A lista de Fachin
Veja os
nomes dos alvos de inquéritos autorizados pelo ministro do STF a partir da
chamada 'lista de Janot'. Saiba as suspeitas e o que dizem os investigados.
ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal, autorizou a Procuradoria Geral da República (PGR) a
investigar 8
ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados. Os pedidos se baseiam
na chamada lista de Janot, feita com base em delações de ex-executivos da
Odebrecht.
Veja os nomes:
Eliseu Padilha (PMDB-RS), ministro da Casa
Civil
Qual a suspeita: Segundo
delação de Marcelo Odebrecht, Padilha
cobrava propinas para irrigar campanhas eleitorais do PMDBenvolvendo
concessão de aeroportos.
O
que ele diz: A
defesa do ministro-chefe da Casa Civil, representada pelo criminalista Daniel
Gerber, afirma que todo e qualquer conteúdo de investigações será debatido
exclusivamente dentro dos autos.
Gilberto Kassab (PSD), ministro da Ciência
e Tecnologia
Qual a suspeita: Segundo
depoimentos de Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Paulo Henyan Yue Cesena, ele
recebeu R$ 20 milhões em vantagens indevidas no período de 2008 e 2014, por suas
condições como prefeito de São Paulo e ministro das Cidades. Segundo
declarações de Carlos Armando Guedes Paschoal e Roberto Cumplido, foi um dos
beneficiários de vantagem indevida paga a agentes públicos em obras viárias de
São Paulo em 2008.
O
que ele diz: "O
ministro confia na Justiça, ressalta que não teve acesso oficialmente às
informações e que é necessário ter cautela com depoimentos de colaboradores,
que não são provas. Reafirma que os atos praticados em suas campanhas foram
realizados conforme a legislação."
Wellington Moreira Franco (PMDB), ministro
da Secretaria-Geral da Presidência
Qual a suspeita: Segundo
delação de Marcelo Odebrecht, Moreira
Franco cobrava propinas para irrigar campanhas eleitorais do PMDBenvolvendo
concessão de aeroportos.
O
que ele diz: A
assessoria do ministro informa que ele não vai comentar o assunto
Bruno de Araújo (PSDB-PE), ministro das
Cidades
Qual a suspeita: Segundo
as delações de João Antônio Pacífico Ferreira, Benedicto Barbosa da Silva
Júnior, Cláudio Melo Filho e Luiz Eduardo da Rocha Soares, Araújo recebeu repasses não contabilizados de R$ 600 mil da
Odebrecht entre 2010 e 2012 a
pretexto de doação eleitoral, quando era deputado federal. De acordo com o
inquérito, ele agiu em defesa dos interesses da empresa no Congresso e é
acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa.
O
que ele diz: "De
acordo com a legislação eleitoral, solicitei doações para diversas empresas,
inclusive a Odebrecht, como já foi anteriormente noticiado. O sistema
democrático vigente estabelecia a participação de instituições privadas por
meio de doações. Mantive uma relação institucional com todas essas empresas.Em
todo o meu mandato, sempre atuei em prol de interesses coletivos. Atuei de
acordo com a minha consciência."
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), ministro
das Relações Exteriores
Qual a suspeita: Segundo
delações de Arnaldo Cumplido de Souza Couto, Benedicto Barbosa da Silva Júnior,
Carlos Armando Guedes Paschoal, Luiz Eduardo da Rocha Soares, Roberto Cumplido,
Fábio Andreani Gandolfo e Pedro Augusto Ribeiro Novis, Nunes
recebeu ilegalmente R$ 500 mil do grupo Odebrecht para financiar sua campanha para o
Senado em troca de favores políticos.
O
que ele diz: O
ministro das Relações Exteriores diz que as acusações são mentirosas, mas que
só vai comentar o tema após ter acesso ao pedido de inquérito.
Marcos Antônio Pereira (PRB), ministro da
Indústria, Comércio Exterior e Serviços
Qual a suspeita: Segundo
delação de Marcelo Odebrecht, Pereira
recebeu R$ 7 milhões da construtora em favor do Partido Republicano
Brasileiro (PRB) para campanha eleitoral de Dilma Rousseff.
O
que ele diz: “O
ministro está à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos
necessários, muito embora não tenha sido notificado oficialmente nem tenha
conhecimento de nada daquilo que é acusado. Marcos Pereira agiu sempre dentro
da lei enquanto presidente de partido, buscando doações empresariais
respeitando as regras eleitorais, e esclarecerá não ter qualquer envolvimento
com atitudes ilícitas”.
Blairo Borges Maggi (PP), ministro da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Qual a suspeita: Segundo
os delatores João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto,
da Odebrecht, Blairo
recebeu R$ 12 milhões durante campanha de 2006 ao governo do estado do Mato Grosso.
Segundo os delatores, o ministro tinha o apelido de "Caldo" dentro do
sistema de propinas da empresa.
O
que ele diz: "Lamento
que meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da
Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao
conteúdo para me defender. Me causa grande constrangimento ter minha honra e
dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado.
Mesmo assim, gostaria de esclarecer que: 1. Não recebi doações da Odebrecht
para minhas campanhas eleitorais; 2. Não tenho ou tive qualquer relação com a
empresa ou os seus dirigentes. 3. Tenho minha consciência tranquila de que nada
fiz de errado."
Helder Barbalho (PMDB), ministro da
Integração Nacional
Qual a suspeita: Os
delatores Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira
afirmam que Barbalho,
o senador Paulo Rocha (PT-BA) e o prefeito de Marabá, João Salame (PROS-PA),
solicitaram R$ 1,5 milhão para
a campanha do ministro ao governo do Pará em 2014. A Odebrecht desejava atuar
como concessionária da área de saneamento básico no estado.
O
que ele diz: "Ele
nega que tenha cometido ilegalidades; reafirma que todos os recursos que
recebeu como doações para sua campanha em 2014 foram devidamente registradas
junto ao TRE-PA, que aprovou todas as suas contas; esclarece que não tinha e
não tem qualquer ingerência sobre a área de saneamento no município de Marabá;
destaca sua estranheza com o codinome Cavanhaque, em toda sua trajetória
política, Helder Barbalho nunca usou cavanhaque."
Renan Filho (PMDB), governador de Alagoas
Qual a suspeita: São
dois inquéritos. No primeiro, segundo delação de Cláudio Melo Filho, Renan
Calheiros pediu doação eleitoral a seu filho, candidato ao governo de Alagoas
em 2014. João Antônio Pacífico Ferreira autorizou o repasse de
R$ 1,2 milhão ao PMDB, via doação oficial ao partido, dos quais ao menos R$ 800
mil foram para a campanha de Renan Filho. No segundo, de acordo com delações de
Ariel Parente Costa, Alexandre Biselli, Cláudio Melo Filho, Fabiano Rodrigues
Munhoz, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e João Antônio Pacífico Ferreira,
foram feitas doações a Renan Filho.
O
que ele diz: Ele
afirma que todas as doações recebidas na campanha foram rigorosamente dentro da
lei, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral.
Robinson Faria (PSD), governador do Rio
Grande do Norte
Qual a suspeita: Segundo
delações de Alexandre José Lopes Barradas, Fernando Luiz Ayres da Cunha Reis,
Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Ariel Parente e João Antônio Pacífico
Ferreira, Robinson Faria é suspeito de ter recebido R$ 350 mil na campanha de
2010 (foi vice de Rosalba Ciarlini).
O
que ele diz: "Ainda
não tive acesso ao teor da denúncia, mas quero deixar claro que minha postura é
de serenidade e consciência tranquila. Estou pronto para prestar os esclarecimentos
que venham a ser necessários à Justiça. Continuo seguindo com a missão que
recebi de Deus e do povo do meu Estado. Continuo dando tudo de mim, com
perseverança e compromisso com o o povo do Rio Grande do Norte”, disse o
governador Robinson Faria nas redes sociais.
Tião Viana (PT), governador do Acre
Qual a suspeita: Segundo
delações de Hilberto Mascarenhas e Marcelo Odebrecht, Tião
Viana é suspeito de receber R$ 2 milhões na campanha de 2010,
sendo R$ 500 mil como doação oficial, a pedido do irmão, o senador Jorge Viana
(PT)
O
que ele diz: "Neste
momento dantesco da vida nacional, parece que nenhuma linha fina separa a honra
da desonestidade. Tenho um histórico de combate à corrupção como ativista
político, senador da República e governador do Acre. Defendo a apuração de
qualquer fato suspeito e a punição de qualquer um que tenha culpa provada.
Portanto, também tenho integridade, coerência e coragem para não aceitar a
sanha condenatória de setores poderosos que destroem reputações tomando apenas
a delação interessada de corruptos apanhados no crime. Sobre a construtora
Odebrecht, afirmo nunca realizou qualquer obra no Estado do Acre, portanto, nem
sequer poderia ter aqui qualquer tipo de interesse escuso ou legal. Nunca me
reuni com o senhor Marcelo Odebrecht, com nenhum executivo da sua empresa nem
de qualquer outra envolvida na Operação Lava a Jato. Outra canalhice já tentou
envolver o meu nome em ataque semelhante, mas o Superior Tribunal de Justiça
reconheceu a minha inocência por unanimidade e a Procuradoria-Geral da
República pediu o arquivamento do caso. As contas das minhas campanhas são
públicas e foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. Confio na Justiça,
defenderei a minha honra com determinação e tomarei todas as medidas judiciais
cabíveis contra os delatores da calúnia e os propagandistas da desonra.
