sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Instituto Premier/TV GUARÁ aponta segundo turno entre Brandão e Weverton

Pesquisa realizada pelo Instituto Premier em parceria com a TV Guará mostra que haverá segundo turno nas eleições ao governo do estado no Maranhão. A pesquisa consolida um cenário eleitoral com o atual governador Carlos Brandão (PSB) e o senador licenciado Weverton Rocha (PDT) indo ao segundo turno com mais de 68% dos votos. Vamos aos números.

De acordo com a pesquisa, se as eleições fossem hoje, o governador Carlos Brandão teria 37,2% dos votos, seguido por Weverton Rocha, com 31,4, uma distância de menos de seis pontos percentuais. Em terceiro lugar aparece o candidato Lahesio Bonfim (PSC), com 20,1% dos votos e sem chances de chegar ao segundo turno. O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr (PSD) teria 4,9% e os demais candidatos tiveram menos de 1% das intenções de voto.

A pesquisa também perguntou em qual candidato o eleitor não votaria de jeito nenhum. Entre os cinco primeiro colocados, Carlos Brandão tem a maior rejeição, com uma rejeição de 11,3% dos eleitores. Em seguida aparece Edivaldo Holanda Jr com 10,4%, Simplício Araújo com 9,5%, Weverton Rocha com 9,2% e Lahesio Bonfim com 8,6%.

Para o senado, se as eleições fossem hoje, os números seriam esses: Flávio Dino aparece em primeiro com 51,1% das intenções de voto, seguido por Roberto Rocha, com 28,6% e Saulo Arcangeli com 1,4%. Os demais candidatos não chegaram a 1% das intenções de voto.

A pesquisa está registrada no TSE com o número MA03950/2022 e ouviu 1660 eleitores entre os dias 24 e 27 de setembro, tem margem de erro de 2,4% para mais ou para menos e nível de confiança de 95%.

Fonte: Portal Guará

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Lula e Bolsonaro afiam as armas para debate de hoje na Globo

 


É hoje a última chance de ver Lula e Bolsonaro se enfrentando em debate antes do primeiro turno. Os dois tiraram o dia para ficar na "concentração" para o confronto. Lula quer falar de economia e deve revidar se Bolsonaro, tentando furar sua bolha de apoiadores e levar a disputa para o segundo turno, bater forte no tema corrupção. O debate, que os dois candidatos veem como capaz de definir o rumo da eleição, é na Globo, depois da novela Pantanal (perto de 22h30).
..........................
Passado o debate, no dia da eleição a campanha de Bolsonaro torce pela abstenção; Lula quer muito que o comparecimento seja alto.
..........................
Enquanto o primeiro turno não chega, as fake news correm soltas. As urnas eletrônicas são o principal alvo.

******************
MINIGUIA PARA DIA 2

******************
CORRIDA ELEITORAL
Voto tático: por que pode ser vantajoso fugir de deputado "puxador de voto".
..........................
Nem o presidente do PL, partido de Bolsonaro, acredita na tal sala secreta do TSE, mas a sigla divulgou documento que ataca a segurança das urnas eletrônicas. O tribunal rebateu, chamando de "falsas e mentirosas" as conclusões do relatório.
..........................
O NÚMERO
R$ 225 MIL
Foi o valor pago pelo PL aos autores do relatório refutado pelo TSE.
..........................
Foi parar no STF a suspensão do passe livre no transporte público no dia da eleição.
..........................
Policiais militares de São Paulo afirmam que oficiais tentam fazer a tropa votar em bolsonaristas.
..........................
A eleição deste ano não terá pesquisa de boca de urna do Ipec (sucessor do Ibope).
..........................
PRA FICAR DE OLHO
Geraldo Alckmin participa hoje às 10h da sabatina UOL/Folha, na série com candidatos a vice-presidente.
..........................
Datafolha divulga hoje nova pesquisa de intenção de voto para presidente, com os números comentados pelo UOL no programa Análise de Pesquisas, às 19h.

******************
CERCADINHO
O ministro Alexandre Moraes mandou apurar o vazamento de investigação de assessor do Planalto. Bolsonaro acusou Moraes de ter liberado as informações.
..........................
Paulo Guedes defendeu que o governo venda praias, o que a Constituição proíbe.
..........................
A equipe econômica pediu que Bolsonaro vetasse o orçamento secreto, por considerá-lo inconstitucional.

******************
VIOLÊNCIA POLÍTICA
O STF, o TSE, o Congresso Nacional e os ministérios da Justiça e Segurança Pública e de Relações Exteriores serão protegidos com gradis no domingo.
..........................
Uma mulher que estava com uma bolsa estampada com o rosto de Lula foi agredida em Brasília.

******************
EVANGÉLICOS NO BRASIL
Na Assembleia de Deus, a intolerância está em "livramentos" e nas entrelinhas.

******************
UOL NO WHATSAPP
Fique por dentro dos principais acontecimentos do dia. Agora você também pode receber as notícias do UOL direto no seu WhatsApp; saiba como!

