quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Lula demite o número 2 da Abin após investigação ligá-lo a espionagem ilegal

 

Alessandro Moretti, diretor-adjunto da Abin que foi exonerado
Alessandro Moretti, diretor-adjunto da Abin que foi exonerado
Luiz Silveira/ Agência CNJ
 
  
Lula demite o número 2 da Abin após investigação ligá-lo a espionagem ilegal
Do UOL

Alessandro Moretti foi exonerado do cargo de diretor-adjunto na terça. Investigações da Polícia Federal citam Moretti por suposto conluio com pessoas envolvidas no esquema de monitoramento da Abin feito sem autorização da Justiça durante o governo Bolsonaro, escândalo que está sendo chamado de "Abin paralela". Leia aqui.

No governo Lula, o delegado Moretti havia sido mantido no cargo por indicação do atual chefe da Abin, Luiz Fernando Correa. O substituto será o chefe da Escola de Inteligência, o cientista político Marco Aurélio Cepik, professor da UFRGS. Sete servidores de carreira da Abin foram designados para cargos de diretoria. No Distrito Federal, Moretti foi braço-direito do então secretário de Segurança, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro que foi preso após os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Policiais da 'Abin paralela' foram seguranças da campanha de Bolsonaro. Luiz Felipe Barros e Felipe Arlotta Freitas passaram o Réveillon de 2018 para 2019 com Carlos Bolsonaro, comemoração em que também estava o hoje deputado federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin. Veja a foto. Os colunistas Natália Portinari e Aguirre Talento escrevem sobre o trabalho dos policiais que eram seguranças de Jair Bolsonaro quando o então candidato à Presidência sofreu um atentado em Juiz de Fora (MG), na véspera de 7 de setembro de 2018. A Polícia Federal tem indícios de que Carlos Bolsonaro intermediava as comunicações entre a espionagem clandestina da Abin e o Palácio do Planalto. O general Augusto Heleno foi intimado para depor na próxima terça.

EXTRA!!! Extra!!! Gaeco realiza operação em Itinga do Maranhão


Na manhã desta quarta-feira, 31, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) deflagrou a Operação Proditor, para cumprimento de três mandados de busca e apreensão, emitidos pelo Juízo da Comarca de Itinga do Maranhão sob a respondência do juiz Bruno Ramos Mendes, em face de um servidor do quadro do Ministério Público e dois particulares, investigados pela prática de crimes de corrupção, exploração de prestígio e outros.

A investigação teve início após denúncias de que os investigados solicitavam vantagem financeira para praticar, deixar de praticar ou retardar atos de ofício de competência do Ministério Público sob a influência do servidor ministerial.

A busca e apreensão teve o objetivo de apreender elementos de prova relacionados aos fatos investigados. Além disso, foi deferido o pedido de medidas cautelares pessoais, dentre as quais a suspensão do exercício da função pública e afastamento até o final da investigação – em relação ao servidor do MP – proibição de acesso às unidades ministeriais nas comarcas onde se deram os fatos investigados, proibição de contato entre eles e com servidores dos Ministério Público.

O nome da operação, Proditor, vem do latim e significa “traidor”, em alusão à conduta do agente público que se vale das funções que exerce na  instituição que integra, na condição de servidor concursado, para a prática de crimes em prejuízo da sociedade, da Administração Pública e dos princípios que a norteiam, especialmente, legalidade, impessoalidade e moralidade.

Redação: CCOM-MPMA

ELEIÇÕES 2024: prefeito de Açailândia Aluísio Sousa “quebra o silencio” e anuncia que lançará candidato à sua sucessão.

A motivação para publicação de uma nota pública que tomou conta das redes sociais, de que o grupo liderado por Aluísio lançará candidato à sua SUCESSÃO pode ter sido uma FAKE NEWS, em que dava como “favas contadas” que se o ex-prefeito Ildemar vier para o jogo, o grupo do atual prefeito não lançaria candidato, deixando o campo aberto para o ex-aliado político.


Artigo

* por Wilton Lima

Na tarde de ontem, dia 30, o prefeito Aluísio lançou nas redes sociais uma nota em que agradece o convite do Governador Carlos Brandão por lhe dar a oportunidade de poder agregar ao seu grupo político os partidos Movimento Democrático Brasileiro - MDB e Partido Socialista Brasileiro – PSB.