Indignado, mas de consciência tranquila, reafirmo: estou longe dessa podridão,
essa podridão está longe de mim."
Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do
Senado
Qual a suspeita: De
acordo com a delação de funcionários da Odebrecht, o
presidente do Senado recebeu R$ 2 milhões para facilitar a conversão de medidas
provisórias em lei.
O
que ele diz: "Não
tenho nenhuma informação sobre os nomes nem sobre os inquéritos. Os homens
públicos têm que estar sempre atentos e sem medo de fazer os enfrentamentos que
a vida a pública nos oferece. Vamos tocar a pauta do Senado naturalmente. Vamos
tocar a pauta com naturalidade."
Antônio Anastasia (PSDB-MG), senador
Qual a suspeita: Citado
em um dos inquéritos que tratam do senador Aécio Neves, Anastasia
é suspeito de receber vantagens indevidas em forma de doações de campanha
eleitoral em 2009 e 2010.
O
que ele diz: "Em
toda sua trajetória, Anastasia nunca tratou de qualquer assunto ilícito com
ninguém."
Romero Jucá Filho (PMDB-RR), senador
Qual a suspeita: Citado
em cinco inquéritos, o senador
Romero Jucá é suspeito de receber dinheiro em troca da aprovação de leis que interessavam
a Odebrecht.
O
que ele diz: "Sempre
estive e sempre estarei à disposição da Justiça para prestar qualquer
informação. Nas minhas campanhas eleitorais sempre atuei dentro da legislação e
tive todas as minhas contas aprovadas."
Aécio Neves da Cunha (PSDB-MG), senador
Qual a suspeita: Citado
em cinco inquéritos, ele
é suspeito de receber vantagens indevidas para favorecer a Odebrecht em obras como das usinas de Jirau e
fraudes em licitação em MG.
O
que ele diz: A
assessoria do senador informa, em nota, que ele "considera importante o
fim do sigilo sobre o conteúdo das delações, iniciativa solicitada por ele ao
ministro Edson Fachin na semana passada, e considera que assim será possível
desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de sua conduta".
A assessoria também afirmou que "é falsa e absurda a acusação de que Aécio
teria participado de algum ato ilícito envolvendo a licitação ou as obras da
Cidade Administrativa de Minas Gerais".
Renan Calheiros (PMDB-AL), senador
Qual a suspeita: Citado
em quatro inquéritos, o
senador é suspeito de pedir propina para a campanha do filho ao governo de
Alagoas, pedir propina para facilitar a implementação de leis de
interesse da Odebrecht e pedir propina para facilitar obras da construtora no
sertão alagoano.
O
que ele diz: "A
abertura dos inquéritos permitirá que eu conheça o teor das supostas acusações
para, enfim, exercer meu direito de defesa sem que seja apenas baseado em
vazamentos seletivos de delações. Um homem público sabe que pode ser
investigado. Mas isso não significa condenação prévia ou atestado de que alguma
irregularidade foi cometida. Acredito que esses inquéritos serão arquivados por
falta de provas, como aconteceu com o primeiro", diz, em nota.
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), senador
Qual a suspeita: Segundo
delações de Ariel Parente Costa, Alexandre Biselli, Cláudio Melo Filho, Fabiano
Rodrigues Munhoz, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e João Antônio Pacífico
Ferreira, em 2013, o então
ministro de Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho,
recebeu valores que totalizaram R$ 1,05 milhão por intermédio de Iran Padilha,
indicado pelo próprio Bezerra.
O
que ele diz: "A
defesa afirma que não foi oficialmente comunicada, tampouco teve acesso à referida
investigação. Fernando Bezerra mantém-se, como sempre esteve, à disposição das
autoridades a fim de prestar quaisquer esclarecimentos que elas possam
necessitar."
Paulo Rocha (PT-PA), senador
Qual a suspeita: Segundo
as delações de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da
Silveira, ele
é suspeito de solicitar vantagens indevidas não contabilizadas para a campanha
eleitoral de Helder Barbalho ao governo do Pará, em 2014.
O
que ele diz: "Todos
os recursos da minha companha de 2014 para o Senado Federal foram repassados
pela direção nacional e estadual do Partido dos Trabalhadores e estão todos
declarados nas prestações de contas junto ao TRE. A utilização desses recursos,
empresas doadoras e doadores individuais, enfatizo, obedeceram estritamente às
normas da legislação eleitoral em vigor daquele ano."
Humberto Costa (PT-PE), senador
Qual a suspeita: Segundo
delações de Marcelo Odebrecht, Rogério Santos de Araújo, Márcio Faria da Silva,
César Ramos Rocha, Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho e Luiz Eduardo da
Rocha Soares, Humberto
Costa foi indicado como sendo o “Drácula” na planilha de propinas e é suspeito de solicitar vantagem
indevida em um contrato superfaturado entre a empreiteira e a Petrobras. Ele é
suspeito de ter recebido um pagamento de R$ 590 mil.
O
que ele diz: Em
nota, diz que "espera a conclusão de inquérito aberto há mais de dois anos
pelo STF, e para o qual a Polícia Federal já se manifestou em favor do
arquivamento - aguarda ter acesso aos novos documentos para reunir as
informações necessárias à sua defesa". "O senador, que já abriu mão
de todos os seus sigilos, se coloca, como sempre o fez, à disposição das
autoridades para todos os esclarecimentos necessários."
Edison Lobão (PMDB-PA), senador
Qual a suspeita: Segundo
depoimento de Henrique Serrano do Prado Valladares, o
senador recebeu R$ 5,5 milhões para interferir junto ao governo federal para anular a adjudicação da obra referente à
Usina Hidrelétrica de Jirau.
O
que ele diz: o
advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, que defende Lobão, diz que agora
poderá, em inquérito, fazer o "enfrentamento" das denúncias. O
senador nega as denúncias e comprovará que os acusadores não têm prova ou
indício do que dizem, segundo o advogado.
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), senador
Qual a suspeita: O senador
é suspeito de receber R$ 800 mil em vantagens indevidas para favorecer a Odebrecht. Segundo o
inquérito, as declarações de Alexandre José Lopes Barradas e Fernando Luiz
Ayres da Cunha Santos Reis são de que a soma foi solicitada pelo senador
paraibano, "então candidato ao governo do Estado da Paraíba, com a expectativa
de receber futura contrapartida e de realizar obra de saneamento naquele
Estado".
O
que ele diz: "Eu
recebi, sim, uma doação da Braskem, que é do grupo Odebrecht, na campanha de
2014. Essa doação foi devidamente declarada na minha prestação de contas.
Acontece que agora o Ministério Público Federal está pedindo ao Supremo
investigação, até mesmo, nessas doações legais porque começa a surgir suspeitas
de que alguns partidos fizeram lavagem de dinheiro através das doações
partidárias. E, cá para nós, tem que investigar, sim, até o fim, para que tudo
seja devidamente esclarecido", afirma, em postagem nas redes sociais.
Jorge Viana (PT-AC), senador
Qual a suspeita: Segundo
delações de Hilberto Mascarenhas e Marcelo Odebrecht, Jorge
Viana é suspeito de pedir R$ 2 milhões para a campanha de seu irmão, Tião
Viana (PT) ao governo do Acre em 2010.
O
que ele diz: "Sobre
o envolvimento do meu nome e do governador Tião Viana, não há nenhuma denúncia
de corrupção contra nós, mas questionamentos sobre a arrecadação da campanha em
2010. Vamos provar na Justiça o que dissemos antes: nossas campanhas foram
dentro da lei e feitas com dinheiro limpo."
Lídice da Mata (PSB-BA), senadora
O
que ela diz: "Acho
muito importante essa autorização do Supremo para a devida abertura dos
inquéritos. Espero que agora haja a quebra do sigilo de todo o processo, como
ja havia solicitado. Tenho a consciência tranquila e a confiança de que tudo
será esclarecido. A seriedade da minha vida pública fala por mim. Quem não deve
não teme."
Ciro Nogueira (PP-PI), senador
Qual é a suspeita: Segundo
o Ministério Público, Nogueira procurou José de Carvalho Filho, Cláudio Melo
Filho, Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Carlos José Fadigas de Souza Filho
para solicitar quantias para sua campanha eleitoral e para o PP. O senador recebeu R$ 300 mil em 2010, quando ainda era deputado
federal, e R$ 1,3 milhão em 2014,parcelado em duas vezes. A
quantia foi repassada através do setor de Operações Estruturadas do grupo
Odebrecht. O codinome de Nogueira era "Cerrado".
O
que ele diz: Assessores
disseram não ter localizado o deputado.
Dalírio José Beber (PSDB-SC), senador
Qual a suspeita: Segundo
o Ministério Público, Dalírio
Beber é suspeito de articular o repasse de R$ 500 mil ao então candidato,
e agora prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, de quem participava da
campanha em 2012. A Odebrecht buscava o apoio de candidatos com maiores chances
para garantir a manutenção dos contratos de saneamento de água e esgoto no
município.
O
que ele diz: "Recebo
com surpresa a inserção do meu nome no rol dos investigados. Não tive, até o
presente momento, qualquer acesso ao processo para conhecer o conteúdo do que
me é atribuído. Rechaço com veemência toda e qualquer denúncia de prática de
ilícitos. Estou indignado, mas absolutamente tranquilo, pois minha consciência
em nada me acusa. Digo à sociedade brasileira, em especial, aos catarinenses,
que sempre confiaram em mim, que espero que rapidamente a verdade seja
restabelecida. Neste momento, coloco-me inteiramente à disposição da
Justiça."