******************

 
Murilo, do Palmeiras, comemora gol contra o Atlético-MG pelo Brasileirão
Murilo, do Palmeiras, comemora gol contra o Atlético-MG pelo Brasileirão
Hedcard Moraes/UAI Foto/Estadão Conteúdo
 
  
Mundo da bola

O Palmeiras venceu o Atlético-MG por 1 a 0 e aumentou a diferença em relação ao segundo no Brasileirão. O jogo foi uma goleada de gols perdidos, diz Juca Kfouri. Para Lavieri, o Verdão superou a arbitragem ruim e mostrou que merece o troféu,

..........................
Com a goleada por 4 a 0 sobre o Juventude, lanterna do Brasileirão, o Fluminense chegou a 51 pontos, na vice-liderança.
..........................
O Fortaleza foi valente e virou sobre o Flamengo: 3 a 2.
..........................
O Corinthians virou (2 a 1) contra o Atlético-GO e subiu para o quarto lugar no Brasileirão.
..........................
O Inter ficou no 0 a 0 com o Red Bull Bragantino.

..........................
Na Série B, o Cruzeiro bateu a Ponte Preta por 4 a 1 e pode ser campeão amanhã.
..........................
Os resultados da rodada.
..........................
Terminou com quatro baleados uma briga entre a Mancha Verde e a Magia Azul. As torcidas se encontraram na rodovia Fernão Dias, em Minas Gerais, quando torcedores do Cruzeiro seguiam para Campinas, e do Palmeiras, para Belo Horizonte.

******************

 
Furação Ian chega aos EUA, causa destruição e deixa milhares sem energia
Furação Ian chega aos EUA, causa destruição e deixa milhares sem energia
Reprodução
 
  
Pelo mundo

Depois de provocar um apagão total em Cuba, o furacão Ian chegou à Flórida (EUA) com ventos de até 250 km/h.

******************
INVASÃO DA UCRÂNIA

Os EUA devem anunciar nos próximos dias novas sanções contra a Rússia, agora por causa dos referendos destinados a anexar partes da Ucrânia.
..........................
Familiares se despedem de reservistas na Rússia: "É só um treinamento, né?"

******************
VIVABEM

Como o cigarro eletrônico invadiu escolas e por que a culpa pode ser dos pais.

******************

 
Cena de 'Sorria'
Cena de 'Sorria'
Reprodução/Paramount Pictures
 
  
Telona

Estreia hoje nos cinemas Sorria, filme de terror que promete um bocado de sustos e um tanto de reflexão sobre saúde mental.

******************
RESPIRO

"Linda demais para ser destruída": moradores se unem para salvar Veneza.

******************
NO CORPO DOS FAMOSOS

Biquíni como traje noturno de Sabrina Sato e sandália de cristal: o que está na moda?

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

O QUE PODE E O QUE NÃO PODE!!! Confira o calendário eleitoral da última semana até o dia da eleição no 1º turno

Regras vão desde o fim do horário político em rádio e televisão até o fim do período em que são realizados debates entre os candidatos

Sede do Tribunal Superior Eleitoral em Brasília...

A última semana antes do primeiro turno das eleições gerais de 2022, a ser realizado neste domingo (2), traz uma série de prazos determinados pela Justiça Eleitoral. São regras que vão desde o fim do horário político — em rádio e televisão — até o fim do período em que são realizados debates entre os candidatos. Veja a seguir as principais normas que regulam as eleições. 

SETEMBRO

Segunda-feira (26):  Último dia para o registro de pesquisas eleitorais de opinião pública realizadas em data anterior ao dia das eleições, para conhecimento público, relativas ao pleito ou aos candidatos, que se pretenda divulgar no próprio dia das eleições.

Terça-feira (27): Data a partir da qual nenhum eleitor poderá ser preso ou detido — salvo em flagrante delito, ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou por desrespeito a salvo-conduto.

A terça-feira também é o último dia para que as entidades fiscalizadoras peçam formalmente à Justiça Eleitoral a verificação da integridade e autenticidade dos sistemas Transportador e JE-Connect instalados nos microcomputadores.

O Transportador é o sistema que transporta arquivos provenientes da urna eletrônica para o data center da Justiça Eleitoral. Já o JE-Connect é uma tecnologia que viabiliza a transmissão do boletim de urna diretamente de alguns locais de votação, o que garante agilidade na totalização dos votos, sem comprometimento da segurança.

 

Após os trâmites de encerramento da votação, inicia-se a transmissão dos resultados daquele local diretamente para o TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Tudo é feito por meio de um computador da Justiça Eleitoral, instalado no local de votação, e a conexão utiliza uma VPN (rede privada virtual), que garante total segurança ao tráfego de dados.

Quinta-feira (29): Último dia para a divulgação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão relativa ao primeiro turno, para a propaganda política em reuniões públicas e para a promoção de comícios e utilização de aparelhagem de sonorização fixa, entre as 8h e as 24h — com exceção do comício de encerramento da campanha, que poderá ser prorrogado por mais duas horas.

Também é o último dia de debates no rádio e na televisão, admitida sua extensão até as 7h do dia 30 de setembro.