Aluísio deixou o Republicanos após uma suposta rasteira dada pelo deputado federal Aluísio Mendes (presidente regional do partido) e o presidente da câmara de Açailândia Feliberg Melo – o movimento de “trairagem” foi negado por ambas as partes, e, que tudo foi decidido de comum acordo.

Após a saída do Republicanos, o prefeito Aluísio Sousa se manteve em silencio sobre o seu destino partidário, como também manteve em segredo às sete chaves tudo que fosse relacionado à sua sucessão – muitas especulações surgiram e vários possíveis escolhidos passaram a se articularem.

Na tarde de ontem, dia 30, o prefeito Aluísio resolveu romper o silêncio com relação à sua sucessão, mas ainda deixou em aberto em qual partido se filiará ou de qual partido oferecido a ele pelo governador Carlos Brandão (PSB/MDB) sairá o cabeça de chave rumo a disputa pela sua sucessão.

Trairagem

Pela aliança com o governador do Estado Carlos Brandão que é presidente regional do PSB, essa seria a sigla escolhida pelo prefeito Aluísio para dar sequência à sua carreira política – a surpresa foi o MDB que é comandado pelo ex-prefeito Deusdete Sampaio nessa composição partidária – o “MAGO VÉI” foi pego de surpresa.

O MDB de Açailândia é hoje um dos partidos mais bem organizados de Açailândia e recentemente deu posse ao seu Diretório Municipal com anuência do ex-presidente José Sarney e da ex-governadora; agora deputada, Roseana Sarney – fica clara a trairagem do governador Brandão que tem o irmão no comando do MDB.

Agora é saber se houve “trairagem” de Aluísio ou se haverá um “diálogo” entre as partes – quem conhece o atual prefeito sabe da sua experiência política e ele [Aluísio] sabe de cor e salteado que Deusdete ainda representa um grande número do eleitorado de Açailândia.

O que se sabe mesmo é que para Brandão entregar de bandeja o MDB para Aluísio terá que destituir todo o Diretório Municipal, pois não se trata de uma Comissão Provisória que os partidos mudam sem precisar mudar de camisa – o presidente regional do partido terá que junto ao TRE/MA mostrar uma justificativa plausível para tal destituição, mas isso é só mais uma regra para “Inglês ver” – a realidade é que as decisões sempre vêm de cima para baixo.

Mas caso não haja diálogo alguém sairá ferido desse perrengue e pode afetar, inclusive, o resultado final da eleição de outubro na cidade de Açailândia.

Vamos entender o que é trairagem na política

De acordo com dicionários da língua portuguesa trairagem tem significados diversos, incluindo traição, safadeza, quebra de acordo ou contrato, sacanagem, falsidade, pessoa traiçoeira, mau caráter e outros derivados desta relação.

Existe até mesmo a música trairagem da dupla sertaneja Teodoro e Sampaio, que bem poderia ser hino oficial de nossas eleições, bastando apenas adapta-la para o contexto político-eleitoral.

A origem da trairagem política e eleitoral decorre do fato de que os partidos políticos no Brasil, mesmo os que se julgam com um grande capital ideológico e ético, são muito mais instâncias burocráticas para registro de candidaturas e uso do fundo partidário do que propriamente uma entidade com credibilidade pública, programa, doutrina/ideologia e coerência.

Costuma-se dizer que todos os partidos, inclusive os chamados nanicos, tem seus donos em todos os níveis: municipal, estadual e nacional e seus  caciques usam e abusam dos partidos e do poder que decorre de sua organização muito mais para negociarem e defenderem  seus interesses ou dos grupos que dividem tais organizações, inclusive econômicos e financeiros,  tempo de TV e de propaganda eleitoral obrigatória e, claro, decidir quem deve, pode ou não ser candidato e  também participar do leilão dos cargos administrativos.

A falta de coerência e de fidelidade são as normas básicas, razão do povo já andar cansado do troca-troca partidário, de candidatos e alianças incoerentes.