Ivo Cassol (PP-RO), senador
Qual a suspeita: Segundo
o delator Henrique Serrano do Prado Valladares, o
senador Ivo Cassol recebeu "vantagem indevida" de R$ 2 milhões quando era governador de Rondônia por
"favorecimento nos procedimentos administrativos" referentes à
execução das obras da usina hidrelétrica de Santo Antonio.
O
que ele diz: O
senador afirma que sempre foi contra a isenção de impostos das usinas de Jirau
e Santo Antônio desde 2011 e que vai aguardar. “Mas eu posso dizer que para as
usinas ou para a campanha, eu não sei, se é algo do partido a nível nacional.
Não tenho conhecimento do que é o inquérito, então, por enquanto, eu não sei.
Foi citado meu nome e eu só sei que eu peitei e não demos isenção de imposto
aí.”
Lindbergh Farias (PT-RJ), senador
Qual a suspeita: De
acordo com o Ministério Público, os colaboradores relataram que o
senador recebeu vantagens indevidas não contabilizadas durante a campanha
eleitoral dos anos de 2008 e 2010, nos valores respectivos de R$ 2 milhões e R$
2,5 milhões.
O
que ele diz: "Mais
uma vez confiarei que as investigações irão esclarecer os fatos e, assim como
das outras vezes, estou convicto que o arquivamento será o único desfecho
possível para esse processo. Novamente justiça será feita."
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), senadora
Qual a suspeita: Segundo
o depoimento de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, Vanessa
Grazziotin teria recebido repasses da Odebrecht em 2012, a
pretexto de doação para sua campanha eleitoral, mas sem o registro oficial.
O
que ela diz: "A
senadora esclarece que as doações feitas para suas campanhas foram oficiais,
declaradas e posteriormente aprovadas pela Justiça Eleitoral."
Kátia Abreu (PMDB-TO), senadora
Qual a suspeita: Segundo
delação de Cláudio Melo Filho, José de Carvalho Filho, Fernando Luiz Ayres da
Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, a
senadora Kátia Abreu é suspeita de ter recebido R$ 500 mil,
divididos em duas parcelas, em sua campanha eleitoral de 2014 ao Senado, por
intermédio de Moisés Pinto Gomes.
O
que ela diz: "Lamentavelmente,
por desconhecer o conteúdo da decisão do ministro Edson Fachin, não tenho,
neste momento, elementos suficientes que me permitam rebater as supostas
acusações feitas contra mim e o meu marido, mas afirmo categoricamente que, em
toda a minha vida pública, nunca participei de corrupção e nunca aceitei
participar de qualquer movimento de grupos fora da lei. Estarei à disposição
para prestar todos os esclarecimentos necessários de maneira a eliminar
qualquer dúvida sobre a nossa conduta. Sigo trabalhando no Senado pelo Brasil e
pelo Tocantins. Minha história e minha correção são a base fundamental da minha
defesa."
Fernando Collor de Mello (PTC-AL), senador
Qual a suspeita: De
acordo com depoimentos de Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Alexandre
José Lopes Barradas, o senador recebeu R$ 800 mil não contabilizados para sua
campanha eleitoral em 2010, pagos pelo Setor de Operações Estruturadas do Grupo
Odebrecht.
O
que ele diz: “Nego
de forma veemente haver recebido da Odebrecht qualquer vantagem indevida não
contabilizada na campanha eleitoral de 2010”, disse em nota.
José Serra (PSDB-SP), senador
Qual a suspeita: Segundo
delações de Arnaldo Cumplido de Souza Couto, Benedicto Barbosa da Silva Júnior,
Carlos Armando Guedes Paschoal, Luiz Eduardo da Rocha Soares, Roberto Cumplido,
Fábio Andreani Gandolfo e Pedro Augusto Ribeiro Novis, Serra
é suspeito de receber doações ilegais em troca de facilidades em contratos no
estado.
O
que ele diz: Em
nota, o senador José Serra afirma que não cometeu nenhuma irregularidade e que
suas campanhas foram conduzidas pelo partido na forma da lei. Segundo ele, a
abertura do inquérito pelo STF servirá como oportunidade de demonstrar essas
afirmações e a lisura de sua conduta.
Eduardo Braga (PMDB-AM), senador
Qual a suspeita: Segundo
o delator Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, Eduardo
Braga recebeu R$ 1 milhão quando era governador do Amazonas da Odebrecht, dinheiro relativo à
construção da Ponte do Rio Negro.
O
que ele diz: O
senador desconhece o conteúdo das informações que levaram a PGR a pedir
abertura de inquérito. "Vale destacar que a abertura de inquérito não
significa que os investigados respondam por qualquer tipo crime. O senador
Eduardo Braga, em caso de notificação, prestará todas as informações
necessárias à Justiça."
Omar Aziz (PSD-AM), senador
O
que ele diz: "Ninguém
tem mais interesse do que eu na conclusão deste inquérito. Não tenho e nunca
tive nenhum tipo de relação com a Odebrecht. Essa empresa não teve sequer
contratos ou pagamentos recebidos no meu governo. Também não recebi nenhum
centavo deles em campanha eleitoral. O jornal 'O Globo' já inclusive publicou
que, no documento divulgado pelo ministro Fachin, não há qualquer referência de
valor em meu nome."
Valdir Raupp (PMDB-RO), senador
Qual a suspeita: Segundo
os delatores Henrique Serrano do Prado Valladares e Augusto Roque Dias
Fernandes Filho, o
senador Valdir Raupp foi um dos destinatários de um "fundo" do Grupo
Odebrecht e da Construtora Andrade Gutierrez de até R$ 20 milhões devido à execução das obras da
Hidrelétrica de Santo Antonio, no Rio Madeira.
O
que ele diz: "Afirma
que recebeu com tranquilidade a sua citação na lista do ministro Fachin
publicada no dia de hoje, baseada em declarações de delatores que no desespero
falam e ninguém pode impedir. Este será o momento que o senador terá para
provar que as doações legais destinadas ao Partido foram declaradas e aprovadas
pela Justiça Eleitoral."
Ricardo Ferraço (PSDB-ES), senador
Qual a suspeita: Segundo
os executivos da Odebrecht Sérgio Luiz Neves e Benedicto Júnior, foi
pago caixa dois de R$ 400 mil para a campanha do capixaba ao Senado em 2010 por meio do setor de operações
estruturadas da construtora.
O
que ele diz: "Foi
com absoluta perplexidade e indignação que eu recebi a informação de que meu
nome está incluído na chamada lista do Fachin. Toda minha campanha foi
declarada e como poderão constatar na prestação de contas no TSE, esta empresa
não foi doadora. Nunca tratei qualquer assunto com essas pessoas e tampouco
autorizei que alguém tratasse. Acionarei esses mentirosos judicialmente para
que provem as acusações."
Rodrigo Maia (DEM-RM), presidente da
Câmara
Qual a suspeita: Ele
é citado em dois inquéritos de Fachin. Em um deles, segundo
delação de Benedicto Barbosa, João Borba Filho, Cláudio Melo Filho, Carlos José
de Souza Filho e Luiza Eduardo da Rocha Soares, ele é suspeito de receber R$
950 mil da Odebrecht durante as eleições de 2008 e 2010, além de receber
pagamento para a aprovação de medida provisória e na eleição de 2014. No outro
inquérito, baseado em delações de Marcelo e Emílio Odebrecht, Carlos Melo Filho
e José de Carvalho Filho, Maia é suspeito de receber R$ 100 mil da Odebrecht em
vantagem indevida em troca da aprovação de três medidas provisórias que
beneficiaram a empresa.
O
que ele diz: Em
entrevista, diz que confia na Justiça e que vai continuar confiando sempre.
Afirma ainda que as citações de delatores são falsas e os inquéritos serão
arquivados. Segundo ele, MP e Justiça estão fazendo seu papel de forma
competente.
Paulinho da Força (SD-SP), deputado
federal
Qual a suspeita: O
deputado é suspeito de corrupção passiva, ativa e lavagem de dinheiro.
Ele teria recebido R$ 1 milhão em pagamentos indevidos da Odebrecht para a sua
campanha eleitoral à Câmara dos Deputados em 2014 e também teria recebido R$
200 mil para outra campanha eleitoral, de 2010.
O
que ele diz: A
assessoria informa que o deputado vai se manifestar quando tiver informações
oficiais.
Marco Maia (PT-RS), deputado federal
Qual a suspeita: O
deputado Marco Maia é
suspeito de falsidade ideológica eleitoral. Ele teria recebido
R$ 1,35 milhão em pagamentos indevidos da Odebrecht para sua campanha eleitoral
à Câmara dos Deputados em 2014.
O
que ele diz: O
deputado diz que a lista é uma grande mentira e que em nenhum momento fez algum
contato ou pedido à Odebrecht. Ele afirma que pretende processar todos os que o
citaram e também entrar com um pedido no STF para saber do que é acusado.
Carlos Zarattini (PT-SP), deputado federal
Qual a suspeita: O
deputado é
suspeito de receber pagamentos indevidos em 2010 e 2012. Ele
teria recebido R$ 50 mil em pagamentos indevidos da Odebrecht para campanhas
eleitorais em 2010 e também seria beneficiário, juntamente com Cândidato
Vacarezza, de pagamentos de R$ 5 milhões, que fariam parte de um crédito de R$
27 milhões em benefício do PT, realizado em 2012.