Além disso, a data marca o dia em que a Justiça Eleitoral ou o presidente da mesa receptora poderá expedir salvo-conduto em favor de eleitora ou eleitor que sofrer violência moral ou física na sua liberdade de votar.

De quinta-feira até 1° de outubro de 2022, o TSE poderá divulgar comunicados, boletins e instruções ao eleitorado, em até dez minutos diários requisitados às emissoras de rádio e de televisão.

Sexta-feira (30):  Último dia para a divulgação paga, na imprensa escrita, e a reprodução, na internet, de jornal impresso, de até dez anúncios de propaganda eleitoral, por veículo, em datas diversas, para cada candidato, no espaço máximo, por edição, de 1/8 de página de jornal padrão e de 1/4 de página de revista ou tabloide.

A sexta-feira é também o último dia para que o presidente do partido político, o representante da federação de partidos ou outra pessoa por eles indicada comunique à Justiça Eleitoral os nomes das pessoas autorizadas a expedir as credenciais dos fiscais e dos delegados habilitados a fiscalizar os trabalhos de votação, apuração e totalização durante o primeiro turno das eleições.

OUTUBRO

1º de outubro (sábado – 1 dia antes)

Último dia para a propaganda eleitoral mediante alto-falantes ou amplificadores de som, entre 8 e 22 horas.

Data-limite para distribuição de material gráfico e promoção de caminhada, carreata, passeata ou carro de som que transite pela cidade divulgando jingles ou mensagens de candidatos - até as 22h.

2 de outubro (domingo) - DIA DA ELEIÇÃO

1º TURNO

Último dia para candidatos e partidos arrecadarem recursos e contraírem obrigações, salvo a arrecadação com o fim exclusivo de quitar despesas já contraídas e não pagas até essa data.

Constitui crime no dia da votação: uso de alto-falantes e amplificadores de som ou promoção de comício ou carreata, arregimentação de eleitor ou propaganda de boca de urna, divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos ou candidatos e publicação ou impulsionamento de conteúdos na internet.

É permitida a divulgação, a qualquer momento, das pesquisas realizadas em data anterior. Podem ser divulgadas pesquisas realizadas no dia da eleição:

- relativas às eleições presidenciais tão logo encerrada a votação em todo o território nacional;

- referentes aos cargos de governador, senador, deputado federal, estadual e distrital a partir das 17h do horário local.

Data na qual será realizada, por amostragem e em ambiente controlado, o Teste de Integridade das Urnas Eletrônicas, em cada unidade da Federação, em local público e com expressiva circulação de pessoas designado pelo TRE, no mesmo dia e horário da votação oficial.

Na hora de votar, o eleitor não pode portar aparelho de telefonia celular, máquina fotográfica, filmadora, equipamento de radiocomunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto.

É permitida a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor por partido, coligação ou candidato.

É vedada a aglomeração de pessoas com vestuário padronizado, bandeiras, broches, dísticos e adesivos que caracterizem manifestação coletiva - até o término da votação.

Derrame de "Santinhos" nos locais de votação na madrugada que antecede as eleições é crime

O Ministério Público Eleitoral (MPE) promoveu, uma reunião com membros do Ministério Público, órgãos federais, estaduais e municipais de segurança e de transportes, com o objetivo discutir estratégias integradas de fiscalização para melhorar a segurança durante as eleições e inibir a prática de possíveis crimes eleitorais, como o derramamento de santinhos, também conhecido como “voo da madrugada”.



O encontro foi realizado na sede do Ministério Público Federal (MPF), localizada em São Luís, e contou com representantes da Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA), Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão (CGPM/MA), Comando do Corpo de Bombeiros (CBMMA), Polícia Federal (PF), Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp), Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação (Semurh), inclusive a Blitz Urbana, além de procuradores-regionais eleitorais auxiliares e promotores eleitorais da capital.

Recentemente, o MP Eleitoral expediu a Orientação Normativa PRE/MA nº03/2022 aos promotores eleitorais sobre o cumprimento da legislação eleitoral no que se refere à propaganda irregular nas Eleições Gerais de 2022. Segundo a orientação, o derramamento de santinhos gera impactos sociais e políticos, uma vez que pode influenciar o eleitor a votar no número que tem à vista.

Além disso, há também o impacto econômico, considerando o gasto – muitas vezes do fundo partidário – para impressão desses materiais, de modo que os que possuem maior capacidade econômica poderiam imprimir maior quantidade de santinhos. Assim, influenciariam maior proporção de eleitores, tendo em vista que seus nomes e números alcançariam maior visibilidade.

Espalhar em vias públicas material de campanha, como panfletos, santinhos e adesivos, é considerado propaganda irregular. O infrator e o candidato beneficiado estão sujeitos à multa, sem prejuízo da apuração de crime eleitoral, mesmo que a infração ocorra na véspera da eleição.

De acordo com o procurador regional Eleitoral, Hilton Araújo de Melo, “criar estratégias de atuação articulada para prevenir e reprimir eventuais ilícitos criminais no fim de semana das eleições, especialmente, em relação à prática de derrame de santinhos nos locais de votação, garante eleições mais igualitárias, beneficiando assim, a população maranhense”, disse.