Quando a luta interna ou a busca por espaço se agrava, um cacique ou candidato a tal, juntamente com seus seguidores não titubeiam em deixar o partido pelo qual foram eleitos ou estão filiados há anos ou décadas e organizam um novo partido ou mudam de sigla – com os partidos não é nada diferente, também infiéis mudam os seus dirigentes municipais de acordo com a conveniência.

É a famosa trairagem política e eleitoral, que decorre e acontece neste quadro de fragilidade dos partidos e a supervalorização de seus dirigentes, caciques e donos em detrimento da organização partidária.

Quem não se afina com a cartilha da cúpula partidária acaba sendo excluído, mesmo quando se trata de políticos com certo nível de poder e influência.

Neste contexto a trairagem política é apenas um complemento a mais da demagogia, da corrupção, da mentira, do oportunismo, incluindo também a falta de um projeto de desenvolvimento para o país, os estados e os municípios e em seu lugar surgem os diferentes projetos de poder. O importante é a conquista ou manutenção do poder, para usá-lo a seu bel prazer e para aparelharem do Estado e continuarem usufruindo de suas benesses.

Simples assim!!!

* Wilton Lima é jornalista, radialista, blogueiro, podcaster, com formação em Administração Pública, especialista em Gestão Pública e pós-graduado em Assessoria de Comunicação.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Desmonte das instituições no governo Bolsonaro e equívocos em 2023 no governo Lula derrubaram o Brasil em10 posições no ranking que mede percepção sobre corrupção

"Os anos de Jair Bolsonaro na Presidência da República deixaram a lição de como, em poucos anos, podem ser desmontados os marcos legais e institucionais anticorrupção que o país levou décadas para construir", menciona o relatório.



O Brasil perdeu 2 pontos e caiu 10 posições no Índice de Percepção da Corrupção (IPC) de 2023, divulgado nesta terça-feira (30) pela entidade Transparência Internacional. O país registrou 36 pontos e ficou na 104ª posição.

O IPC mede como especialistas e empresários enxergam a integridade do setor público nos 180 países pesquisados. A nota vai de zero a 100, onde zero significa “altamente corrupto” e 100 significa “muito íntegro”.

Quanto melhor a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto. O Brasil ficou com a mesma pontuação da Argélia, da Sérvia e da Ucrânia.

Entre os países das Américas, o Brasil ficou atrás, por exemplo, de Uruguai (76 pontos), Chile (66 pontos), Cuba (42 pontos) e Argentina (37 pontos).

O Brasil ainda ficou dois pontos a menos do que no ano anterior (2022), abaixo da média global, que está em 43 pontos. Esta é a segunda pior pontuação recebida pelo Brasil desde que o índice é calculado. Nos anos de 2018 e 2019 o país recebeu apenas 35 pontos.

O país mais bem classificado no ranking foi a Dinamarca, com 90 pontos. A Somália recebeu a menor pontuação, com 11 pontos.

Para a Transparência Internacional, em 2023, o Brasil "falhou na reconstrução do pilar político de controle da corrupção". Mas, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), a prevenção à corrupção é algo que vem sendo trabalhado (leia trecho da nota abaixo).

Governo Bolsonaro

"Os anos de Jair Bolsonaro na Presidência da República deixaram a lição de como, em poucos anos, podem ser desmontados os marcos legais e institucionais anticorrupção que o país levou décadas para construir", menciona o relatório.

De acordo com o organismo internacional, o combate à corrupção é construído sob três pilares de um sistema de controles: o judicial, o político e o social. Pilares esses que, segundo a análise do relatório, "Bolsonaro se esforçou para atacar".

"Se tratava de um governo dedicado intensamente à neutralização de cada um desses pilares, seja para blindar sua família de investigações de esquemas de corrupção fartamente comprovados, seja para evitar um processo de impeachment por seus incontáveis crimes de responsabilidade e ataques à democracia", prossegue.

Governo Lula

 

Com relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o relatório critica, por exemplo, a flexibilização da Lei das Estatais.

"Já há sinais de piora nos termos atuais de barganha entre governo federal e Congresso, com a reintrodução de outra grande moeda de troca política: o loteamento das estatais", pontua.

