Mais de 900 cidades do país não elegeram nenhuma
vereadora nas eleições municipais de 2020 e, em outras mais de 1,8 mil cidades,
apenas uma mulher foi eleita, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). É nesse cenário que
as mulheres começam o ano de 2024, quando haverá eleições municipais para definir quem serão os novos ocupantes das
prefeituras e Câmaras.
De posse desse e outros números relativo às eleições que se passaram é
que a presidente municipal do PMB – Partido da Mulher Brasileira e já declarada
pré-candidata a prefeita na cidade Açailândia Marly Alves, realiza na noite de
hoje, dia 21, no auditório da BIA
EVENTOS, um grande ato que reunirá homens e mulheres para um amplo debate
sobre a participação mais efetiva da voz feminina nas discussões políticas da
cidade de Açailândia.
A cidade do Ferro ainda possui um percentual entendido como irrisório da
participação das mulheres na câmara legislativa, apesar da reação ainda tímida
nas últimas eleições municipais.
No executivo municipal, ao longo de décadas, os eleitores de Açailândia,
em sua grande maioria mulheres, elegeu apenas uma candidata do sexo feminino
como prefeita da cidae e isso tem incomodado às mulheres que exigem uma
participação mais efetiva nas discussões do presente e do futuro político da
cidade.
As eleições municipais deste ano pode bater o recorde de candidatas
mulheres que podem se sujeitarem ao escrutínio do voto – a pré-candidata Marly Alves disputou a última eleição
como candidata a deputa estadual, alcançado a expressiva votação de quase 3 mil
votos, portanto, muito bem habilitada para colocar seu nome para uma avaliação
de homens de mulheres na disputa a prefeitura de Açailândia.
Marly Alves entende que a mulher açailandense precisa definitivamente
entrar de corpo e alma NO CORAÇÃO DA
POLÍTICA!!!
Números que corroboram os fatos
Considerando que o país tem 5.568 cidades, isso quer dizer que
aproximadamente metade delas não terá vereadoras ou terá apenas uma mulher
ocupando o cargo no mandato que se inicia no ano que vem.
Das 948 cidades sem mulheres eleitas, 188 ficam em Minas Gerais, estado
que tem a maior quantidade de municípios do país (853). Outras 101 estão em São
Paulo. Há cidades nessa situação em todos os 26 estados brasileiros.
No total, apenas 16% dos vereadores eleitos no país nas eleições de 2020
são mulheres. O número é maior que o registrado há quatro anos, quando 13,5%
dos eleitos eram do sexo feminino, mas segue bem abaixo da proporção encontrada
na população brasileira.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 51,8% dos brasileiros são mulheres. Além disso, segundo o
TSE, 52,5% dos eleitores são do sexo feminino.
A mesma sub-representação se encontra entre os prefeitos que foram
eleitos em 2020, já que apenas 12% deles são
mulheres.
Nas eleições de 2020, as mulheres representaram 34% dos candidatos a
vereador. Foram mais de 175 mil, de um total de mais de 500 mil candidatos ao
cargo. Em 2016, esse percentual era de 32%. Em 2012, 31%.
Os números são muito próximos do mínimo legal estabelecido em lei para
candidatas lançadas por partido, de 30%. De forma efetiva, a cota passou a
valer após a minirreforma eleitoral de 2009. Antes disso, a lei previa a
reserva de 30% das vagas para as mulheres, mas os partidos deixavam essas vagas
vazias.
A legislação ainda determina que os recursos do Fundo Eleitoral
repassados às candidatas devem seguir a mesma proporção das mulheres lançadas
pelo partido.
Entretanto, a realidade aponta que muitos partidos deixaram de
cumprir essa regra de financiamento. No total, 22 dos 32 partidos do país repassaram menos recursos do que
deviam para as candidatas – o TSE já criou Jurisprudência desse crime cometido
pelos partidos e a chapa inteira de candidatos ao cargo legislativo foi
cassada.
Enfim as eleições de 2020 mostraram que as medidas para aumentar a
representatividade feminina na política do país ainda não resultaram em um
aumento expressivo de eleitas, já que, mesmo com mais de 30% de candidatas,
apenas 16% dos vereadores que tomaram posse em 2021 são do sexo feminino.
Novas eleições municipais já se avizinham e só o resultado das urnas vão
dizer o que os eleitores e eleitoras de Açailândia pensam com relação a uma voz
mais efetiva das mulheres na política de Açailândia.
Simples Assim.