O
que ele diz: A
assessoria de imprensa informa que ele não vai se pronunciar.
João Carlos Bacelar (PR-BA), deputado
federal
Qual a suspeita: O
deputado é
suspeito de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e violação de sigilo
funcional. Ele teria atendido pedidos em prol da MP 558 e para
evitar convocações de representantes da empresa Santo Antônio Energia em CPI e
também de ter solicitado vantagem indevida à Odebrecht Realizações Imobiliárias
(OR), em 2012.
O
que ele diz: O
deputado diz que as acusações não são verdadeiras e que ele confia no poder
Judiciário.
Milton Monti (PR-SP), deputado federal
Qual a suspeita: É
suspeito de corrupção
passiva, ativa e de lavagem de dinheiro, em dois inquéritos. Um deles diz que o parlamentar teria
recebido propina da Odebrecht na execução da Ferrovia Norte-Sul, em 2008 e
2009, para favorecer a empresa. No outro, teria intermediado uma reunião na
qual pediu "ajuda financeira" para a campanha eleitoral do deputado Alfredo
Nascimento. O valor não teria sido contabilizado.
O
que ele diz: Por
meio de nota, o deputado informa que sempre agiu de acordo com a lei e que
todas as doações das campanhas eleitorais foram feitas legalmente. "É bom
que se apure porque assim a inocência dele será comprovada."
José Carlos Aleluia (DEM-BA), deputado
federal
Qual a suspeita: O
deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA) é
suspeito de corrupção passiva e ativa. Ele teria recebido via
caixa 2 R$ 300 mil nas eleições de 2010, além de doação legal de R$ 280 mil nas
eleições de 2014.
O
que ele diz: "O
ministro Fachin autorizou investigar todos, sem distinção, e fez bem. Todo
homem público tem que estar ponto para ser investigado. Estou tanquilo e
convicto de que esse procedimento vai ser arquivado. Todas as doações de
campanha que recebi foram legais e estão declaradas."
Daniel Almeida (PCdoB-BA), deputado
federal
Qual a suspeita: É
suspeito de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, tendo
recebido um repasse não registrado em R$ 300 mil em 2012 para favorecer a Odebrecht. O delator não identificado afirmou que o
repasse foi recebido na campanha do candidato Isaac Carvalho à Prefeitura de
Juazeiro. De acordo com ele, a Odebrecth tinha interesse em realizar obras de
saneamento naquele município. Já outros delatores, também não identificados,
disseram que, em outra ocasião, o parlamentar recebeu R$ 100 mil, pagamento que
teria sido feito em um posto em Salvador. O inquérito informa que esse
pagamento também não foi registrado.
O
que ele diz: "Sobre
as notícias citando o meu nome em possível investigação no STF, não tenho nada
a temer. Os baianos e os brasileiros conhecem minha trajetória de mais de 30
anos de atividade pública. Se algum inquérito for aberto, tenho total convicção
que o destino será o arquivamento."
Mário Negromonte Jr. (PP-BA), deputado
federal
O
que ele diz: Por
telefone, o deputado Mário Negromonte Júnior disse que só irá comentar após ter
conhecimento da íntegra da denúncia. "Eu ainda não estive com meu
advogado. Assim que tiver uma posição, eu divulgo uma nota. Primeiro, preciso
saber o que é."
Nelson Pellegrino (PT-BA), deputado
federal
Qual a suspeita: É suspeito
de falsidade ideológica eleitoral por ter recebido um rapasse de R$ 1,5
milhão da Odebrecht em 2012, sendo R$ 1,3 milhão via caixa 2. De acordo com um
delator não identificado no inquérito, Nelson Pellegrino recebeu o repasse de
R$ 1,5 milhão "a pretexto de auxílio à campanha eleitoral". Desse
total, apenas R$ 200 mil teriam sido transferidos de forma oficial.
O
que ele diz: "Estou
tranquilo. Meu advogado vai requerer o conteúdo ao STF e, após o conhecimento
dos termos, me manifestarei."
Jutahy Júnior (PSDB-BA), deputado federal
Qual a suspeita: Jutahy
Júnior é
suspeito de receber R$ 850 mil em doações não contabilizadas para campanhas entre os anos de 2010 e
2014.
O
que ele diz: "Tenho
absoluta convicção de que esse procedimento será arquivado porque,
simplesmente, não tenho nada a ver com a Lava Jato".
Maria do Rosário (PT-RS), deputada federal
Qual a suspeita: Maria
do Rosário é
suspeita de ter recebido R$ 150 mil da Odebrecht via caixa 2 durante a corrida
eleitorial de 2010. Ela foi citada na delação do ex-diretor da
empreiteira Alexandrino de Salles Ramos de Alencar.
O
que ela diz: "Quem
não deve, não teme. A medida é uma mera autorização do STF para apuração dos
fatos sobre as delações da Odebrecht. No entanto a mera citação de meu nome me
deixa indignada. Não me calarei frente a este episódio e não me afastarei um
milímetro sequer das causas em que acredito e que o nosso trabalho representa.
Vou disponibilizar meus sigilos fiscal, bancário e telefônico ao STF, tamanha é
minha tranquilidade. Meu nome e minha vida não estão à disposição para serem
enxovalhados por ninguém em nenhum lugar."
Ônix Lorenzoni (DEM-RS), deputado federal
Qual a suspeita: Onyx
Lorenzoni é
suspeito de ter recebido R$ 175 mil da Odebrecht via caixa 2 durante a campanha
eleitoral de 2006. Ele foi citado na delação do ex-diretor da
empreiteira Alexandrino de Salles Ramos de Alencar.
O
que ele diz: O
deputado afirma que recebeu com surpresa a informação e que foi injusta e
indevidamente citado. Ele diz também que já pediu ao advogado para que entre
com requerimento para saber do que é acusado.
Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o
Vicentinho, deputado federal
O
que ele diz: "É
uma surpresa. Meus projetos são, inclusive, contra a própria Odebrecht. Eu
defendendo o direito dos trabalhadores. Nunca fiz acordo com eles e não sou
corrupto".
Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), deputado
federal
O
que ele diz: "Em
relação ao pedido de abertura de inquérito referente à delação da Odebrecht,
informo que não há nenhuma acusação contra minha pessoa, mas apenas a alegação
de suposta irregularidade na prestação de contas da minha campanha eleitoral de
2010. Reitero que todas as doações de campanha que recebi estão de acordo com a
lei e devidamente declaradas e aprovadas pelo TRE-BA".
Yeda Crusius (PSDB-RS), deputada federal
Qual a denúncia: Yeda Crusius é investigada por corrupção
passiva, ativa e lavagem de dinheiro. Ela é suspeita de ter recebido vantagens nas
campanhas ao governo do RS em 2006 e 2010 para favorecer a Odebrecht. Somados,
os valores recebidos chegariam a R$ 1,75 milhão. De acordo com o Ministério
Público, em 2006 foram R$ R$ 200.000 por meio de doação oficial e mais R$
400.000 por meio do setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, conhecido
como "departamento da propina". Em 2010, foram R$ 600.000 em doações
oficiais e R$ 550.000 não declarados, por meio do setor. Os repasses, ainda de
acordo com o MP, eram feitos para que a Braskem, empresa controlada pelo Grupo
Odebrecht, continuasse recuperando créditos do ICMS no Rio Grande do Sul.
O
que ela diz: "A
todos os que buscam minha manifestação: o ministro Fachin, relator da Lava Jato
no Supremo, ofereceu hoje listas de centenas de pessoas indicadas pelo PGR
Rodrigo Janot para abertura de inquérito. Numa delas consta meu nome.
Transparência é fundamental, e aguardamos ainda o levantamento do sigilo das
delações que embasaram a decisão do Procurador Janot e do Ministro Fachin.
Embora desconhecendo ainda as razões que o levaram a elaborar estas listas,
considero fundamental tanto a Lava Jato quanto o trabalho do Supremo para que
os inquéritos hoje autorizados sejam feitos e concluídos com a celeridade
requerida por mim e por toda a população brasileira, separando o joio do trigo
e promovendo a Justiça de que tanto o país precisa. Caso contrário cria-se a
imagem de que todos os políticos são iguais. E não somos."
Paulo Henrique Lustosa (PP-CE), deputado
federal
Qual a suspeita: Paulo
Henrique Lustosa é
suspeito de ter recebido R$ 100.000 não declarados (caixa 2) da Odebrecht durante a campanha de 2010. Ele
foi citado nas delações dos ex-executivos José de Carvalho Filho e Cláudio Melo
Filho. Seu codinome no sistema de controle dos repasses da empreiteira seria
"Educador".
O
que ele diz: Paulo
Henrique Lustosa diz que acreditou ter recebido doação de campanha para o
partido e não de caixa 2, como citado na delação Odebrecht.
José Reinaldo (PSB-MA), deputado federal
Qual a suspeita: É
suspeito de ter sido conivente, quando era governador do Maranhão, com suposta
propina recebida
da Odebrecht pelo então procurador-geral de seu estado, Ulisses César Martins
de Sousa.
O
que ele diz: O
deputado disse não ter citado mencionado por nenhum dos muitos delatores ou
colaboradores. Segundo o parlamentar, eles apenas se referiram à suposta
conduta de um auxiliar seu, quando exerceu o cargo de governador do Maranhão. O
deputado afirmou ainda que a circunstância demanda apuração aprofundada.