Nesse sentido, a Transparência Internacional cita o caso da Petrobras.

"Os efeitos já começaram a ser sentidos na principal empresa brasileira e foco de macro esquemas de corrupção, a Petrobras, com afrouxamento de regras de blindagem política no estatuto da companhia e nomeações de gestores atropelando vetos do departamento de compliance, inclusive indivíduos investigados por corrupção", destaca.

Como ponto positivo da atual gestão, o relatório menciona uma decisão da Controladoria-Geral da União (CGU) de reverter o sigilo de documentos determinados pelo governo anterior.

"O âmbito do controle social da corrupção, houve avanços. A Controladoria-Geral da União (CGU) reverteu quase duas centenas de sigilos abusivos determinados pelo governo Bolsonaro e, mais importante, estabeleceu regras para prevenir novas violações da Lei de Acesso à Informação", detalha.

A operação da Polícia Federal que investiga espionagem ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também é citada no parecer da Transparência Internacional como algo positivo.

E a aprovação da Reforma Tributária é avaliada "com potencial para diminuir a possibilidade de regimes especiais e a influência do lobby ou pagamento de suborno a autoridades".

Recomendações

A Transparência Internacional fez uma série de recomendações. Entre elas, a implementação de uma política nacional anticorrupção, que seja desenvolvida "com ampla participação da sociedade civil".

Outra orientação foi para que o governo garanta "máxima" transparência nos programas de investimento público, como, por exemplo, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Além disso, que preserve a Lei das Estatais e fortaleça os mecanismos de governança dessas empresas, "impedindo que se tornem moeda de troca".

Outra recomendação feita ao governo federal é de que se estabeleça um inventário nacional de ferramentas de vigilância em posse de autoridades estatais e empresas privadas, além de adotar mecanismos rígidos de transparência e controle para a aquisição e uso dessas ferramentas.

O que diz a CGU

Em nota, a Controladoria-Geral da União (CGU) informa que o governo "vem restabelecendo a estrutura dos conselhos de políticas públicas" e que a CGU "trabalha diariamente para corrigir riscos de corrupção em políticas públicas, contratações e outras ações do Estado".

Além disso, a Controladoria argumenta que vem "fortalecendo a integridade dos órgãos federais e colaborando para a implementação de programas de integridade pública, fomentando a adoção de mecanismos de prevenção à corrupção por empresas e aprimorando mecanismos de detecção e sanção de corrupção".

 

O Podcast "SEM TRETAS" de ontem (segunda) BOMBOU. Entrevista com o Secretário de Saúde de Açailândia Dr. Jonhnathas de Oliveira.

QUEM SERÁ O ESCOLHIDO DO PREFEITO ALUÍSIO PARA SUA SUCESSÃO????????? 

VALE A PENA VER DE NOVO!!! 

DR. JONHNATHAS É O ESCOLHIDO DO PREFEITO ALUÍSIO PARA SUCEDE-LO?

No Podcast "Sem Tretas de Ontem, dai 29, os jornalistas Wilton Lima e Marcone Soares receberam o Secretário de Saúde da cidade de Açailândia, o que tem sido reverberado em todos os setores da política local.

Em cada mesa de bar, nas reuniões fechadas de partidos políticos e principalmente, nas redes sociais é o assunto mais debatido em todas as rodas de conversas.

Veja e reveja todos os episódios em nosso canal #SEMTRETASOFICIAL no Youtube, deixe seu Like, se inscreva em nosso Canal, acione o Sininho e receba com exclusividade tudo que acontece nos bastidores da política. Aquilo que não é discutido em público você VER AQUI!!!

CLIQUE NO LINK ABAIXO E REVEJA A ENTREVISTA COMPLETA!!!

SEM TRETAS!!!!