Eleições 2022: Pesquisa Exata aponta que se houver segundo turno será entre Brandão e Weverton. Flávio dispara na frente de Roberto Rocha para o Senado.

A nova rodada de pesquisa Exata/Imparcial confirma que poderá haver segundo turno para governador nas eleições maranhenses. A atual pesquisa consolida a liderança de Carlos Brandão e garante a segunda colocação para Weverton Rocha.

Somados, os dois candidatos mostram a preferência do eleitorado com ampla margem em relação aos demais: juntos, Brandão e Weverton tem hoje 67% das intenções de voto.

Carlos Brandão aparece em primeiro lugar com 39%, seguido por Weverton Rocha com 28%, Lahesio Bonfim na terceira colocação com 19%, Edivaldo Holanda Jr com 4%. Prof. Joás Moraes e Simplício Araújo, aparecem com 1% e os demais candidatos não pontuaram nesta pesquisa.

Ainda que sejam considerados apenas os votos válidos, se consolida o segundo turno entre Carlos Brandão e Weverton Rocha. Brandão teria 42% dos votos, ante 31% de Weverton e 21% de Lahesio. Os demais candidatos mantém os números dos votos totais.

Cenário de rejeição

Carlos Brandão cresceu em rejeição entre as duas pesquisas e agora aparece como o candidato que os maranhenses não votariam de jeito nenhum. Vamos aos números: O mais rejeitado é Carlos Brandão com 22%, seguido por Weverton Rocha e Edivaldo Holanda Jr, ambos com 17%.

Frankle Costa aparece com 14% de rejeição, seguido por Lahesio Bonfim com 13%, Simplício Araújo com 10%, Hertz Dias com 8%, Enilton com 7% e Joás com 6%.

Eleições para Senado

Para o senado, Flavio Dino aparece em primeiro lugar com 56%, seguido por Roberto Rocha com 26%, Ivo Nogueira com 4%. Antonia Cariongo e Saulo Arcangeli pontuaram 1%.

A pesquisa foi realizada entre os dias 23/09 e 27/09/2022, ouvindo 1450 entrevistados, com margem de erro de 3,2 pp e confiabilidade: 95% e está registrada no TSE sob no MA-08199/2022.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Maranhão: Quais são as candidaturas mais competitivas para deputado no MA, segundo o Congresso em Foco

Publicado em 26 de setembro de 2022 Por John Cutrim

Do Congresso em Foco – Novo levantamento realizado pela Queiroz Assessoria reforça a tendência de menor taxa de renovação desde a redemocratização nas eleições para a Câmara dos Deputados, com índice de renovação que pode ser inferior a 40%. Em agosto, já havíamos antecipado tal cenário em artigo de Antônio Augusto de Queiroz, intitulado “Com recorde de candidatos à reeleição, Câmara sinaliza baixa renovação em 2023”.

Dos 448 atuais deputados federais que iriam concorrer à reeleição, três desistiram de suas candidaturas – Pedro Bezerra (PDT/CE), David Miranda (PDT/RJ) e Tiago Andrino (PSB/TO) – e dois tiveram o registro negado pela Justiça Eleitoral – Paulinho da Força (SD/SP) e Ottaci (SD/RR). Assim, permanecem na disputa à reeleição 443 parlamentares, dos quais 369 são bastante competitivos à manutenção de suas respectivas cadeiras. Neste contexto, cerca de 72% da atual composição da Câmara dos Deputados possui elevadas chances de reeleição.

Por sua vez, considerando as vagas que deverão ser ocupadas por novos parlamentares, a tendência é que cerca de 80% delas sejam preenchidas pelo fenômeno da “Circulação de Poder”, ou seja, deverão ser ocupadas por parentes diretos de políticos tradicionais ou por políticos experientes – ex-vereadores, ex-deputados estaduais/distritais/federais, ex-senadores, ex-governadores, ex-vice-governadores, ex-ministros e ex-secretários de Estado.

Assim, a renovação de fato – representada por candidatos que nunca ocuparam cargos públicos e que não são parentes diretos de políticos tradicionais – deve ficar em torno de 10%.

O presente levantamento analisou exaustivamente as candidaturas à Câmara dos Deputados para identificar aquelas que sejam mais competitivas e, a partir daí, tentar estimar o tamanho das bancadas partidárias a partir de 2023. Para tanto, foram analisados cinco aspectos distintos das candidaturas: i) histórico eleitoral dos partidos e de seus candidatos; ii) pesquisas de intenções de votos; iii) projeções eleitorais realizadas pelos partidos e coligações; iv) estrutura de campanha dos candidatos – político-partidária, financeira, seguidores nas mídias sociais, nível de conhecimento do eleitoral e tempo de propaganda no rádio e na TV; e v) projeções de cálculo do quociente partidário e sobre a expectativa de disputa das sobras, considerando as novas regras eleitorais.