João Paulo Papa (PSDB-SP), deputado
federal
Qual a suspeita: Os
delatores Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Luiz Antônio Bueno Júnior afirmaram
que Papa recebeu dois repasses por
meio do setor de operações estruturadas da Odebrecht, cada um no valor de R$
300 mil, em 2012 e 2014. Segundo os delatores, o pagamento foi feito devido ao
protagonismo político do parlamentar em Santos-SP e no PSDB, o que poderia
auxiliar os interesses do Grupo Odebrecht em oportunidades futuras.
O
que ele diz: "Assim
que tomar conhecimento do processo, poderei me manifestar. Em 30 anos de vida
pública e três eleições, tive todas as prestações de contas aprovadas pela
Justiça Eleitoral."
Vander Loubet (PT-MS), deputado federal
Qual a suspeita: Segundo
declaração do delator Alexandrino de Salles Ramos Alencar, executivo da
Odebrecht, Loubet recebeu
da empreiteira um repasse de R$ 50 mil para sua campanha eleitoral à Câmara
dos Deputados em 2010 como recurso não contabilizado. Segundo o delator, o
pagamento foi feito por meio do setor de operações estruturadas do Grupo
Odebrecht.
O
que ele diz: "Ele
informa que vai aguardar a manifestação oficial do Supremo Tribunal Federal
(STF) para se pronunciar acerca da informação de abertura de inquérito [...]. O
parlamentar reforça que todas as contribuições recebidas em campanha eleitoral
foram devidamente oficializadas em prestações de contas aprovadas pela Justiça
Eleitoral."
Rodrigo Garcia (DEM-SP), deputado federal
Qual a suspeita: Segundo
declarações dos delatores Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedicto Barbosa da
Silva Júnior, ex-executivos da Odebrecht, Garcia
recebeu um repasse não contabilizado da empreiteira a pretexto de auxílio à campanha
eleitoral em 2010. O repasse ao deputado, identificado no sistema da
empreiteira como "Suíça", foi feito por meio do setor de operações
estruturadas da empresa.
O
que ele diz: "Jamais
recebi doação não contabilizada em minhas campanhas eleitorais. Sou o maior
interessado para que esse assunto seja esclarecido o mais breve possível."
Cacá Leão (PP-BA), deputado federal
Qual a suspeita: O
deputado é suspeito de ter recebido R$ 30 mil para a campanha eleitoral de 2014 por meio
do departamento de propinas da Odebrecht. Um ex-funcionário da construtora informou o
repasse de R$ 50 mil à campanha de Cacá Leão, sendo R$ 20 mil por meio de
doação oficial ao diretório nacional de seu partido e R$ 30 mil por meio do
Setor de Operações Estruturadas da empresa, responsável pelo pagamento de
propinas.O Ministério Público suspeita que ele tenha incorrido no crime de
falsidade ideológica eleitoral.
O
que ele diz: "A
divulgação ainda não é oficial e o STF nem referendou nem desmentiu a
informação. Então, em primeiro lugar, é preciso esperar o STF se pronunciar. De
qualquer maneira, recebi com surpresa, mas também tenho toda a tranquilidade do
mundo de que todos os recursos q recebi na campanha de 2014 estão em minha
prestação oficial de contas, que foi aprovada pelo Tribunal de Contas. Apoio as
investigações e não tenho medo nenhum do processo".
Celso Russomanno (PRB-SP), deputado
federal
Qual a suspeita: É suspeito de ter recebido
da Odebrecht a quantia não contabilizada de R$ 50.000 não contabilizados na
campanha eleitoral de 2010. De
acordo com os delatores Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Carlos Armando
Paschoal, os R$ 50 mil teriam sido repassados a Russomanno pelo Setor de
Operação Estruturadas do Grupo Odebrecht. O inquérito cita que a quantia foi
"registrada no sistema Drousys com a identificação do beneficiário com o
apelido 'Itacaré'".
O
que ele diz: "Tomei
ciência da notícia de que estou sendo alvo da abertura de um inquérito, pois
dois delatores afirmam terem doado R$ 50 mil para minha campanha de deputado
federal em 2010 e não ter sido contabilizada na prestação de contas. Eles
falseiam com a verdade, pois não fui candidato a deputado federal e sim ao
governo do estado, portanto esta informação é falsa. Na minha campanha de 2010,
havia pessoas responsáveis pelo financeiro da campanha, e se alguém recebeu os
R$ 50 mil não contabilizados, quero saber quem foi, pois será responsabilizado
civil e criminalmente. Os delatores têm a obrigação de informar para quem foi
entregue o suposto valor. Coloco imediatamente à disposição de qualquer pessoa
ou jornalista meus sigilos bancário, fiscal e telefônico desde 1995, quando
iniciei minha vida política. Em absolutamente nenhuma das minhas campanhas,
tanto para deputado federal quanto para o Executivo, recebi doação em meu nome,
como pessoa física, de qualquer empresa ligada ao grupo Odebrecht. E todas as
doações feitas ao meu partido estão devidamente registradas na prestação de
contas à Justiça Eleitoral. Tenho minha consciência tranquila. Minha honra e
minha trajetória integra e transparente na vida pública ao longo de mais de 20
anos falam por mim."
Dimas Fabiano Toledo (PP-MG), deputado
federal
Qual a suspeita: Segundo
declarações dos delatores Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Sérgio Luiz Neves
e Marcelo Odebrecht, Dimas Fabiano Toledo é suspeito de crimes de corrupção
passiva, lavagem de dinheiro e corrupção ativa ao lado do senador Aécio Neves. Os
delatores relatam que, em 2014, pagaram vantagens indevidas a pretexto de campanhas eleitorais de Aécio
Neves e de vários outros parlamentares, incluindo Dimas Fabiano Toledo.
O
que ele diz: Dimas
Fabiano diz que jamais manteve contato com qualquer executivo da Odebrecht, não
tendo sido destinatário de recursos alegadamente doados ou disponibilizados
pela referida empresa. "A eventual utilização do nome do deputado por
terceiros com propósitos espúrios – seja para solicitar recursos, seja para
obter benefícios em delação – é prática absolutamente irresponsável e
criminosa."
Pedro Paulo (PMDB-RJ), deputado federal
Qual a suspeita: Pedro
Paulo é
acusado de receber da Odebrecht R$ 3 milhões para sua campanha eleitoral para deputado federal em 2010 e de
receber, em 2014, R$ 300 mil "de maneira oculta" para campanha à
prefeitura.
O
que ele diz: O
deputado Pedro Paulo negou ter recebido doações da Odebrecht e afirmou que
nunca teve relação com nenhum dos delatores. Pedro Paulo disse ainda que os
executivos da empreiteira precisam provar quando e quem recebeu dinheiro,
indevidamente, no nome dele.
Lúcio Vieira Lima (PDMB-BA), deputado
federal
Qua a suspeita: Segundo
declarações dos delatores Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Cláudio Melo
Filho, Emílio Alves Odebrecht, José de Carvalho Filho e Marcelo Bahia
Odebrecht, Lima teria
recebido R$ 1 milhão da Odebrecht com o objetivo de obter aprovação de
legislação favorável aos interesses da companhia. De acordo com os delatores, o
repasse foi feito por meio do setor de operações estruturadas do Grupo
Odebrecht.
O
que ele diz: O
deputado não irá comentar.
Daniel Vilela (PMDB-GO), deputado federal
Qual a suspeita: Daniel
Vilela é
suspeito de receber repasse não contabilizado de R$ 1 milhão para financiar sua
campanha para deputado federal em 2014, segundo inquérito autorizado pelo
ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
Quantia foi requisitada pelo seu pai Luiz Alberto Maguito Vilela, então
prefeito de Aparecida de Goiás (GO), para manter contratos com o Grupo
Odebrecht em obras de saneamento básico da cidade.
O
que ele diz: Uma
nota conjunta foi divulgada pelo ex-prefeito Maguito Vilela e pelo deputado
Daniel Vilela (PMDB): "As campanhas de Maguito Vilela, em 2012, e de
Daniel Vilela, em 2014, foram feitas inteiramente com recursos contabilizados
conforme determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aprovadas pela
referida Corte. As prestações de contas estão disponíveis no site do TSE.
Maguito e Daniel afirmam que nunca estiveram, nunca falaram, e sequer conhecem
os delatores. Ambos refutam qualquer acusação."
Alfredo Nascimento (PR-AM), deputado
federal
Qual a suspeita: Segundo
declarações dos delatores Benedicto Barbosa da Silva Júnior, José de Carvalho
Filho, João Antônio Pacífico Ferreira e Paulo Falcão, Nascimento pediu uma
"ajuda financeira" para sua campanha eleitoral no valor de R$ 200 mil
durante uma reunião feita a pedido do deputado federal Milton Monti enquanto Nascimento
era Ministro dos Transportes, em 2006. De acordo com os delatores, o repassse
foi feito pela Odebrecht por meio de recursos não contabilizados. Nascimento é
suspeito de cometer corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
O
que ele diz: a
assessoria do deputado informou que ele não irá se pronunciar, pois não foi
notificado.
Zeca Dirceu (PT-SP), deputado federal
Qual a suspeita: O
deputado federal José Carlos Becker de Oliveira e Silva é
suspeito de receber repasse não contabilizado de duas quantias de R$ 250 mil cada
para financiar suas campanhas eleitorais nos anos de 2010 e 2014, segundo
inquérito autorizado pelo ministro Edson Fachin. Os pedidos de repasse teriam
sido feitos a pedido de seu pai, o ex-ministro petista José Dirceu.
