.
– Empregados e prestadores de serviço que pertençam a grupo de riscos devem ser
dispensados das atividades presenciais até 15 de junho, sem qualquer tipo de
punição, suspensão de salário ou demissão.
– Restaurantes, lanchonetes, bares e similares continuarão com serviço de
entrega ou retirada no próprio, sendo vedada a disponibilização de áreas para
consumo.
– Os estabelecimentos destinados à
venda de peças de vestuário, caso permitam a prova e a troca de roupas e
similares, deverão adotar medidas para que a mercadoria seja higienizada antes
de ser fornecida a outros clientes.
– Em caso de recusa por parte do consumidor de adotar o uso de máscara,
proprietário e funcionários podem acionar a Polícia Militar, que aplicará
procedimentos previstos no art. 268 do código penal.
– Os estabelecimentos que não cumprirem as medidas dispostas, podem sofrer
sanções administrativas (advertência, multa e interdição) e encaminhamento de
ação ao Ministério Público Estadual e Ministério Público do Trabalho.
– A partir do dia 1º de junho de 2020 é autorizada a retomada progressiva do
funcionamento dos órgãos e entidades vinculados ao Poder Executivo, com uso de
máscaras obrigatório, revezamento de servidores, afastamento de funcionários no
grupo risco até o dia 15 de junho e suspensão de atendimento ao público externo
até o dia 7 de junho.
– Com base nos indicadores epidemiológicos e na oferta dos serviços de saúde,
os prefeitos poderão decretar medidas mais rígidas, autorizar funcionamento de
atividades comercias mediante observação dos protocolos sanitários e adotar
barreiras sanitárias nos acessos a cada município.
– Qualquer cidadão pode apresentar pedido de fiscalização estadual, se possível
acompanhado de registros fotográficos e gravações em vídeo, por meio dos
seguintes números de WhatsApp: (98) 99162-8274, (98) 98356-0374 e (98)
99970-0608.
A
Secretaria de Saúde de Açailândia informou na data de ontem, dia 20, que o
município já alcançou o número de 218 casos testados positivo da Covid-19, destes,
27 evoluíram para recuperação, 15 encontram-se internados na enfermaria, 07
internados na UTI, 154 em isolamento domiciliar e temos 15 óbitos.
Outro
número alto e preocupante é o de pessoas que estão sendo monitoradas com
suspeitas de ter contraído o vírus, que já passa da casa de 500, sendo que
destes, 04 estão internados e 513 estão em isolamento domiciliar.
No
último dia 19 mais um paciente se recuperou da doença, foi o segundo paciente
da UTI COVID-19 no Hospital Municipal de Açailândia a se recuperar do Coronavírus
e receber alta.
A
Secretaria Municipal de Saúde investiga também 08 falecimentos suspeitos pelo
novo Coronavírus.
Ontem, dia 20, o município
adquiriu uma nova leva de medicamentos que serão ministrados aos pacientes que
apresentarem os sintomas da doença, mediante prescrição médica, visando
minimizar o agravamento da forma mais grave da Covid-19. O kit inclui
Azitromicina, Ivermectina, Zinco, Cloroquina e Paracetamol.
O
Secretário de Saúde, Linderval Moura também comunicou que aguarda a chegada de
novas remessas de remédios, visando ampliar ainda mais este serviço no
atendimento aos açailandenses., acrescentando que não há necessidade de
correria aos postos de saúde, pois a quantidade de medicamento é suficiente
para atender os casos notificados, ressaltando que é imprescindível a avaliação
médica para receber o kit.
São
mais de 16 mil mortes no Brasil, mas para uma minoria parece que tanto faz. O
Fantástico pergunta: por que é que tem gente que age como se a pandemia não
estivesse acontecendo?
