Por Antonio Maria
O Delegado Regional de Açailândia, Vital Rodrigues, acompanhado de policiais do Instituto de Criminalística (INCRIM) e os agentes Sóstenes e Vitena, além da imprensa, estiveram na última segunda segunda-feira (11) no Distrito de Novo Bacabal, especificamente às margens do Rio Pindaré, com o objetivo de encontrar elementos comprobatórios relacionados ao assassinato do funcionário da Motoca de Açailândia, Inamar Pursino de Oliveira, de 39 anos de idade.
O crime ocorreu no dia 28 de maio, por volta das 20h, quando a vítima participava de uma pescaria em companhia da esposa Elizângela Santana de Lima e um casal de amigos. Eles tinham deixado a cidade de Açailândia, no sábado às 17h, depois do expediente comercial. Segundo informações, toda a programação da pescaria daquele fatídico fim de semana foi organizado pela esposa de Inamar.
A reconstituição do crime teve como objetivo comparar junto aos autos policiais, tudo que as testemunhas declararam em depoimentos o que aconteceu no dia do crime. De acordo com testemunhas, no local havia aproximadamente 15 pessoas. Em determinado horário, a esposa de Inamar o convidou para olhar os anzois que estavam de “espera”. Tudo parecia normal . O som do carro ficou ligado em volume alto enquanto o casal tinha se dirigido para o local onde estavam os anzóis
De acordo com o que foi constatado pela polícia, o/ou, os elementos que deram cabo à vida de Inamar já estavam aguardando por aquele momento da “espiada” nos anzois. Dalí ele, foi dominado, agredido, e arrastado para um local distante do grupo que alí já estavam.
Na reconstituição, foi realizado o disparo de três tiros efetuado por um policial civil com a finalidade de saber se de onde o grupo estava acampado daria para ouvir o barulho dos tiros, o que foi comprovado.
Segundo testemunhas, que estavam no local, nessa noite, após o suposto assalto, a esposa de Inamar havia corrido em direção ao grupo falando o ocorrido e que todos se refugiaram para uma fazenda próxima ao rio temendo que os “assaltantes” os perseguissem.
Uma pessoa que passava no local se ofereceu para ir até onde Inamar havia sido atingindo, mas segundo informações, Elizângela, esposa da vítima alegou ser perigoso, afirmando que os “homens” estavam armados.
Os peritos fizeram todo o levantamento do ambiente do crime, comparando com as fotos tiradas no dia do crime para comparar também aos depoimentos e principalmente para confirmar o local do crime com as respectivas fotografias. Este foi um trabalho realizado preliminarmente, mas a polícia e peritos pretendem voltar ao local para fazer outra análise em busca de mais provas.
De acordo com o Delegado Regional Vital Rodrigues, que esteve acompanhando a reconstituição do crime disse que o objetivo é tentar reunir melhores elementos para explicar as circunstâncias em que este fato aconteceu e expedir o laudo para saber como tudo aconteceu no local.
“Todo e qualquer elemento, qualquer fragmento, vestígio do local do crime, bem como qualquer elementos que estamos buscando como provas testemunhais é importante para elucidação deste crime e com isso apresentar os culpados à justiça e à sociedade” , esclarece Vital.
De acordo ainda com o delegado, o fato foi apresentado no 1º DP como latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte, mas tão logo tomado os depoimentos tomou-se conhecimentos de que haveria a hipótese de se tratar de um homícidio qualificado e brutal, onde a vítima foi barbaramente assassinada, além dos tiros, de onde foram extraídos três projéteis.
Para o delegado, os laudos deixam bem claro que a vítima foi barbaramente agredida com pauladas, fora sufocada e que teria recebido um tiro de execução na lateral esquerda do rosto, próxima a orelha e este tiro não teria alcançado a fatalidade pelos agressores de forma que imagina-se, que foi nesse momento que a vítima foi sufocada e torturada com a garganta dilacerada com força humana. “Entende-se que se a vítima viesse a gritar, o som do carro estava ligado em volume máximo e impediria que as pessoas ouvissem os gritos. “Explica Vital, ressaltando que no mínimo duas pessoas participaram do crime.
No dia do crime, foi constatado que estavam no local, a vítima Inamar, sua esposa Elizângela, um casal de amigos e um grupo de mais 11 pessoas que já estavam acampados às margens do Rio Pindaré, quando eles chegaram no final da tarde daquele sábado(28/05) para uma pescaria.
Para o perito criminalista da 10ª Delegacia Regional de Imperatriz, Wemerson Carlos Gomes Pereira, é de extrema importância ir até o local para constatar os indícios e comparar com as fotos que foram enviadas para o INCRIM. Para o perito, as fotos tem que bater com o local onde ocorreu o crime. “A priore estamos fazendo um trabalho preliminar. Viemos constatar que no local, realmente houve um homicídio e através das fotos, vamos analisar se o local condiz com as fotos. Posteriormente, vamos sentar com o delegado regional de Açailândia e ver se tem mais algum fato a ser analisado pelos peritos do INCRIM, juntamente com a polícia civil de Açailândia”, finaliza.
Quem era Inamar Pursino
Nasceu no dia 17 de agosto de 1972, e todos os seus familiares moram na cidade de Altamira do Pará. Pai de três filhos e vivia maritalmente com Elizângela Santande de Lima há 11 anos.
Era funcionário da Motoca Motores Tocantins, há exatamente 1 ano e 4 meses. Para os colegas de trabalho, Inamar era muito querido em todas as empresas que chegou a trabalhar. Por todas elas deixou verdadeiros amigos. Pessoa carismática, companheiro e de uma bondade infinita. Estava sempre ensinando a todos que o cercava, que era possível ser feliz com as coisas simples da vida.
Para os colegas de trabalho o tempo que ele trabalhou na Motoca foi o suficiente para par deixar uma empresa inteira cheia de eterna saudade.
A empresa Motoca, funcionários e amigos, prestaram uma homenagem póstuma a Inamar com uma música onde o refrão... “Amigos para sempre... Dois Amigos que nasceram pela fé... Amigos para sempre... Para sempre amigos, sim, se Deus Quiser”!!!
Fonte: Jornal do Maranhão