sexta-feira, 29 de março de 2019

Desemprego sobe para 12,4% em fevereiro e chega a mais 13 milhões.



A taxa de desemprego no Brasil subiu para 12,4% no trimestre encerrado em fevereiro, atingindo 13,1 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o instituto, a alta representa a entrada de 892 mil pessoas na população desocupada.

No trimestre de dezembro de 2018 a fevereiro de 2019:

·                     Desemprego cresceu para 12,4%, ou 13,1 milhões de pessoas
·                     População ocupada ficou em 92,1 milhões de pessoas
·                     População fora da força de trabalho é recorde, de 65,7 milhões de pessoas
·                     Taxa de subutilização da força de trabalho (24,6%) e população subutilizada (27,9 milhões) são recorde
·                     Número de desalentados (4,9 milhões de pessoas) é o maior da série do IBGE
·                     Empregados com carteira assinada somaram 33 milhões; e sem carteira, 11,1 milhões
·                     Trabalhadores por conta própria são 23,8 milhões
No trimestre encerrado em janeiro, a taxa de desemprego verificada pelo IBGE foi de 12%, atingindo 12,7 milhões de brasileiros – o maior número de desocupados desde agosto de 2018 e a primeira alta em dez meses.

“A desocupação voltou a subir, mas não é a maior da série. Neste mesmo trimestre (dezembro a fevereiro), a maior foi de 13,2%, em 2017. Esperava-se que ela fosse subir, é um aumento que costuma acontecer no começo do ano”, explicou, em nota, o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.

Filas de desempregados

Com o desemprego em alta, diversas cidades do país têm visto a formação de grandes filas de trabalhadores em busca de uma vaga de trabalho nas últimas semanas.

Em São Paulo, um evento oferecendo mais de 6 mil vagas reuniu uma multidão no Vale do Anhangabaú, no centro da cidade. Houve filas também na região metropolitana de Curitiba, onde trabalhadores buscavam vaga em um supermercado; em São José do Rio Preto (SP), por vagas em uma usina; no Distrito Federal, onde um restaurante abriu vagas; e em Campinas (SP), por vagas em uma loja na cidade.

No Rio de Janeiro, filas de candidatos a uma das 150 vagas de auxiliar de serviços gerais se estenderam por dois quarteirões.

Taxa de subutilização recorde

Já a taxa de subutilização – trabalhadores que poderiam estar trabalhando mais horas – alcançou 24,6%, chegando a 27,9 milhões de pessoas – o maior número da série histórica do IBGE, iniciada em 2012.
Na comparação com os três meses anteriores, houve uma alta de 901 mil pessoas subutilizadas. Já na comparação como mesmo trimestre do ano anterior, o crescimento foi de 2,9%, ou 795 mil pessoas.

Desalento também é o maior da série

O número de pessoas desalentadas – trabalhadores que desistiram de procurar emprego –, que chegou a 4,9 milhões, também é recorde da série do IBGE, repetindo o registrado nos três meses anteriores (setembro a novembro), mas uma alta de 275 mil pessoas em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O percentual de desalentados, de 4,4%, é o mesmo registrado nos três meses anteriores, também recorde.

“Dado que o desemprego chegou neste nível tão alto, isso alimenta o desalento também. Essas pessoas não se veem em condições de procurar trabalho”, explicou Cimar.

Fora da força de trabalho

O IBGE apontou também que a população fora da força de trabalho alcançou 65,7 milhões de pessoas, a maior da série do instituto, crescendo 0,9% frente aos três meses anteriores e 1,2% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.

Já a população ocupada caiu 1,1% frente aos três meses anteriores (menos 1,062 milhão), para 92,1 milhões de pessoas. Na comparação com os mesmos meses do ano passado, no entanto, houve um crescimento de 1,1% na população ocupada, ou 1,036 milhão de pessoas.