Polícia Federal mira o 'núcleo político' da espionagem ilegal da Abin

 

O vereador Carlos Bolsonaro durante sessão na Câmara Municipal do Rio de Janeiro
O vereador Carlos Bolsonaro durante sessão na Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Flávio Marroso/CMRJ
 
  
Polícia Federal mira o 'núcleo político' da espionagem ilegal da Abin
Do UOL

Operação cumpriu mandados de busca em endereços de Carlos Bolsonaro e de assessores ligados ao vereador e ao deputado Alexandre Ramagem. As investigações dão sequência à descoberta de que a Abin, sob a direção de Ramagem, pode ter sido usada para monitorar políticos e autoridades públicas sem autorização da Justiça. No pedido ao ministro Alexandre de Moraes (STF), que autorizou as buscas, a PF ressaltou que a identificação de Carlos Bolsonaro no núcleo político reforça a hipótese de que a Abin, um órgão de Estado, buscou informações sobre inquéritos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e os filhos.

Bolsonaro afirmou ontem que Carlos vai prestar depoimento à PF nesta terça, mas o advogado Fábio Wajngarten acrescentou que o assunto é outro, não as buscas relacionadas à Abin. Leia aqui. Reportagem da Folha de S.Paulo revela a tensão em Angra dos Reis (RJ), onde a família Bolsonaro passeava de barco e jet ski quando os policiais chegaram. De Angra, a PF levou celulares e computador do vereador, e também equipamentos de um assessor de Bolsonaro. Para o ex-presidente, a operação quis "esculachar" com ele e sua família.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Contran prorroga prazo para que motoristas profissionais façam exame toxicológico periódico

Prazo, que havia sido encerrado no fim de 2023, foi renovado até março ou abril deste ano, dependendo da validade da CNH do condutor. Infratores podem ser multados.


Por Wesley Bischoff, g1 — São Paulo

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) prorrogou o prazo para que motoristas profissionais façam o exame toxicológico periódico. A prorrogação foi publicada na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira (26).

O exame é obrigatório para motoristas das categorias C, D e E — que dirigem veículos como caminhões, vans e ônibus — com habilitações novas ou renovadas a partir de 3 de setembro de 2017.

O prazo original para a renovação do exame havia terminado no dia 28 de dezembro de 2023. Agora, o Contran estabeleceu duas novas datas:

- até 31 de março para condutores com validade da CNH entre janeiro e junho;

- até 30 de abril para condutores com validade da CNH entre julho e dezembro.

Em 2022, o governo havia suspendido, até 2025, a multa para quem não fizesse o exame toxicológico. No entanto, o Congresso Nacional determinou a volta da cobrança do exame no ano passado.

Condutores que não fizerem a renovação podem ser multados em R$ 1.467,35. A infração é considerada gravíssima, e o motorista perde sete pontos na carteira.

O exame toxicológico deve ser feito em clínicas credenciadas. Amostras de cabelo, pele ou unhas podem ser usadas no teste, que identifica se o condutor fez o uso de alguma substância proibida, como drogas.

A validade é de dois anos e seis meses. Se o exame der positivo, o motorista tem o direito de dirigir suspenso e fica impedido de emitir ou renovar a CNH por 90 dias.


Esquema ilegal de espionagem na Abin buscava proteger família Bolsonaro, vigiar adversários e criar fake news; entenda!

Investigação da PF encontrou indícios de uso indevido do órgão de inteligência sob o comando de Alexandre Ramagem (PL-RJ), aliado de Bolsonaro que, atualmente, é deputado federal.


O esquema ilegal de espionagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigado pela Polícia Federal tinha três objetivos principais: proteger membros da família Bolsonaro, vigiar adversários políticos do governo e criar fake news. A informação é da jornalista Daniela Lima, que concedeu entrevista ao podcast O Assunto que foi ao ar nesta sexta-feira (26.

Segundo apuração da PF, a Abin pode ter sido "instrumentalizada" para monitorar ilegalmente autoridades e pessoas envolvidas em investigações, além de desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O uso indevido do órgão teria ocorrido sob o comando de Alexandre Ramagem (PL-RJ), aliado de Bolsonaro que, atualmente, é deputado federal.

"Agora há indícios claríssimos de que a inteligência do Brasil, situada dentro do guarda-chuva do Gabinete de Segurança Institucional, vinculado, portanto, diretamente à Presidência da República, foi utilizado para espionar ilegalmente integrantes do Supremo Tribunal Federal, govenadores, deputados e senadores durante a gestão anterior. É um escândalo o que se desdobra a partir de agora", diz Daniela Lima.