O
que ele diz: O
deputado reitera que não há e nunca houve qualquer tipo de tratativa do
parlamentar junto às diretorias da Petrobras e/ou às empresas investigadas na
Lava Jato. "Apesar das inúmeras investigações em andamento há vários anos,
não existe sequer uma única ligação, e-mail, contato, agenda de reunião,
testemunho, delação ou coisa parecida em relação a qualquer atitude do
parlamentar que o ligue ao assunto Petrobras / Lava Jato ou a qualquer tipo de
ilegalidade. É importante destacar que nunca houve qualquer pedido do parlamentar
a envolvidos na Lava Jato, fato já testemunhado por vários outros delatores e
agora comprovado pelo próprio delator Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis.
Todas as doações recebidas nas campanhas de 2010 e de 2014 foram legais,
declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral sem ressalvas. Os nomes dos
doadores são de conhecimento público desde 2010, divulgados constantemente
pelos órgãos de imprensa. O deputado reforça sua confiança no Supremo Tribunal
Federal e no trabalho de investigação da Polícia Federal."
Betinho Gomes (PSDB-PE), deputado federal
Qual a suspeita: O
deputado federal Heberte Lamarck Gomes Da Silva (PSDB-PE), o Betinho Gomes, é suspeito de receber duas quantias em vantagens indevidas:
R$ 75 mil quando candidato à prefeitura de Cabo de Santo Agostinho (PE) em
2012, e R$ 100 mil já como parlamentar em 2014, segundo inquérito autorizado
pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal
(STF). Dinheiro foi repassado para que a Odebrecht fosse favorecida em
empreendimento imobiliário na cidade.
O
que ele diz: "O
parlamentar esclarece que teve todas as contas de campanha contabilizadas e
aprovadas pela Justiça Eleitoral; pedirá acesso à íntegra do referido
inquérito; jamais defendeu interesses privados em detrimento do interesse
público; nunca teve encontros com os referidos delatores mencionados pela
imprensa; tem total interesse que o caso seja o mais rapidamente
esclarecido."
Zeca do PT (PT-MS), deputado federal
Qual a suspeita: O
deputado federal José Orcírio Miranda dos Santos (PT-MS), o Zeca do PT, é suspeito de receber R$ 400 mil durante campanha ao governo do
Mato Grosso do Sul em 2006, segundo
inquérito autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal (STF). O relato aponta que, com a desistência de Zeca
do PT, os valores teriam sido repassados ao ex-senador Delcídio do Amaral, que
foi o candidato do partido ao governo estadual.
O
que ele diz: "Tomei
conhecimento agora há pouco do inteiro teor da denúncia contra minha pessoa
acatada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Diz a denúncia, que o delator do
Grupo Odebrecht se refere a um pagamento de R$ 400 mil para minha campanha a
Governador em 2006. Em seguida diz o mesmo delator, que tendo ocorrido minha
desistência da candidatura naquela eleição, o referido valor foi repassado ao
Senador Delcídio, candidato do PT ao governo, com o qual mantinha detalhadas
reuniões, segundo o mesmo delator. Ocorre ai um erro enorme. Fui eleito
governador em 1998 e reeleito em 2002. Portanto em 2006 estava impedido de ser
candidato a governador e não disputei nenhum cargo naquela eleição. Apoiei o
nosso candidato, mas não tive nenhuma outra responsabilidade, seja de captação,
seja de prestação de contas junto a Justiça Eleitoral. Esperando ter
esclarecido a opinião pública, peço reparação da injustiça cometida nesta
denúncia."
Vicente Cândido (PT-SP), deputado federal
Qual a suspeita: O
deputado é suspeito de pedir e obter vantagem indevida em 2010 para sua
campanha eleitoral para o cargo de deputado federal. Ele
teria recebido o valor R$ 50 mil, repassado pelo Grupo Odebrecht,
que teria interesse em apoio para o financiamento do estádio do Corinthians.
O
que ele diz: G1
tentou contato com assessora dele, que não atendeu.
Júlio Lopes (PP-RJ), deputado federal
Qual a suspeita: O
deputado federal Júlio Luiz Baptista Lopes é
acusado de ter solicitado o pagamento de vantagem indevida em obras da Odebrecht, lideradas pela
construtora Queiroz Galvão, quando exercia a função de Secretário de
Transportes do Rio de Janeiro. Depois, como Secretário de Obras do Estado do
Rio de Janeiro, ele teria recebido R$ 4 milhões do colaborador Marcos Vidigal
do Amaral, por meio do Setor de Operações Estruturadas.
O
que ele diz: "Sobre
a autorização do ministro Edson Fachin para abertura de inquérito para
investigar o deputado Julio Lopes, informo: O deputado Julio Lopes confia no
trabalho das instituições e se coloca à disposição da Justiça para colaborar
com informações que vão esclarecer todos os fatos. O parlamentar reitera que
todas as suas contas eleitorais foram aprovadas pela Justiça."
Fábio Faria (PSD-RN), deputado federal
Qual a denúncia: O
deputado Fábio Faria (PSD-RN) é
suspeito de receber recursos da Odebrecht Ambiental via caixa 2 para abastecer sua campanha eleitoral em
2010, segundo inquérito autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava
Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
O
que ele diz: O
G1 entrou em contato com a assessoria do deputado, que ainda não se pronunciou.
Heráclito Fortes (PSB-PI), deputado
federal
Qual a suspeita: O
deputado federal Heráclito de Sousa Fortes é
suspeito de ter recebido vantagem não contabilizada na campanha eleitoral de
2010, quando era candidato ao Senado. De acordo com as
declarações dos colaboradores Cláudio Melo Filho e José de Carvalho Filho,
teriam sido repassados R$ 200 mil por meio de pagamento efetuado pelo Setor de
Operações Estruturados da Odebrecht.
O
que ele diz: "Ele
não tem conhecimento dos termos do pedido de abertura de inquérito formulado
pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Não pode, portanto, se
manifestar acerca da reportagem do jornal O Estado de S.Paulo sem ser leviano e
especulativo."
Beto Mansur (PRB-SP), deputado federal
Qual a suspeita: O
deputado federal Paulo Roberto Gomes Mansur, conhecido como Beto Mansur, é
acusado de receber pagamento de valores da Odebrecht, a pretexto de campanha
eleitoral, para favorecer interesses da construtora em Santos
(SP) – cidade onde o político foi prefeito de 1997 a 2004. Segundo o inquérito
autorizado por Fachin, existem indícios de falsidade documental.
O
que ele diz: "Recebi
doações feitas por empresas, dentre elas a Odebrecht, para minha campanha
eleitoral. Essas doações foram efetuadas dentro da legislação vigente à época.
Todas essas doações constam da minha prestação de contas, aprovada pela Justiça
Eleitoral, com o nome da empresa, CNPJ, data e valor. Não há nada de errado e
tudo foi feito com transparência e rigorosamente dentro da lei."
Antônio Brito (PSD-BA), deputado federal
Qual a suspeita: O
deputado federal Antônio Luiz Paranhos Ribeiro Leite de Brito (PSD-BA) é
acusado de receber apoio financeiro da Odebrecht, nas eleições de 2010. O colaborador José de Carvalho Filho teria
repassado R$ 100 mil para a campanha do político. Segundo inquérito autorizado
pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal
(STF), existem indícios de falsidade documental. O pai de Antônio, Edvaldo
Pereira de Brito, então candidato ao cargo de senador pela Bahia em 2010,
também é suspeito de ter recebido dinheiro da construtora. No caso dele, a
quantia teria sido de R$ 200 mil.
O
que ele diz: "Antonio
Brito e Edvaldo Brito declaram que recebem a notícia da autorização para
apuração dos fatos relativos à eleição de 2010 com total serenidade, uma vez
que se trata de procedimento legal, no qual será possível apurar a verdade dos
fatos. Destacam, ainda, que doações eleitorais recebidas, relativas a campanha
de 2010, foram declaradas e aprovadas nas prestações de contas ao TSE."
Décio Lima (PT-SC), deputado federal
Qual a suspeita: O
deputado Décio Lima é
suspeito de pedir que a Odebrecht abastecesse o caixa 2 da campanha de sua
esposa, Ana Paula Lima, durante a corrida eleitoral de 2012 para
a prefeitura de Blumenau (SC), segundo o inquérito autorizado por Fachin.
O
que ele diz: "Em
relação a menção do meu nome nas investigações do Supremo Tribunal Federal,
recebo com tranquilidade, uma vez que confio que a verdade prevalecerá e a
justiça será feita. Declaro que sou o maior interessado no esclarecimento de
toda esta situação. É importante destacar que não sou réu nem investigado em
nenhum processo da Lava Jato. A minha vida pública sempre foi pautada pela
ética, lisura e transparência e a minha história demonstra a preocupação com a
legalidade de todos os meus atos."
Arlindo Chinaglia (PT-SP), deputado
federal
Qual a suspeita: O
deputado Arlindo Chinaglia é
suspeito de cobrar propina da Odebrecht para facilitar a licitação da Unisa
Hidrelétrica de Santo Antônio, segundo o inquérito autorizado por Fachin. Os
valores teriam chegado a R$ 10 milhões, de acordo com Henrique Serrano do Prado
Valladares, ex-vice-presidente da Odebrecht; Augusto Roque Dias Fernandes
Filho, diretor superintendente da Odebrecht; José de Carvalho Filho, ex-diretor
da Odebrech; e Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o "BJ",
ex-presidente da Odebrecht.