Educação, indústria e construção encolheram

A administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi o setor que mais dispensou trabalhadores na comparação com os três meses anteriores, com um corte de 574 mil pessoas. Indústria (-198 mil) e construção (-155 mil) também reduziram o número de trabalhadores.
“Essa perda no grupo de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais se deu, basicamente, na educação, que perdeu 470 mil de pessoas. Esse processo também afeta muito o empregado sem carteira, principalmente na construção e indústria”, afirmou Cimar.
De acordo com os dados do IBGE, o setor de transporte, armazenagem e correio foi o único que teve aumento na população ocupada, com uma alta de 133 mil pessoas.

Trabalhadores por conta própria somam 23,8 milhões

O número de trabalhadores por conta própria ficou estável em relação aos três meses anteriores, em 23,8 milhões. Mas frente aos mesmos meses do ano passado, houve uma alta de 2,8%, equivalente a 644 mil pessoas.

Já o número de empregados sem carteira assinada caiu (-4,8%) na comparação com o trimestre anterior (menos 561 mil pessoas), para 11,1 milhões no trimestre de dezembro a fevereiro. Comparado a um ano antes, houve alta de 3,4%, ou 367 mil pessoas.

O número de empregados no setor privado com carteira assinada (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 33 milhões de pessoas, ficando estável em ambas as comparações.

 

Rendimento

O rendimento médio real habitual (R$ 2.285) cresceu 1,6% frente ao trimestre anterior e ficou estável em relação ao mesmo trimestre do ano passado. A massa de rendimento real habitual (R$ 205,4 bilhões) ficou estável em ambas as comparações.


quinta-feira, 28 de março de 2019

Dólar opera em alta e chega a alcançar R$ 4



O dólar opera em forte alta nesta quinta-feira (28), chegando a alcançar R$ 4 no início da sessão. Os investidores continuam de olho nas tensões políticas entre Executivo e Legislativo, e nas negociações para a reforma da Previdência.

Às 9h45, a moeda norte-americana subia mais de 0,25%, vendida a R$ 3,9648. Veja mais cotações. Logo na abertura da sessão, chegou a R$ 4,0156, cotação máxima do dia até o momento.

O dólar fechou em forte alta na quarta-feira (27), subindo 2,27%, a R$ 3,9548. Foi o maior patamar de fechamento desde 1º de outubro, quando encerrou a sessão cotado a R$ 4,0174.

Na véspera, o mercado monitorou a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Guedes afirmou que a "bola" da reforma da Previdência "está com o Congresso".

O Banco Central anunciou que realizará nesta quinta-feira leilão de até US$ 1 bilhão em operação de venda de moeda com compromisso de recompra, buscando colocar dinheiro novo no mercado e amenizar a pressão no dólar.

Também fará leilão de até 14,43 mil swaps cambiais tradicionais, correspondentes à venda futura de dólares, para rolagem do vencimento de abril, no total de US$ 12,321 bilhões.

IMAGENS "DESOLADORAS": O retrato do desastre em que se encontra a câmara municipal de Açailândia

A imagem de um ex-presidente (afastado pela Justiça) acusado de DESVIAR DINHEIRO PÚBLICO, e, outro com sede pelo comando da CASA DE LEIS no Plenário da Câmara, é o que se viu de "DESTAQUE" na sessão ordinária, suspensa por falta de quórum na data de ontem, dia 27 de março de 2019. Imagem DESOLADORA da política de Açailândia.
Esse é resultado...

quarta-feira, 27 de março de 2019

Imperatriz ganhará fábrica de tintas…

Em reunião com representantes da prefeitura e da Associação Comerical, diretor da indústria Maxvinil sinaliza a implantação  da unidade em breve


Representantes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Sedec, a diretoria da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz, ACII, e representantes de uma renomada fábrica de tintas do país, estiveram reunidos com membros do Governo no Estado na última sexta-feira, 22. A pauta discutida foi a implantação de uma fábrica da Maxvinil Tintas em Imperatriz. 
O secretário da Sedec, Josivaldo Melo, analisa como positiva a vinda da indústria para a cidade. “A instalação, com certeza trará geração de emprego e renda para nossa cidade e região. O prefeito Assis Ramos se coloca à disposição, no que for possível, dentro da legalidade, para que isto se concretize em tempo recorde”, pontuou. 
O potencial econômico da cidade foi demonstrado por meio de apresentação de slides, fotos e informações com ênfase no poder do comércio e na sólida economia de Imperatriz, que impressionou o diretor de departamento da indústria Maxvinil, Ewerton Santos.“Farei de tudo para que em pouco tempo, a empresa esteja instalada nesta região”, revelou o diretor. 
O presidente da ACII, Guilherme Maia, deu as boas vindas ao empresário e ressaltou a característica receptiva da localidade, que acolhe bem todos os cidadãos. 