No
dia em que o Brasil contou 10 mil mortos por coronavírus, um cliente pediu
vinho espumante em um restaurante de Gramado, Rio Grande do Sul. As garrafas
foram servidas em caprichadas champanheiras. Guiados por um cliente, garçons
animados dançam uma coreografia ensaiada. Imitam o meme do caixão, uma piada de
gosto duvidoso com enterros africanos, mas que muitos usam por aqui como forma
de alertar para os riscos da pandemia. Essa comemoração em público, debochando
da morte em tempos de Covid-19, chocou muita gente. A direção do bar pediu
desculpas.
Em
Araucária, perto de Curitiba, o empresário Danir Garbossa, insiste em entrar no
supermercado sem usar máscara, obrigatória na cidade. Ele agride um funcionário
e arruma confusão com o segurança. A arma do vigia dispara duas vezes. Uma bala
atinge o empresário de raspão. A outra acaba no pescoço da funcionária Sandra
Ribeiro, de 45 anos. Ela morreu. Danir vai responder por três acusações,
incluindo o homicídio qualificado de Sandra.
Por
que tem gente que não consegue exercer a empatia em plena pandemia? A
neurocientista Cláudia Feitosa-Santana acha que negar a gravidade da doença
pode ser uma defesa encontrada por algumas pessoas que não conseguem encarar o
peso da pandemia: “em geral nos seres humanos o que acontece com a gente?
Quando vem uma dificuldade muito grande, ou o anúncio da morte de alguém que
morre muito querido, qual é nossa primeira reação? É negar, isso não é
verdade”.
A
empatia, sozinha, pode não resolver nossos problemas. Mas andar com os sapatos
alheios, se colocar no lugar do outro, buscar o diálogo, tudo isso pode
reforçar aquilo que a emergência, a ameaça e a falta de cuidado com os outros
tenta eliminar: a nossa humanidade.
Leitos para atender pacientes com Covid-19 estão com capacidade quase esgotada no município
A pedido do Ministério Público do Maranhão e do Ministério Público Federal, a Justiça Federal, neste domingo, 17, deu o prazo de três dias para que o Município de Imperatriz apresente as justificativas sobre as regras de flexibilização para reabertura do comércio.
A decisão é resultado de uma Ação Civil Pública proposta pelo MPMA e MPF, também neste domingo, 17, contra o Município de Imperatriz, por conta do Decreto expedido neste sábado, 16, que editou regras para reabertura do comércio. A ACP também pede que a União reforce a fiscalização quanto aos recursos aplicados para combater a pandemia.
O documento foi assinado pelo titular da 5ª Promotoria de Justiça Especializada na Defesa da Saúde Pública de Imperatriz, Newton Barros de Bello Neto, e pelo procurador da República Alexandre Ismail Miguel. A decisão foi proferida pelo juiz federal Claudio Cezar Cavalcantes.
NEGOCIAÇÕES EXTRAJUDICIAIS
Segundo o novo decreto assinado pelo prefeito Assis Ramos, shoppings, autoescolas e lojas diversas poderão atender mediante algumas regras e horários pré-estabelecidos.
O promotor de Justiça Newton Bello Neto e o procurador da República Alexandre Miguel já haviam oficiado ao prefeito na sexta-feira, 15, requisitando explicações sobre em quais estudos da área da saúde o decreto se baseou para que garantisse o afrouxamento do isolamento social sem prejudicar as medidas de prevenção e combate à contaminação à Covid-19 e evitar que muitas mortes ocorram no Município.
No documento, o representante ministerial relembrou o teor das Recomendações anteriormente enviadas ao Município orientando que quaisquer decisões quanto à flexibilização do distanciamento e isolamento social fossem tomadas de acordo com conclusões médico-científicas. O promotor de justiça, no entanto, disse que não houve a demonstração de que essas obrigações tenham sido cumpridas pelo Município.