Como resultado do levantamento, estima-se que a fragmentação partidária na Câmara dos Deputados deverá se manter estável, com 23 siglas com representação na Casa. Destas, nove siglas apresentam tendência de crescimento, são elas: PT, que deve aumentar sua bancada em sete cadeiras; Podemos, em seis; PSOL, em três; PSB, PSDB, PDT, PCdoB, PSC e Patriota poderão elevar suas bancadas em uma cadeira, cada. Outros nove partidos deverão perder vagas, a saber: o PP, cerca de seis assentos; o Republicanos, cinco; o PSD, quatro; o PROS, dois; o PL, o União, o Novo, o Cidadania e o PV, um cada. Por fim, cinco siglas deverão se manter estáveis: MDB, Solidariedade, Avante, PTB e Rede.

Veja a seguir o prognóstico da distribuição de vagas por partido/federação e a relação dos candidatos mais competitivos no Maranhão.

Prognóstico para a distribuição de cadeiras por Partido/Federação

| Relação de candidaturas mais competitivas

Maranhão 

MDB | Prognóstico 3 a 4 | Tendência de 3

  1. Roseana Sarney (MDB) | Circulação de Poder
  2. Hildo Rocha (MDB) | Reeleição
  3. Lobão Filho (MDB) | Circulação de Poder
  4. João Marcelo (MDB) | Reeleição
  5. Victor Mendes (MDB) | Circulação de Poder

PL | Prognóstico 3 a 4 | Tendência de 3

  1. Josimar Maranhãozinho (PL) | Reeleição
  2. Detinha (PL) | Circulação de Poder
  3. Júnior Lourenço (PL) | Reeleição
  4. Pastor Gil (PL) | Reeleição
  5. Paulo Marinho (PL)

Federação PT/PCdoB/PV | Prognóstico 2 a 3 | Tendência de 3

  1. Márcio Jerry (PCdoB) | Reeleição
  2. Rubens Pereira Jr. (PT) | Reeleição
  3. Zé Carlos (PT) | Reeleição
  4. Gastão Vieira (PT) | Circulação de Poder
  5. Flávia Alves (incluso pelo blog)

PSD | Prognóstico 1 a 2 | Tendência de 1

  1. Edilázio Júnior (PSD) | Reeleição
  2. Pastor Cavalcante (PSD) | Circulação de Poder
  3. Josivaldo JP (PSD) | Reeleição

Republicanos | Prognóstico 1 a 2 | Tendência de 1

  1. Cleber Verde (Republicanos) | Reeleição
  2. Gil Cutrim (Republicanos) | Reeleição
  3. ª Luana (Republicanos)

União | Prognóstico 1 a 2 | Tendência de 1

  1. Pedro Lucas Fernandes (União) | Reeleição
  2. Juscelino Filho (União) | Reeleição

PSB | Prognóstico 1 a 2 | Tendência de 1

  1. Bira do Pindaré (PSB) | Reeleição
  2. Duarte (PSB) | Circulação de Poder

Patriota | Prognóstico 0 a 1 | Tendência de 1

  1. Marreca Filho (Patriota) | Reeleição
  2. Wolmer Araújo (Patriota)

PP | Prognóstico 0 a 1 | Tendência de 1

  1. André Fufuca (PP) | Reeleição
  2. Amanda Gentil(incluso pelo blog)

PSC | Prognóstico 0 a 1 | Tendência de 1

  1. Aluísio Mendes (PSC) | Reeleição

PDT | Prognóstico 0 a 1 | Tendência de 1

  1. Márcio Honaiser (PDT) | Circulação de Poder
  2. Waldir Maranhão (PDT) | Circulação de Poder
  3. Lucyana Genésio(incluso pelo blog)
  4. Jefferson Portela(incluso pelo blog)
  5. Fábio Câmara(incluso pelo blog)

PODE | Prognóstico 0 a 1 | Tendência de 1

  1. Fábio Macedo (PODE) | Circulação de Poder
  2. Camilo Figueiredo (PODE) | Circulação de Poder
  3. Gonçalo (PODE) | Circulação de Poder.

Eleições 2022: pesquisas 'erraram tudo em 2018' como diz Bolsonaro?

 


  • Mariana Schreiber - @marischreiber
  • Da BBC News Brasil em Brasília

A menos de dez dias do primeiro turno das eleições, os principais institutos de pesquisa do país — como Ipec, Datafolha, Ipespe e Quaest — continuam mostrando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com uma vantagem folgada na corrida presidencial ante seu principal oponente, o presidente Jair Bolsonaro (PL), inclusive com chances de vencer no primeiro turno.

O atual mandatário, porém, questiona a credibilidade dessas sondagens e diz que ele que vencerá já no próximo domingo (2 de outubro, dia de votação do primeiro turno). "Essas pesquisas não valem de nada. Erraram tudo em 2018 e agora, obviamente, potencializam o outro lado", disse Bolsonaro na terça-feira (23/09), durante viagem à Nova York para participar da Assembleia Geral da ONU.

O argumento do presidente e de seus apoiadores para contestar o cenário desfavorável captado pelas pesquisas nesta eleição é dizer que os institutos também não apontaram sua vitória no pleito de 2018. Além disso, também acusam supostos erros das pesquisas em outras disputas daquele ano, como eleições para governos estaduais e vagas no Senado.