A absurda comemoração de Jair Bolsonaro…

Presidente determina que se promova festas em alusão ao início do golpe militar do Brasil, numa atitude tão estúpida quanto sua defesa do coronel Ustra, durante o impeachment de Dilma

Por enquanto, a notícia tem ganhado pouca referência na mídia, a não ser por uma ou outra manifestação crítica.

Mas é isso mesmo: o capitão Jair Bolsonaro (PSL), atualmente no posto de presidente da República quer comemorar, em todo o país, no dia 31 de março, o golpe militar de 1964.
Atitude tão estúpida quanto sua defesa do coronel Brilhante Ustra – considerado o maior torturador do Brasil – durante o impeachment de Dilma Roussseff (PT),  a decisão de Bolsonaro tem um efeito simbólico quase tão cruel quanto a defesa do nazismo por um nazista ou do racismo por um branco.

Quem defende torturadores apoia a tortura; quem festeja a ditadura é também um ditador.
Por mais que esteja no comando do país, o chefe do governo brasileiro não tem direito de usar o poder para tentar forçar a nação a relembrar o que centenas, milhares ou talvez milhões de famílias precisam esquecer.
Não houve nada o que o Brasil possa comemorar em 1964; houve um golpe de estado, que levou muitos à morte e outros tantos ao desaparecimento ou à fuga do país.
Apenas pelas cenas que ilustram este post, esta data deveria passar em branco no país.
Ou melhor, deveria ser lembrada como um luto eterno.
Com todos de roupas negras pela triste memória…
Fonte: Marco Aurélio D'Éça.

quinta-feira, 21 de março de 2019

MPMA e Polícia Civil cumprem mandado de busca e apreensão em Timbiras e Coroatá


Operação foi motivada por contratação irregular de empréstimos para idosos
Imagem ilustrativa...
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), do Ministério Público do Maranhão, e a Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor), da Polícia Civil, cumpriram mandado de busca e apreensão, na manhã desta quinta-feira, 21, nos escritórios da empresa Promotora Bom Jesus e nas residências dos proprietários Francinete de Sousa Dantas e Francisco Alves Pereira e da funcionária Samara da Silva dos Santos.

Os escritórios e as residências estão localizados nos municípios de Timbiras e Coroatá. Foram apreendidos cartões bancários, computadores, celulares, contratos de empréstimos, documentos pessoais, entre outros itens.

De acordo com a investigação, os envolvidos contraíram, nos meses de agosto a dezembro de 2018, empréstimos financeiros em nome de pessoas idosas, com desconto em conta-corrente, sem autorização ou solicitação das vítimas. Com base nos depoimentos, é estimado um dano financeiro acima de R$ 65 mil.

Pelo MPMA, coordenou a operação pelos promotores de justiça do Gaeco, em parceria com a Promotoria de Justiça de Timbiras.

EMPRÉSTIMOS

Os investigados se aproveitaram do interesse dos idosos em obter informações sobre possível empréstimo, para efetivar o negócio, sem que as vítimas, de fato, autorizassem. 

Francisco e Samara acompanhavam os idosos às agências bancárias ou postos de atendimento do Bradesco e do Banco do Brasil, alegando que eles teriam direito a sacar determinada quantia. Na ocasião, utilizavam caixas eletrônicos para contratar empréstimos na modalidade de Crédito Direto ao Consumidor (CDC) e consignados, além da utilização do limite do cheque especial e realização de aplicações financeiras e títulos de capitalização vinculados às contas bancárias das vítimas.