O
que ele diz: "Frente
à divulgação de uma lista em que o nome do deputado de forma surpreendente
aparece, e por não saber onde e de que maneira foi citado, o deputado está
determinado a buscar, junto ao Supremo Tribunal Federal, todas as informações
para que a verdade prevaleça."
Ana Paula Lima (PT-SC), deputada estadual
Qual a suspeita: A
deputada Ana Paula Lima é
suspeita de receber recursos da Odebrecht via caixa 2 para sua campanha à prefeitura de Blumenau (SC) em 2012,
segundo o inquérito autorizado por Fachin.
O
que ela diz: "Declaro
serenidade e estou à disposição das autoridades competentes para prestar todos
os esclarecimentos. Afirmo que não sou ré nem investigada em nenhum processo da
Lava Jato. Afirmo que as doações à minha campanha eleitoral foram declaradas e
aprovadas pelos órgãos competentes, e que minha conduta pública é regida pelos
princípios da ética, moral e legalidade."
Vital do Rêgo Filho, ministro do Tribunal
de Contas da União
Qual a suspeita: O
ministro e ex-senador Vitao do Rêgo Filho pela Paraíba é
suspeito de receber recurso para campanha via caixa 2, no valor
de R$ 350 mil. As investigações foram pedidas pela Procuradoria-Geral da
República (PGR) com base nas delações premiadas de executivos e ex-executivos
da Odebrecht.
O
que ele diz: "O
ministro do TCU Vital do Rêgo e sua defesa não tiveram acesso ao conteúdo do
pedido de abertura de inquérito mencionado pela imprensa. O ministro está à
disposição das autoridades e confia que será comprovada a falta de relação
entre ele e os fatos investigados."
Rosalba Ciarlini (PP), prefeita de Mossoró
(RN) e ex-governadora do Estado
O quela ela diz: Ela
diz que nunca recebeu doação de campanha da Odebrecht nem contratou qualquer
obra ou serviço com essa empresa ou grupo. Afirma ainda que isso prova a
completa improcedência da referência a seu nomes.
Valdemar da Costa Neto (PR)
O que ele diz: Não
se manifestou. O PR disse ter "por norma não comentar conteúdos que serão
objeto de exame do poder Judiciário".
Luís Alberto Maguito Vilela, ex-senador da
República e prefeito de Aparecida de Goiânia entre os anos de 2012 e 2014
O que ele diz: Uma
nota conjunta foi divulgada pelo ex-prefeito Maguito Vilela e pelo deputado
Daniel Vilela (PMDB): "As campanhas de Maguito Vilela, em 2012, e de
Daniel Vilela, em 2014, foram feitas inteiramente com recursos contabilizados
conforme determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aprovadas pela
referida Corte. As prestações de contas estão disponíveis no site do TSE.
Maguito e Daniel afirmam que nunca estiveram, nunca falaram, e sequer conhecem
os delatores. Ambos refutam qualquer acusação."
Edvaldo Pereira de Brito, candidato ao
cargo de senador pela Bahia nas eleições 2010
O que ele diz: "Antonio
Brito e Edvaldo Brito declaram que recebem a notícia da autorização para
apuração dos fatos relativos à eleição de 2010 com total serenidade, uma vez
que se trata de procedimento legal, no qual será possível apurar a verdade dos
fatos. Destacam, ainda, que doações eleitorais recebidas, relativas a campanha
de 2010, foram declaradas e aprovadas nas prestações de contas ao TSE."
Oswaldo Borges da Costa, ex-presidente da
Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais
O que ele diz: O
G1 tentou contato com advogados e uma empresa em que ele foi diretor, mas
ninguém o representa mais.
Cândido Vaccarezza, ex-deputado federal
pelo PT
O que ele diz: em
texto postado no Facebook, o ex-deputado disse: "1 - Não respondo, hoje, a
nenhum inquérito da Operação Lava Jato. Respondi a dois, um com o Juiz Moro,
que foi arquivado, e outro com o Ministério Público Federal, no qual não fui
denunciado. 2 - Todas as doações da Odebrecht para as minhas campanhas foram
legais e declaradas à Justiça Eleitoral. 3 - Quanto à acusação de Sérgio
Machado, que teria repassado recurso à minha campanha em 2010 através do
Diretório Regional do PT, é falsa. Não houve repasse para a minha conta de
campanha pelo Diretório Regional do PT em 2010. Estou processando o Senhor
Sergio Machado pelas calúnias ao meu respeito. 4 - Nunca fui processado e não
respondo a nenhum processo. 5 - Não conheço as circunstâncias em que o meu nome
foi incluído nesta lista. 6 - Sou Ficha Limpa".
Guido Mantega, ex-ministro
O que ele diz: O
advogado José Roberto Batochio diz que a defesa de Mantega ainda não conhece os
motivos para abertura do inquérito e que só vai se pronunciar quando tiver
acesso ao teor da denúncia.
César Maia (DEM), vereador, ex-prefeito do
Rio de Janeiro e ex-deputado federal
Qual a suspeita: César
Maia é investigado
em dois inquéritos. Em
um deles, tanto ele quanto o filho Rodrigo Maia são suspeitos de receber
repasses da Odebrecht nos anos eleitorais 2008, 2010 e 2014. No segundo, os
dois são citados como suspeitos, ao lado do atual presidente do Senado Federal,
Eunício Lopes de Oliveira, do ex-presidente do Senado Renan Calheiros e do
senador Romero Jucá, de receber vantagem indevida para aprovar leis favoráveis
à Odebrecht.
O
que ele diz: César
Maia afirma que a investigação vai mostrar que ele nunca recebeu doação da
Odebrecht, somente do partido. Segundo ele, a construtora doou primeiro ao
partido, depois repassou os valores a ele. Ele afirma que só soube disso na
abertura das contas.
Paulo Bernardo da Silva, ex-ministro
O que ele diz: Paulo
Bernardo nega ter feito esse pedido e informa que não teve qualquer conversa
com executivos da Odebrecht para tratar da inclusão da obra no PAC. "Ela
foi incluída de maneira absolutamente lícita e atendendo a reivindicação da
bancada federal do RS, sem qualquer participação da empresa Odebrecht",
afirma a advogada Verônica Sterman.
Eduardo Paes (PMDB), ex-prefeito do Rio de
Janeiro
Qual a suspeita: Segundo
Benedicto Barbosa, o homem forte do Departamento de Propinas da Odebrecht, o
prefeito, apelidado de “Nervosinho” nas planilhas, recebeu
mais de R$ 15 milhões “ante
seu interesse na facilitação de contratos relativos às Olimpíadas de 2016”. Da
transação, realizada em 2012, R$ 11 milhões foram repassados no Brasil e outros
R$ 5 milhões, a de contas no exterior.
O
que ele diz: O
ex-prefeito afirma que nunca aceitou propina para beneficiar os interesses da
Odebrecht. Diz ainda que nunca teve contas no exterior e que todos os recursos
recebidos em sua campanha de reeleição doram devidamente declarados à Justiça
Eleitoral.
José Dirceu
O que ele diz: O
advogado Roberto Podval diz que só vai comentar após ter conhecimento da
íntegra da denúncia.
Napoleão Bernardes, prefeito de Blumenau
(SC)
Qual a suspeita: Segundo
o Ministério Público, Napoleão Bernardes recebeu
R$ 500 mil durante a campanha à prefeitura de Blumenauem 2012
para garantir a manutenção dos contratos da Odebrecht em saneamento de água e
esgoto no município.
O
que ele diz: "Recebo
essa informação com perplexidade e com indignação. Sou o mais interessado e o
primeiro interessado que a verdade seja estabelecida. E a verdade é comprovar a
minha mais absoluta isenção em relação a esses fatos, que eu nem sei do que se
tratam. Simplesmente é uma menção em uma lista e que não menciona o que se
disse, o que se fez. Isso nos deixa perplexos e indignados por um lado, mas eu
tenho a mais absoluta consciência tranquila em relação a que a verdade dos
fatos vai demonstrar a nossa isenção. Meu governo é pautado por ética,
seriedade, transparência, credibilidade. A minha vida pública se confunde com a
minha própria história de vida. Pessoas de Blumenau me viram crescer e todos
sabem da minha inocência, da minha retidão, do meu compromisso com a ética, do
meu compromisso com o respeito ao interesse público e eu tenho certeza que isso
haverá de ser comprovado e a justiça vai ser estabelecida. E a justiça é
demonstrar toda a credibilidade, seriedade, honestidade das nossas ações.
"
João Carlos Gonçalves Ribeiro,
ex-secretário de Planejamento do governo de Rondônia
O que ele diz: "Após
tomar conhecimento da notícia de que meu nome faz parte de investigação e tendo
em vista que o inquérito foi disponibilizado, irei verificar do que se trata
com a certeza de que nunca me envolvi em nenhum mal feito, e vou procurar
esclarecer tudo".
Ulisses César Martins de Sousa, advogado e
ex-procurador-geral do Estado do Maranhão
O que ele diz: "O
Dr. Ulisses César Martins de Sousa recebeu, com surpresa, a notícia de que seu
nome teria sido incluído na denominada 'lista da Odebrecht'. Ele não pode se
manifestar sobre as delações antes de conhecer seu conteúdo."