A jornalista explicou no podcast as motivações do esquema ilegal. "Você tem, por exemplo, operações de contrainteligência que envolvem uma blindagem aos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro. A Abin serviu para investigar e abastecer Flávio Bolsonaro numa saída jurídica no inquérito das rachadinhas e também atuou para blindar Jair Renan Bolsonaro na apuração de tráfico de influência", explicou.

Fabricação de fake news

"Você tem uma segunda motivação: vislumbrar, vigiar adversários políticos. Então, manda um drone no então governador do Ceará, Camilo Santana. Rodrigo Maia [ex-presidente da Câmara] passa a ser vigiado também... E também tem a terceira 'perna', que era usar a Abin, delegado de polícia, para fabricar fake news", concluiu.

A jornalista destacou como exemplo do uso da agência para fabricação de fake news o caso em que o ex-presidente Jair Bolsonaro disse estar sendo alvo de uma suposta tentativa de golpe logo após Rodrigo Maia ter uma reunião com o ministro do Supremo Gilmar Mendes.

1.500 números de telefone observados

No episódio desta sexta-feira de O Assunto, Daniela Lima e Natuza Nery informam que investigações apontam mais de 60 mil registros coletados pela ferramenta FirstMile, tecnologia de empresa israelense que monitorou irregularmente a localização de celulares. Esses registros são relativos a cerca de 1.500 números de telefone que teriam sido ilegalmente observados pela Abin.

Daniela Lima também relaciona o atual escândalo da Abin aos inquéritos das milícias digitais e do 8 de janeiro: “O uso de equipamento público para arapongagem se insere no contexto de ataque à democracia e às instituições”.


JUSTIÇA DO MARANHÃO DECRETA NOVAMENTE PRISÃO DE SUSPEITO DE LATROCÍNIO APÓS POLÊMICA LIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

 


A repercussão negativa em torno da soltura em audiência de custódia de Leonidas Cunha Ribeiro, suspeito de participação no latrocínio do motorista de ônibus Francisco Vale Silva, levou a Justiça do Maranhão a decretar novamente sua prisão preventiva nesta quinta-feira (25). O crime ocorreu na noite de segunda-feira (22.01.24), em São Luís, resultando na morte a tiros de Francisco Vale da Silva, de 48 anos.

O Ministério Público do Maranhão (MP-MA) foi responsável por solicitar a reclusão de Leonidas, argumentando que ele foi reconhecido por uma das vítimas como um dos assaltantes presentes no ônibus no momento do crime.

A decisão anterior da Justiça, que havia determinado a soltura do suspeito em resposta a um pedido da Defensoria Pública, foi considerada precipitada e reconhecida como ilegal. O MP-MA afirmou que a liberação do acusado foi baseada em um ‘vício formal’, e a prisão preventiva foi restabelecida para garantir a ordem pública e a credibilidade das instituições, especialmente do Judiciário, diante da comoção e repercussão social do crime.

Relembrando o caso, Leonidas Cunha Ribeiro foi preso em flagrante na terça-feira (23), juntamente com dois adolescentes apontados como executores do latrocínio. Os menores permanecem apreendidos. A Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) relatou que Leonidas confessou sua participação no crime. Contudo, após a prisão, a decisão judicial inicial reconheceu a ilegalidade do processo, relaxando o flagrante com base em um suposto ‘vício formal’.

Polícia Federal investiga ex-diretor da Abin por espionagem ilegal

 

Policias federais fazem buscas no gabinete de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, na Câmara dos Deputados
Policias federais fazem buscas no gabinete de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, na Câmara dos Deputados
MATEUS BONOMI/AGIF
 
  
Polícia Federal investiga ex-diretor da Abin por espionagem ilegal
Do UOL

Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em Brasília e 3 estados, além de medidas cautelares de prisão. O delegado Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e atualmente deputado federal pelo Rio de Janeiro, está sendo investigado pelo uso ilegal de programa espião para monitorar adversários do então presidente Jair Bolsonaro. A PF encontrou ontem celulares e notebooks da Abin em endereços do deputado.