À medida que os créditos eram disponibilizados nas contas-correntes, os investigados realizavam saques e transferências da maior parte dos valores para suas próprias contas.

Acreditando que as quantias se tratavam de benefícios concedidos pelos bancos, as vítimas - a maioria analfabeta ou com pouca escolarização - foram surpreendidas quando perceberam o comprometimento integral de suas aposentadorias para custear as prestações dos empréstimos e das operações.

INVESTIGAÇÃO

A operação teve como base inquérito civil instaurado pela Promotoria de Justiça da Comarca de Timbiras, após denúncias das vítimas. Como forma de garantir o ressarcimento do prejuízo, o MPMA também requereu o bloqueio dos valores das contas bancárias dos investigados, o que foi deferido pelo Poder Judiciário.

O mandado de busca e apreensão, executado pelo Gaeco e Seccor, foi autorizado pela Justiça da Comarca de Timbiras.

Redação: Eduardo Júlio (CCOM-MPMA)

Força-tarefa da Lava Jato prende Michel Temer e faz buscas por Moreira Franco


Mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro.



Por Arthur Guimarães, Paulo Renato Soares e Marco Antônio Martins, TV Globo e G1 Rio

A Força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta quinta-feira (21), Michel Temer, ex-presidente da República. Os agentes ainda tentam cumprir um mandado contra Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.

Desde quarta-feira (20), a Polícia Federal (PF) tentava rastrear e confirmar a localização de Temer, sem ter sucesso. Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feira atrasou.



Reforma da previdência patética para militares. Aos militares “benesses”, aos idosos pobres “o sacrifício final”.


No Brasil, uma verdade é certa: corporações no poder jamais cederão em seus privilégios. Foi o que se viu ontem na reforma ridícula sugerida para a Previdência das Forças Armadas.


É uma verdade eterna da política brasileira: políticos defenderão quanto puderem o interesse das corporações que os elegeram. Quando, em fevereiro, o governo enviou ao Congresso sua proposta de reforma da Previdência, ficaram de fora os militares. Ontem ficou claro por quê.

O motivo é o óbvio, aquele que todos imaginavam: as Forças Armadas foram privilegiadas na proposta de mudança. Para compensar novas regras de aposentadoria que representam economias de R$ 97 bilhões em dez anos, receberam de brinde uma “reeestruturação da carreira”, que custará R$ 87 bilhões ao país.

O saldo, R$ 10,5 bilhões em dez anos (mais R$ 52 bilhões levando em conta as economias nos estados), é ridículo perto do custo das aposentadorias e pensões militares aos cofres públicos. O governo transfere algo como R$ 8 mil anuais para cobrir o rombo gerado por um único beneficiário do INSS e R$ 60 mil para o rombo de cada servidor federal. O rombo de um militar custa R$ 114 mil ao ano.

Em 2017, o militar aposentado recebeu em média R$ 11,5 mil ao mês – ante R$ 2 mil mensais concedidos ao aposentado por tempo de contribuição no INSS, R$ 1,2 mil ao aposentado por idade, R$ 1 mil ao aposentado rural, R$ 935 a quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e R$ 10,1 mil ao servidor público aposentado.

Por mais que a carreira militar tenha suas singularidades – como o governo fez questão de exibir em sua apresentação –, a discrepância não justifica o tratamento generoso concedido na proposta de reforma. Os pontos positivos (maior tempo de serviço, em linha com o padrão internacional, e alta na alíquota de contribuição) não compensam os privilégios concedidos.

Não à toa, a proposta do governo foi recebida com escárnio no Congresso Nacional. Em vez de ter sido elaborada por técnicos do Ministério da Economia, ela veio de dentro do próprio Ministério da Defesa. A presença maciça de militares neste governo (mais de um terço dos ministérios e cargos de confiança) permitiu que eles próprios assumissem o protagonismo nas mudanças que os afetam.