Especialistas no assunto ouvidos pela reportagem questionam a argumentação de Bolsonaro, já que as sondagens de 2018 próximas ao dia da votação mostravam a vitória do atual presidente.

Esses especialistas ressaltam ainda que pesquisas não são "prognóstico da eleição", mas apenas um retrato do momento. Isso significa que o resultado das urnas pode ser diferente das sondagens eleitorais, na medida em que a decisão de voto do eleitor pode mudar entre o momento de realização da pesquisa e o dia da votação.

"Mesmo que algumas pesquisas eleitorais divulguem seus resultados no dia anterior à eleição, elas ainda podem não captar certas mudanças ou decisões de voto ocorridas no dia da eleição, no dia anterior ou até mesmo dois dias antes, uma vez que muitas pesquisas começam sua coleta de dados de dois a três dias antes de sua divulgação", reforça o estatístico Raphael Nishimura, diretor de amostragem do Survey Research Center, da Universidade de Michigan.

Um fator, por exemplo, que pode influenciar a decisão de última hora é o chamado "voto útil", quando o eleitor decide votar num candidato que não é sua escolha inicial porque avalia que ele tem mais chances de derrotar um outro concorrente com mais rejeição.

Neste ano, Lula tem tentado atrair para si ainda no primeiro turno os eleitores de outros candidatos como Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) com o discurso de que o voto útil no petista pode garantir sua vitória contra Bolsonaro já no dia 2 de outubro.

Adversários de Lula têm reagido, criticando a iniciativa como antidemocrática, enquanto apoiadores do petista dizem que faz parte da democracia tentar atrair o eleitor dos concorrentes e que seria importante vencer no primeiro turno para enfraquecer possíveis tentativas de Bolsonaro de questionar o resultado das urnas.

Uma das principais bandeiras do presidente tem sido levantar suspeitas infundadas sobre a segurança da urna eletrônica. Para críticos de Bolsonaro, o discurso contra o sistema eletrônico de votação e os ataques contra os institutos de pesquisa fazem parte da estratégia de preparar o terreno para questionar depois o resultado da eleição, em caso de derrota.

Mas o que diziam as pesquisas de 2018?

As pesquisas de 2018 mostram que as sondagens sobre a disputa presidencial realizadas pelos principais institutos de pesquisa captaram com antecedência a vantagem de Bolsonaro no primeiro turno da corrida eleitoral. Na campanha de segundo turno, as sondagens também sempre mostraram Bolsonaro bem à frente de seu adversário, o petista Fernando Haddad (confira os números ao longo da reportagem).

Já antes da votação do primeiro turno, quando os institutos testavam em seus levantamentos possíveis confrontos no segundo turno, as pesquisas mostraram diferentes resultados. Em alguns momentos indicavam que Bolsonaro perderia de Haddad, Geraldo Alckmin (PSDB) e Ciro Gomes (PDT). Outras, mais próximas do dia 7 de outubro (data do primeiro turno), já mostravam Bolsonaro à frente de Haddad em eventual segundo turno.

Jair Bolsonaro (à esquerda), Fernando Haddad (à direita)

CRÉDITO,

REUTERS

Legenda da foto,

Após definição do segundo turno entre Bolsonaro e Haddad, pesquisas mostraram atual presidente como favorito n


A equipe da BBC News Brasil lê para você algumas de suas melhores reportagens

Episódios

Fim do Podcast

Apoiadores do presidente usam essas pesquisas que, inicialmente, indicavam derrota de Bolsonaro no segundo turno para contestar a credibilidade das sondagens, argumento contestado pelos institutos.

"Cabe esclarecer que as simulações de 2º turno feitas no 1º turno das eleições são hipotéticas e nem sempre refletirão o que acontecerá de fato no 2º turno", explicou à BBC News Brasil Márcia Cavallari, diretora do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), instituto fundado por parte da equipe que atuava no antigo Ibope.

"O próprio resultado do 1º turno das eleições tem impacto no posicionamento dos eleitores no 2º turno, além da reacomodação das forças políticas. É uma nova eleição. Não se pode comparar as simulações de 2º turno feitas no 1º turno com as do 2º turno de fato. Os eleitores vão se posicionando ao longo da campanha eleitoral", acrescentou.

Já em alguns pleitos estaduais, os resultados das urnas surpreendeu. Para especialistas, isso foi reflexo de uma eleição atípica, marcada por uma forte rejeição ao sistema político, em que uma onda bolsonarista ganhou força muito próximo do pleito, impulsionando a votação de concorrentes até então pouco conhecidos, como Wilson Witzel (PSC) e Romeu Zema (Novo), eleitos, respectivamente, governadores do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

O cientista político Antonio Lavareda, que é presidente do Conselho Científico do Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas), ressalta que, embora as pesquisas não tenham apontado a vitória dos dois, elas já apontavam uma tendência de crescimento.

"Nas pesquisas de véspera da eleição, pelo menos, já havia sinalização de crescimento do Witzel, do Zema, etc. Na verdade, o que houve nas últimas 48 horas, 24 horas antes da votação em 2018 — uma eleição crítica, uma eleição de mudança de paradigma de comportamento — foi uma onda bolsonarista que arrastou [para o cargo] alguns candidatos na reta final em alguns Estados", nota Lavareda.