Entre os políticos, jornalistas e autoridades públicas vigiadas sem autorização da Justiça estavam o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia e ministros do Supremo Tribunal Federal. Em 2023, a PF encontrou na Abin um relatório sobre ações de inteligência que buscavam vínculos entre Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes com a facção criminosa PCC. As "missões" teriam sido encomendadas durante a gestão de Ramagem, entre 2019 e 2022. Ele nega que tenha havido o que está sendo chamado de "Abin paralela". O software FirstMile foi comprado de empresa de Israel em 2018 e permite rastrear os deslocamentos dos celulares de até 10 mil pessoas, em um ano.

Rastro no sistema delatou monitoramento ilegal da Abin sobre o assassinato de Marielle Franco. A colunista Letícia Casado escreve sobre uma descoberta da CGU (Controladoria Geral da União) no escândalo dos monitoramentos sem autorização da Justiça realizados pela Abin durante o governo Bolsonaro. Um currículo da promotora de Justiça do caso Marielle causou estranheza porque foi impresso sem o logo da Abin nas instalações da agência.

Os registros no sistema mostraram que os documentos foram elaborados pelos policiais federais requisitados pelo então diretor Alexandre Ramagem, deputado do PL que foi alvo de busca e apreensão na quinta. Sete policiais federais tiveram as funções públicas suspensas. Leia aqui.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Caso Marielle: PF investiga se regularização de condomínio na Zona Oeste do Rio teria motivado assassinato

Possível causa foi apontada por Ronnie Lessa em delação ainda não homologada pelo STJ. Citado por Rony Lessa, o conselheiro do TCE do Rio quando perguntado sobre a possibilidade de Lessa tê-lo apontado como mandante, Brazão respondeu: — Lessa deve estar querendo proteger alguém.

Por  — Rio de Janeiro

 

A Polícia Federal investiga se uma disputa por terra na Zona Oeste do Rio motivou o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018. Em delação que ainda depende de validação do Superior Tribunal de Justiça, o ex-sargento da PM Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos contra a parlamentar, afirmou que a vítima virou alvo por defender a ocupação de terrenos por pessoas de baixa renda e que o processo fosse acompanhamento por órgãos como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio e o Núcleo de Terra e Habitação, da Defensoria Pública do Rio. No entanto, o mandante do assassinato apontado por Lessa buscava a regularização de um condomínio inteiro na região de Jacarepaguá sem respeitar o critério de área de interesse social, ou seja, o dono tinha renda superior à prevista em lei. O objetivo seria obter o título de propriedade para especulação imobiliária.

Conforme publicado pelo blog do colunista Lauro Jardim, no último domingo, a delação premiada de Lessa foi para o STJ. Isso indica, como O GLOBO informou ontem, que o nome citado pelo ex-PM tem foro por prerrogativa de função. Caberá ao ministro Raul Araújo decidir se aceita ou não o acordo de colaboração.

A regularização fundiária já tinha surgido na investigação da morte de Marielle e do motorista Anderson Gomes ainda em 2018.

As negociações da PF com Lessa tiveram início logo após os agentes federais assumirem o caso, em fevereiro do ano passado. Logo que o presidente Lula foi eleito, ele pediu ao então ministro da Justiça Flávio Dino que tentasse esclarecer o crime contra a parlamentar e o motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018. Com a proximidade de o crime completar seis anos, as trativas aceleraram. Primeiro buscou-se levantar a resposta sobre o mando com o também ex-policial militar Élcio de Queiroz, que atuou como motorista na emboscada contra Marielle. Mas como a informação sobre o assassinato da vereadora era compartimentada por Lessa, ou seja, ele não passava todos os detalhes para quem agia com ele nos crimes, Élcio citou apenas o nome de Domingos Brazão, sem muitos detalhes.


Sem evidências suficientes, os agentes federais do Grupo Especial de Investigações Sensíveis (Gise) — grupo especializado na elucidação de casos complexos — dependiam exclusivamente de Lessa para chegar à pessoa que mandou matar a parlamentar. No fim do ano passado, logo após o ex-PM aceitar a colaborar com o caso Marielle, o STJ realizou duas sessões secretas para confirmar qual seria o foro das tratativas iniciais do acordo de delação premiada de Lessa.