Críticas vieram de todos os lados – e não só da oposição. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, principal articulador da reforma no Congresso, e até o líder do governo, Delegado Waldir, se manifestaram contra. A consequência é óbvia: as demais corporações que se julgam prejudicadas exigirão a mesma colher de chá dada aos militares e, no final, as economias ficarão muito aquém do almejado.
O resultado prático do envio da proposta sobre os militares também é óbvio: dificultar ainda mais a tramitação de um projeto já em si difícil e impopular, que ainda não conta com o apoio de três quintos dos deputados e senadores, necessário para sua aprovação. Em vez de conquistar aliados para a Previdência, a proposta de ontem os afasta.
Com sua popularidade despencando – a avaliação positiva do governo caiu 15 pontos percentuais desde janeiro, segundo o Ibope –, Bolsonaro se vê sem nenhuma ponte eficaz com o Congresso.

O grau de indefinição dos congressistas é grande. Mesmo excluindo as mudanças no BPC e na aposentadoria rural, o apoio à reforma mal soma 180 dos 513 votos na Câmara. Quase 230 se dizem indecisos. Parecem à espera de mudanças substanciais ou de saber o que receberão em troca.

Sairá nesta semana o relator do projeto que irá a votação na Câmara, provavelmente o deputado Eduardo Cury (PSDB-SP). Não se sabe que tipo de alteração ele fará no projeto enviado, nem se cederá às pressões inevitáveis de todas as corporações que querem ser poupadas.

Um fato é inequívoco: se a popularidade de Bolsonaro continuar a cair, a receptividade ao texto do governo cairá junto. Cairá o interesse de políticos em atrelar o próprio nome a um tema impopular, capitaneado por um presidente impopular. Nesse caso, a reforma provavelmente naufragará, lançando o governo numa crise sem paralelo.

Para evitar o pior, a saída é a articulação política veloz, profissional e eficaz. É preciso ser rápido. Não há tempo a perder com novos tropeços como a lamentável proposta apresentada para os militares.

Com informações do G1


quarta-feira, 20 de março de 2019

ÚLTIMO DIA DE INSCRIÇÃO (hoje, dia 20): Instituto BEM BRASIL realiza Seletivo para preenchimento de 580 vagas de trabalho em Açailândia

O Instituto BEM BRASIL, encerra hoje, dia 20, as inscrições para o Processo Seletivo nº 01/19, visando o preenchimento de 580 vagas para trabalhar na cidade de Açailândia.
As contratações decorrentes deste Processo Seletivo visam suprir o quadro de funcionários desta Instituição para atender às necessidades nas mais diversas áreas.
Importante: As inscrições iniciaram dia 12/03/2019 e se encerra hoje dia 20 de março de 2019.
O candidato deverá acessar o site: www.bembrasilbr.org.br, e realizar o preenchimento da Ficha de Inscrição do presente Processo Seletivo, conforme Anexo I deste edital.
Para acessar o Edital do Seletivo (CLIQUE AQUI).
Para fazer a sua inscrição (CLIQUE AQUI).

VEJA AS VAGAS E CARGOS DISPONÍVEIS

Conheça a Empresa

Fundada há 11 anos, a BEM BRASIL está sempre se atualizando diante das exigências do mercado por multisserviços cada vez mais qualificados e eficientes em terceirização de mão de obra. Criada para atuar em todo território nacional, atendendo clientes do setor público e privado com profissionais capacitados e experientes, tendo como diferencial BEM selecionar e BEM treinar, além disso o BEM estar dos nossos colaboradores, recebendo remuneração e benefícios em dia e a segurança adequada para realização do trabalho, com isso, criamos as condições adequadas para um serviço BEM feito, resultando em clientes confiantes e BEM satisfeitos.

Bolsonaro na terra do "Tio Sam": Resultado da visita é positivo.

Bolsonaro obteve o que queria de Trump – e também entregou muito em troca.


É positivo o resultado da visita do presidente Jair Bolsonaro aos Estados Unidos. Ele obteve sucesso não só nas relações bilaterais, mas também ao dar enfim um rosto à própria política externa.