INÉRCIA DO ENTE MUNICIPAL
O promotor de justiça destaca que as melhorias para o combate à Covid-19 no município provêm de investimentos estaduais em parceria com a iniciativa privada. No documento, ele cita os investimentos feitos com recursos estaduais, no caso da nova enfermaria do Hospital Macrorregional, os novos leitos do Hospital Materno Infantil e também do Macrorregional, assim como a nova enfermaria do Centro de Convenções.
Não obstante, os representantes ministeriais salientam o repasse federal ao Município no valor de R$ 8.232.478,37 para utilização exclusiva no combate à Covid-19, além de outros repasses de verbas que podem ser utilizados no combate ao vírus.
“Além de o ente municipal não ter contribuído em nada com as novas estruturas que estão sendo montadas, como os novos leitos clínicos e os novos leitos de UTI, o prefeito ainda editou um decreto e deu entrevista televisiva encorajando cidadãos a saírem e permanecerem nas ruas, justamente na pior fase da crise do novo coronavírus na Macrorregião de Saúde de Imperatriz”, ressaltou o promotor de justiça Newton Bello Neto.
RELATÓRIO DE OCUPAÇÃO DE LEITOS
Até às 18h deste domingo, todos os leitos do Hospital Macrorregional para atendimento de casos de Covid-19 estavam ocupados, tanto clínicos quanto os de UTI. No Hospital Municipal de Campanha Covid-19, há 46% de ocupação dos leitos clínicos e 100% de ocupação dos leitos de UTI.
Na esfera privada, a ocupação de leitos no Hospital Unimed é de 89% do Posto 1, 95%, do Posto 2 e 100% de ocupação da UTI adulto. No Hospital Santa Mônica os leitos clínicos estão com 85% da capacidade ocupada e a UTI adulto com 100% de ocupação.
Na peça, os representantes ministeriais reiteram a existência de dados científicos divulgados pela comunidade médica internacional, que indicam que, para cada caso confirmado do novo coronavírus pode haver pelo menos mais dez infectados. Com esse cálculo, Imperatriz poderia ter 8.520 casos de Covid-19, em correlação aos 852 casos confirmados pelo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão publicado na noite de sábado, dia da publicação do decreto.
PEDIDOS
Na Ação Civil Pública, o MPMA e o MPF pedem que a Justiça Federal suspenda os efeitos do novo decreto municipal em caráter de tutela de urgência, quanto à flexibilização das medidas de distanciamento e isolamento social já editadas sob pena de multa diária de R$10 mil em face do prefeito Assis Ramos.
A suspensão deve se dar até que o Município comprove que tais decisões foram precedidas de amplo e minucioso estudo feito por autoridades sanitárias municipais e também estaduais, e que foram baseadas em conclusões médico-científicas obtidas por autoridades da área da saúde pública, além de fundamentadas nas orientações explicitadas em Boletins Epidemiológicos do Ministério da Saúde.
Para sustentar a flexibilização das medidas de distanciamento social, o Município deve demonstrar a superação da fase de aceleração do contágio, de acordo com os dados de contaminação, internação e óbito, com a demonstração do quantitativo suficiente, estimado para o pico de demanda.
Também deve haver EPIs para os profissionais de saúde, respiradores para pacientes com insuficiência respiratória aguda grave, testes para confirmação de casos suspeitos, leitos de UTI e internação e de recursos humanos capacitados, providências essas que devem ser tomadas pelo próprio Município.
UNIÃO
Quanto à União, o MPMA e MPF pedem à Justiça Federal que obrigue o ente federal à realização de fiscalização mais incisiva da aplicação dos recursos públicos repassados ao Município e que foram destinados ao combate ao novo coronavírus.
O documento destaca ainda que a fiscalização da União deve se intensificar também a outros recursos oriundos de repasses que podem ser utilizados no combate à Covid-19, em consonância com o artigo 37 da Constituição Federal, sem prejuízo de que a União ingresse como polo ativo da demanda, conforme a Lei da Ação Popular (Lei Federal 4.717/65).