Rodrigo de Holanda Menezes Jucá, candidato
a vice-governador de Roraima, filho de Romero Jucá
O que ele diz: A
assessoria informa que desconhece que o nome dele esteja na lista.
Paulo Vasconcelos, marqueteiro de Aécio
Neves
O que ele diz: Paulo
Vasconcelos afirma que conduziu todas as campanhas das quais participou dentro
do que estava previsto na lei. "Essas delações contêm informações falsas,
que serão desmentidas ao longo das investigações."
Eron Bezerra, marido da senadora Vanessa
Grazziotin
O que ele diz: "Eu
não sei nem que diabo é [a operação Lava Jato]. Eu nunca tive contato com a
Odebrecht, portanto eu não sei nem do que se trata [a lista do Fachin].
Infelizmente isso virou um negócio genérico. Eu não tenho a menor condição de
opinar [sobre isso]. Eu repito: nunca tive contato com a Odebrecht, com Camargo
Correia, Gutierrez ou com qualquer empreiteira dessas, portanto não sei como
apareceu meu nome em uma relação de pessoas que receberam doação. É mais uma
irresponsabilidade das muitas que acontecem nessa época de caça às
bruxas."
Moisés Pinto Gomes, marido da senadora
Kátia Abreu
O que ele diz: "Lamentavelmente,
por desconhecer o conteúdo da decisão do ministro Edson Fachin, não tenho,
neste momento, elementos suficientes que me permitam rebater as supostas
acusações feitas contra mim e o meu marido, mas afirmo categoricamente que, em
toda a minha vida pública, nunca participei corrupção e nunca aceitei
participar de qualquer movimento de grupos fora da lei. Estarei à disposição
para prestar todos os esclarecimentos necessários de maneira a eliminar
qualquer dúvida sobre a nossa conduta. Sigo trabalhando no Senado pelo Brasil e
pelo Tocantins. Minha história e minha correção são a base fundamental da minha
defesa", diz a nota conjunta com a mulher, Kátia Abreu.
Humberto Kasper
O que ele diz: G1
ligou para o escritíorio de advocacia, mas ninguém atende.
Marco Arildo Prates da Cunha
O que ele diz: Em
nota, Marco Arildo Cunha disse que "não são verdadeiros os fatos
relatados" pelos executivos da Odebrecht. "A execução da obra de
extensão da Trensurb seguiu e respeitou todas as condicionantes estipuladas
pelo Tribunal de Contas de União para realização da mesma." O
ex-presidente da Trensurb disse ainda os órgãos de controle aprovaram
"todas as contas" de sua gestão. "Essas são acusações
injuriosas, e vou provar minha total inocência e fazer que reparem os danos de
imagem e profissional que me causaram. Estou à disposição da Justiça para o
cabal esclarecimento dos fatos."
Vado da Famárcia, ex-prefeito do Cabo de
Santo Agostinho
O que ele diz: A
assessoria do ex-prefeito informa que ele nega ter recebido qualquer recurso de
forma ilícita para sua campanha eleitoral em 2012, que suas contas foram
aprovadas pela Justiça Eleitoral, que não tem nada a temer e se coloca à
disposição da Justiça para fazer os esclarecimentos necessários.
José Feliciano (PMN), vereador em Cabo de
São Agostinho (PE)
O que ele diz: O
vereador José Feliciano de Barros Júnior disse que estava surpreso com a
citação na lista de supostos beneficiários do esquema de propinas da
empreiteira Odebrecht. Por telefone ele disse, no fim da manhã desta
quarta-feira (12), que vai procurar saber o teor da denúncia. Ele disse que
estranhou o envolvimento do nome na lista de Fachin, relator da Lava Jato no
STF. Segundo ele, como procurador do município não tinha acesso a pagamentos
feitos pela gestão municipal. O parlamentar disse que mantém padrão de vida de
acordo com os ganhos e que nunca teve envolvimento com os supostos milhões. Ele
justificou que deixou a administração do ex-prefeito do Cabo Vado da Farmácia
(sem partido), também citado na lista, por não concordar com as diretrizes
políticas.
Outros 10 políticos da lista de Janot, incluídos
inicialmente na relação de inquéritos abertos, tiveram, na verdade, um pedido
de retorno à PGR para nova manifestação, segundo o STF. Os inquéritos deles
ainda não foram abertos.
São eles:
Roberto Freire (PPS), ministro da Cultura
Qual a suspeita: Segundo
delações de Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedito Barbosa da Silva Júnior, Freire
recebeu R$ 200 mil durante campanha a deputado federal em 2010.
O
que ele diz: O
ministro só irá se manifestar sobre a abertura de inquérito quando tiver acesso
ao teor das delações. "O ministro, entretanto, reforça sua idoneidade em
toda a sua trajetória política e sua disposição em contribuir com os
esclarecimentos necessários à Justiça."
Eduardo Amorim (PSDB-SE), senador
O que ele diz: “O
meu nome foi citado na 'lista de Fachin' junto ao da senadora Maria do Carmo
(DEM-SE) e que o então prefeito João Alves (DEM-SE) teria solicitado R$ 600 mil
para as duas campanhas em 2014. Gostaria de esclarecer que não autorizei
ninguém a pedir valores para a campanha em meu nome, nunca tive qualquer
contato e não conheço os empresários Fernando Luiz Ayres da Cunha Reis e
Alexandre José Lopes Barradas – delatores da Lava Jato. Nunca e em tempo algum
pedi nada a Odebrecht e, repito, não autorizei ninguém a solicitar dinheiro e
muito menos tive conhecimento disso. A minha campanha não utilizou recursos de
caixa dois. E isso fica comprovado, inclusive, na denúncia divulgada, onde meu
nome não aparece como requerente nem recebedor destes recursos. Quem solicitou
valores aos empresários para uso em caixa dois, que explique e responda pelos
seus atos. Todas as doações da minha campanha foram oficiais, declaradas e
encontram-se à disposição no site do TSE. No mais, estou à disposição da
Justiça para possíveis esclarecimentos.”
Maria do Carmo Alves (DEM-SE), senadora
O que ela diz: "A
senadora Maria do Carmo recebeu com surpresa a noticia de que havia sido citada
em uma das delações da Lava-Jato e vai aguardar os desdobramentos da
investigação para poder se pronunciar."
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), senador
O que ele diz: “O
senador Garibaldi Filho (PMDB-RN) se declara surpreso com a notícia de inclusão
do seu nome nas notícias de delações e, ao mesmo tempo em que nega tais
suspeitas, põe-se à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos,
inclusive disponibilizando os sigilos bancário, fiscal e telefônico, e espera
agilidade na apuração e responsabilidade na distinção entre doações lícitas e
sem qualquer contrapartida das doações irregulares.”
José Agripino Maia (DEM-RN), senador
O que ele diz: "Mesmo
não tendo sido candidato em 2014 e desconhecendo o teor das menções a mim
atribuídas, coloco-me à disposição da justiça para colaborar com as
investigações que se venham a requerer", diz, em nota.
Marta Suplicy (PMDB-SP), senadora
O que ela diz: "Vimos
esclarecer que o ministro Edson Fachin não determinou a abertura de
investigação contra a senadora Marta Suplicy, mas, sim, retornou a denúncia
para o procurador-geral Rodrigo Janot para avaliar a extinção de punibilidade.
Os fatos mencionados na delação são inteiramente falsos. A conduta da senadora
Marta Suplicy sempre foi baseada nos princípios éticos que marcam toda sua vida
pública."
Felipe Maia (DEM-RN), deputado federal
O que ele diz: “Não
fui notificado sobre o teor das acusações que envolvem meu nome. Ratifico minha
disposição em colaborar com a Justiça para a elucidação de todos os fatos que
me mencionem.”
Jarbas de Andrade Vasconcelos (PMDB-PE),
deputado federal
O que ele diz: "O
deputado federal Jarbas Vasconcelos esclarece que os recursos recebidos em suas
campanhas, proveniente da Odebrecht ou de qualquer outra empresa, foram
repassados dentro da lei e estão declarados e aprovados pela Justiça Eleitoral.
Todos os valores estão inclusive disponíveis no site do Tribunal Superior
Eleitoral de forma clara e transparente."
Paes Landim (PTB-PI), deputado federal
O que ele diz: "O
deputado Paes Landim não foi incluído na lista de Fachin. O ministro determinou
que o seu caso, juntamente com outros sete, fosse enviado de volta à PGR, para
uma nova avaliação. Cumpre destacar que as menções até então feitas ao deputado
foram realizadas pelo senhor Claudio Melo Filho, que afirmou expressamente que
a construtora fez doação ao deputado em razão de um pronunciamento que fizera
quando do falecimento de seu pai - que também era piauiense - e do seu bom
trânsito no Congresso, e não como forma de pagamento de propina, ou em razão de
qualquer demanda que tenha contado com a ajuda ou simpatia de Landim. O
deputado confirma o recebimento da doação, que se encontra registrada em sua
prestação de contas à Justiça Eleitoral em dois recibos eleitorais, de números
014100600000PI000030 e 014100600000PI000036. Portanto, conforme determinava, à
época, a legislação eleitoral."
Márcio Toledo, arrecadador das campanhas
da senadora Marta Suplicy
O que ele diz: O
G1 ainda não conseguiu contato. Tentou via assessoria da Marta Suplicy.