Nas sessões secretas, foi discutida se a negociação da delação deveria tramitar sob os cuidados do Ministério Público Federal (MPF) ou do Ministério Público do Rio (MPRJ). Em virtude de o caso ser sigiloso, as sessões foram realizadas a portas fechadas, sem a presença de público. Segundo ministros que participaram das sessões, a conclusão final foi pela competência do MPF para acompanhar as tratativas.


Embora a delação coubesse ao MPF, coube ao Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio acompanhar as investigações, uma vez que são eles que conhecem com profundidade o processo dos homicídios de Marielle e Anderson. Para que Lessa colaborasse, os agentes da PF e procuradores da República ofereceram várias vantagens ao ex-PM para que indicasse o mandante.

De acordo com o artigo 473 do Código de Processo Penal, não se pode prometer a absolvição ao delator. Como ele cometeu um homicídio, ou seja, um crime contra a vida, considerado pela Constituição um bem maior, tal benefício não pode ser oferecido. Cabe ao júri a decisão, por ser soberano. Essa cláusula tem que estar, inclusive, presente na delação de Lessa. No julgamento dele no IV Tribunal do Júri, que ainda não foi marcado, deverá ser perguntado aos jurados se eles aceitam que o réu tenha benefícios de redução de pena. O júri decidirá ao responder os quesitos na sala secreta. A Constituição prevê que crimes hediondos não cabem fiança, anistia ou graça.


Entre os benefícios oferecidos a Lessa estão a proteção integral à mulher e os dois filhos, além do retorno dele para um presídio fluminense. O prazo para que Lessa continue preso em uma penitenciária federal expira no dia 21 de março. 


No último dia 17, o Sistema Penitenciário Federal (SPF) se manifestou desfavorável à possibilidade de mandá-lo para uma prisão no Rio. No parecer, diretoria do órgão se opõe a essa possibilidade “devido a sua rede de contatos pessoais, intra e extramuros, além de sua experiência com a criminalidade em vertentes diversificadas”. No documento, a diretoria do órgão, vinculado ao Ministério da Justiça, cita seu “altíssimo grau de periculosidade”, com “potencial de desestabilizar” o sistema prisional de seu estado de origem. O ex-sargento da PM está preso atualmente na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso. Já Élcio, está numa unidade federal em Brasília.

Dos investigados por mandar matar a parlamentar, até o momento, apenas o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Domingos Brazão tem foro privilegiado. Como Domingos Brazão é o único investigado com foro, ele disse ao GLOBO que é inocente e afirmou que, se Lessa o apontou como mandante é porque quer proteger alguém:

— Eu venho sangrando na cruz há algum tempo com essa acusação. Pelo menos cinco anos. Já fui investigado por todas as esferas: Polícia Civil, Ministério Público e Polícia Federal. Ninguém conseguiu provar nada contra mim. Não acredito que esses servidores estivessem dispostos a colocar suas carreiras em jogo para me proteger. A investigação da morte da Marielle e do Anderson prendeu vários milicianos e nenhum está ligado a mim, porque não me misturo a essa gente — defendeu-se Brazão, afirmando ser inocente.

    O conselheiro do TCE disse que, como "bom filho de português", sempre foi muito trabalhador. Como perdeu o pai aos 18 anos, um pecuarista na área de Jacarepaguá, Brazão, mesmo sendo o caçula dos seis irmãos, passou a proteger a mãe e o restante da família. Ele contou que antes de entrar na política, sua paixão, ele vendia carros e motos. Em seguida, virou empresário, dono de 18 postos de gasolina. Atualmente, só tem um estabelecimento desse tipo. O investimento agora é em galpões em áreas de baixo valor para revenda para grandes empresas com preços elevados.

    Brazão já foi deputado estadual com expectativa de presidir a Assembleia Legislativa, mas disse que acabou assumindo uma vaga como conselheiro do TCE. Lembrou dos seis anos de afastamento devido à Operação Quinto do Ouro, quando cinco integrantes do tribunal foram presos e afastados dos cargos acusados de corrupção.

    Perguntado sobre a possibilidade de Lessa tê-lo apontado como mandante, Brazão respondeu:  Lessa deve estar querendo proteger alguém.