As principais conquistas com que Bolsonaro volta de lá são:

1.            Acordo para aluguel aos americanos da base de lançamentos de foguete de Alcântara, com receitas previstas da ordem de US$ 10 bilhões anuais;
2.            Designação do Brasil pelos Estados Unidos do Brasil como “aliado especial fora da Otan”. Isso garante ao país acesso a tecnologia e cooperação militar com os americanos. Trump falou até que o Brasil poderia ser “aliado na Otan”. É exagero, mas significativo;
3.            Apoio declarado à pretensão brasileira de entrar na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma espécie de clube dos países ricos que costuma representar acesso mais fácil a capitais, investimentos e tecnologias;
4.            Reativação de fóruns bilaterais de comércio, energia e meio ambiente, com o objetivo, no longo prazo, de estabelecer um acordo de livre-comércio entre os dois países. Por enquanto, apenas uma promessa.
As concessões que Bolsonaro fez em troca foram:
1.            Fim da exigência de vistos à entrada de turistas americanos no Brasil, sem reciprocidade (assim como à de canadenses, japoneses e australianos). Como não há uma onda de migração ilegal desses países, a medida representa na prática um incentivo ao turismo;
2.            Em troca do apoio à entrada na ODCE, o Brasil passará a abrir mão do status de país em desenvolvimento na Organização Mundial do Comércio (OMC), que garante prazos mais generosos nas disputas comerciais e condições especiais para acordos de livre-comércio. A medida prejudica sobretudo o setor agrícola. China e Índia costumam se beneficiar de tal status. O Brasil abriu mão dele em negociações recentes. Países como Turquia e Coreia do Sul não precisaram abandoná-lo para aceder à OCDE;
3.            Criação de uma cota para a importação de trigo americano sem tarifas (750 mil toneladas) e estabelecimento de bases para a importação de carne suína americana. No caso do trigo, a concessão representa um golpe na Argentina e no Mercosul;
4.            Concessões aos planos americanos para a Venezuela que Bolsonaro preferiu não detalhar. De acordo com diplomatas, o Brasil teria aceitado o uso do território brasileiro para dar apoio à logística americana, caso seja necessária uma intervenção de maior envergadura para derrubar o ditador Nicolás Maduro. Bolsonaro não descartou o envolvimento de tropas brasileiras.
Nem política nem diplomacia são jogos de soma zero, portanto ainda é cedo para avaliar as consequências de cada uma dessas concessões. Parece óbvio que o envolvimento numa eventual guerra na Venezuela seria muito ruim para o Brasil. Também parece óbvio que o aluguel de Alcântara aos americanos é muito bom. Fora isso, o cenário é incerto.

O tabuleiro comercial é difuso. A ODCE tem mais valor simbólico que prático. É mais um troféu do que uma consequência de desenvolvimento real. Faz dois anos que os Estados Unidos apoiaram a entrada da Argentina, mas até agora nada aconteceu. As disputas na OMC, em contrapartida, são absolutamente práticas. Uma posição de maior fraqueza representa perda concreta.

Quanto à Venezuela, Brasil e Estados Unidos estão alinhados no objetivo final: derrubar Maduro. O interesse brasileiro é que isso ocorra com o menor envolvimento externo possível. De preferência, por iniciativa dos próprios venezuelanos. A reverência cega que Bolsonaro e seu filho Eduardo (ontem no papel de nosso verdadeiro chanceler) prestam a Trump não pode obscurecer tal fato.

“Diplomacia em primeiro lugar, até as últimas consequências”, disse depois Bolsonaro, para esclarecer sua declaração evasiva ao lado de Trump. A verdade é que nem aos americanos interessa enviar soldados para derrubar um ditador patético. Trump disse que ainda dispõe de sanções mais duras a aplicar antes de considerar as opções militares.

O resultado mais relevante da visita é o estabelecimento de um canal de comunicação pessoal entre os dois, facilitado pela sintonia ideológica. É positivo que tal canal resulte em conquistas para o país. Será ruim se tais conquistas dependessem exclusivamente dele. Tanto lá quanto cá, os presidentes serão outros algum dia.