Os números das pesquisas presidenciais

Vamos relembrar a evolução das pesquisas na última eleição presidencial.

Há quatro anos, as sondagens dos institutos brasileiros mais tradicionais indicavam, inicialmente, Lula como favorito para vencer a eleição. No entanto, o petista foi barrado daquela disputa presidencial em 1º de setembro de 2018 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) porque estava condenado em segunda instância (as condenações foram anuladas em 2020).

Assim que o ex-presidente foi substituído por Fernando Haddad como candidato do PT na corrida presidencial daquele ano, Bolsonaro passou liderar as principais pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno.

Vejamos os dados de 2018 do Ibope, instituto de longa tradição no Brasil que fechou as portas em 2021 e cujos executivos fundaram o atual Ipec.

No levantamento Ibope divulgado em cinco de setembro, Bolsonaro aparecia com 22% das intenções de voto, seguido por Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT), cada um com 12%. Logo atrás vinha Geraldo Alckmin (PSDB), com 9%, e Haddad, com 6%. Outros concorrentes somavam 11%. Havia ainda 21% de pessoas com intenção de votar branco ou nulo, e outros 7% que ainda não sabiam em quem votar ou não responderam.

Nas semanas seguintes, as intenções de voto de Bolsonaro e Haddad cresceram continuamente, deixando para trás os demais concorrentes. No levantamento Ibope divulgado em 6 de outubro, véspera do primeiro turno, Bolsonaro aparecia com 36% ante 22% de Haddad.

Já Ciro aparecia quase estável, com 11%, Alckmin havia caído um pouco mais para 7%, e Marina havia derretido para 3%. A soma dos demais candidatos também recuou para 8%. O percentual dos que pretendiam votar branco ou nulo também teve queda expressiva (7%), enquanto os que não sabiam em quem votar ficou em 5%.

Ou seja, ao longo da campanha de primeiro turno, Bolsonaro e Haddad conseguiram atrair votos de outros candidatos, assim como eleitores que antes estavam indecisos ou pretendiam anular seu voto.

Considerando apenas os votos válidos (sem contabilizar brancos e nulos, dado que é usado pelo TSE para definir os eleitos), Bolsonaro tinha naquela pesquisa 41%, enquanto Haddad tinha 25%.

Já na pesquisa de boca de urna, que é realizada no dia da votação, o desempenho dos dois candidatos ficou muito próximo do resultado final. O levantamento do Ibope de sete de outubro mostrou o então candidato do PSL com 45% dos votos válidos, e o petista com 28%. Já o resultado do TSE foi 46% para Bolsonaro e 29% para Haddad, ou seja, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais da pesquisa de boca de urna.

"A pesquisa não tem o papel de antecipar o resultado eleitoral. A pesquisa eleitoral capta atitudes e as intenções de voto, não mede o comportamento do eleitor. Apenas as pesquisas de boca de urna (feitas no dia da votação, logo que as urnas fecham) podem ser comparadas com os resultados oficiais, pois estas estão medindo comportamento", afirma Cavallari.

Embora as pesquisas não tenham a função de prever o resultado das urnas, elas costumam captar bem qual a tendência da evolução do voto. "Via de regra, observamos que os resultados oficiais são um ponto a mais nas curvas de tendência apontadas pelas pesquisas", ressalta a diretora do Ipec.

Pesquisas Ibope para o primeiro turno de 2018. Evolução das intenções de voto - votos válidos (em %).  .

A evolução das intenções de voto para o primeiro turno de 2018 captada nas pesquisas Ibope foi a mesma de outros institutos, como Datafolha e Ipespe.

Para Lavareda, Haddad cresceu e chegou ao segundo turno devido a uma transferência dos votos de Lula para o novo candidato do PT.

Já Bolsonaro foi capaz de catalisar o forte sentimento contrário aos partidos políticos mais tradicionais, em especial o antipetismo, que marcou a disputa de 2018. Na medida em que ele despontou como o o candidato mais forte para derrotar o PT, partido que havia ganhado as quatro eleições presidenciais anteriores, Bolsonaro cresceu na preferência do eleitor que não desejava um novo governo petista naquele momento, analisa o cientista político.

As pesquisas sobre segundo turno

Ao questionar a credibilidade das pesquisas, apoiadores de Bolsonaro costumam dizer que os levantamentos sobre o segundo turno de 2018 mostravam que o atual presidente perderia contra todos os outros principais concorrentes.

Nas redes sociais, o argumento costuma vir acompanhado de uma pesquisa do Datafolha de 28 de setembro de 2018, ou seja, mais de uma semana antes do primeiro turno (7 de outubro).

Pule Twitter post, 1

Final de Twitter post, 1

Essa sondagem mostrava que, naquele momento, as intenções de voto indicavam a derrota de Bolsonaro para Haddad (45% a 39%), Alckmin (45% a 38%) e Ciro (48% a 38%).

As três pesquisas seguintes do Datafolha, porém, já mostravam Bolsonaro numericamente à frente de Haddad em um possível segundo turno, embora empatados dentro da margem de erro. Na última delas, na véspera do primeiro turno de 2018, o então candidato do PSL aparecia com 45% das intenções de voto em um eventual segundo turno contra o petista, que, por sua vez, marcava 43%.

Com o resultado da votação do primeiro turno confirmando a disputa entre Bolsonaro e Haddad, todas as pesquisas realizadas durante a campanha do segundo turno passaram a captar uma larga vantagem do atual presidente sobre o candidato petista.

"Nós fazemos as simulações de segundo turno no decorrer do primeiro turno, elas refletem a opinião do eleitor nesse momento de primeiro turno. O segundo turno é outra eleição, nós começamos do zero, não consideramos os resultados dessas simulações obtidas no primeiro turno", disse à reportagem Luciana Chong, diretora do Datafolha.

Intenção de voto para o 2º turno de 2018 (Datafolha). Evolução dos votos válidos - em %.  .

O último Datafolha, divulgado na véspera do segundo turno, indicava Bolsonaro com 55% dos votos válidos e o petista com 45%. O resultado das urnas contabilizado pelo TSE foi: Bolsonaro eleito com 55,13% dos votos válidos, Haddad derrotado com e 44,87%.

"Pesquisa não é prognóstico, mas a pesquisa deve dar pelo menor uma ideia de ordem de colocação (dos candidatos) e de uma certa distância (entre eles). E as pesquisas de segundo turno (de 2018) apresentaram isso: ordem correta e uma certa distância parecida com o que deu", nota Lavareda, do Ipespe.

Surpresas nas disputas estaduais

A credibilidade dos institutos de pesquisa também tem sido questionada devido a grandes diferenças observadas em 2018 entre o resultado das urnas e as pesquisas de intenção de voto em algumas disputas estaduais.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o governador que acabou eleito, Wilson Witzel (PSC), aparecia na pesquisa Ibope divulgada na véspera do primeiro turno empatado em terceiro lugar com Índio da Costa (PSD), com 12% das intenções de votos válidos, atrás de Eduardo Paes (DEM), com 32%, e Romário (Podemos), com 20%.

Já a pesquisa de boca de urna do mesmo instituto, feita no dia da votação, já mostrava ele em primeiro lugar, com 39% da preferência do eleitor (considerando votos válidos), seguido de Paes (21%), números muito próximos do resultado das urnas (41,28% para Witzel e 19,56% para Paes).

Witzel acabou derrotando Paes no segundo turno, cenário antecipado pelas pesquisas dos principais institutos realizadas após o primeiro turno.

Eleição para governador do Rio em 2018. Evolução dos votos válidos (Ibope).  .

Movimento semelhante aconteceu em Minas Gerais, em que o atual governador, Romeu Zema (Novo), também saiu de terceiro na pesquisa Ibope da véspera da eleição para primeiro lugar no resultado do TSE para o primeiro turno. Na etapa final, ele enfrentou e derrotou Antonio Anastasia (PSDB), resultado antecipado pelas pesquisas do segundo turno.

Também chamou atenção a disputa mineira pelo Senado. As pesquisas indicavam que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) seria eleita. Ela terminou em quarto lugar e foram eleitos Rodrigo Pacheco (DEM) e o Jornalista Carlos Viana (PHS).

Algo em comum entre Witzel, Zema, Viana, e outros candidatos eleitos em 2018, é que eles disputavam um cargo político pela primeira vez e venceram colando suas candidaturas na de Bolsonaro.

Conforme explicou Lavareda, houve uma onda bolsonarista na eleição de quatro anos atrás que impulsionou uma série de candidatos desconhecidos. Além disso, ele ressalta que é mais comum o resultado das urnas divergir das pesquisas para eleições estaduais, que medem as intenções de voto para o governador e Senado, do que das pesquisas para presidente.

Isso ocorre não por causa de "erros" das pesquisas, ressalta Lavareda, mas porque nas eleições estaduais é mais comum que uma parcela maior de eleitores só defina seu voto muito próximo do pleito ou mesmo no dia da votação.

A pesquisa do Ibope para o Senado de Minas Gerais divulgada dia 6 de outubro (véspera do primeiro turno), aquela que dava vitória para Dilma, indicava que 31% dos eleitores não sabiam ainda em quem votar, por exemplo.

Para Lavareda, a eleição de 2022 terá menos surpresas porque neste ano não há mais aquela onda antipolítica que marcou o pleito de 2018.

"Teremos muito menos mudanças abruptas de última hora, mas pode acontecer. Nas eleições para Senado, por exemplo, em que é baixíssima a taxa de interesse do eleitor, o que podemos ver pela intenção de voto espontânea (quando a pesquisa pergunta a intenção de voto antes de apresentar os nomes dos candidatos)", nota Lavareda.

"A intenção de voto espontânea na pesquisa para eleição presidencial é elevadíssima. Já para governador é menos elevado e para senador é baixo. As pessoas vão formar sua preferência na última hora", reforça.

- Este texto foi publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-63014969