terça-feira, 31 de outubro de 2023

Bolsonaro quis esconder alvos da PF no Alvorada, diz Cid em delação

 

Mauro Cid foi ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro
Mauro Cid foi ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro
FREDERICO BRASIL/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
 
  
Bolsonaro quis esconder alvos da PF no Alvorada, diz Cid em delação
Do UOL

Esconderijo do crime. Em depoimento na delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid, preso por suspeita de fraude em vacinas, afirmou à Polícia Federal que o então presidente Jair Bolsonaro quis esconder no Palácio da Alvorada dois alvos investigados por ataques às instituições democráticas. O plano, escreve Aguirre Talento, era impedir que o influencer bolsonarista Oswaldo Eustáquio e o youtuber Bismark Fugazza fossem presos. Leia aqui.

O TSE conclui nesta terça (31) o julgamento de ações sobre uso eleitoral do 7 de Setembro de 2022 por Bolsonaro e seu candidato a vice-presidente, o general Braga Netto. O placar está em 2 a 1 pela condenação à inelegibilidade. Braga Netto está na mira da Justiça Eleitoral: dois votos propõem punição por multa ao general ou impedimento de concorrer nas eleições.

Cessar-fogo longe, o terror em Gaza e o marketing do terror

 

Fumaça e poeira após ataque aéreo israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nesta segunda-feira (30)
Fumaça e poeira após ataque aéreo israelense em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, nesta segunda-feira (30)
SAID KHATIB / AFP
 
  
Cessar-fogo longe, o terror em Gaza e o marketing do terror
Roger Modkovski

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira (30) que Israel não pretende entrar em um acordo de cessar-fogo com o Hamas na Faixa de Gaza, depois de 24 dias da guerra que se seguiu ao ataque terrorista do grupo extremista palestino ao território israelense.

Na madrugada desta segunda, as tropas israelenses afirmaram ter realizado ataques contra cerca de 600 alvos do Hamas em Gaza, incluindo locais de armazenamento de armas, esconderijos e locais de preparação enquanto a incursão continua a expandir as operações terrestres. Palestinos no norte de Gaza relataram ataques aéreos e de artilharia. Os mísseis israelenses atingiram áreas próximas dos hospitais Al-Shifa e Al-Quds.

A situação humanitária do território palestino segue cada vez mais precária.

Leonardo Sakamoto deu voz a uma palestina que denunciou que o Exército de Israel, após ter ordenado que mais de um milhão de palestinos evacuassem suas casas no norte do território, também está bombardeando o sul, que em tese seria mais seguro. Segundo ela, "hoje não há lugar seguro em Gaza".

Comentando a fala de Netanyahu descartando o cessar-fogo, Sakamoto também afirma que, ao agir assim, Israel "se equipara ao terrorismo do Hamas".

O colunista Rodrigo Ratier também ouviu um palestino do sul de Gaza que relatou destruição de lares, falta de água, eletricidade e tudo. "Não somos o Hamas. Somos civis. Rezem por nós", diz o homem identificado como Abdel, em uma mensagem desesperada.

E Tales Faria alerta para o fato de que, nesta guerra, está sendo usado o "marketing do terror", com imagens de barbaridades cometidas de lado a lado sendo difundidas para ajudar a conquistar corações e mentes para uma ou outra versão do conflito. "É impressionante como vivemos um período triste da humanidade", diz Tales.

Leonardo Sakamoto: Israel joga bomba no Sul de Gaza depois de nos mandar para cá, diz moradora

Leonardo SakamotoAo negar cessar-fogo, Israel se equipara ao terror do Hamas

Leonardo SakamotoMinistério de Israel sugere remoção forçada de moradores de Gaza ao Egito

Rodrigo Ratier'Última mensagem': palestino relata caos e diz que Sul de Gaza não é seguro

Tales FariaMarketing do terror será outro efeito colateral da guerra de Israel

Wálter MaierovitchPausa humanitária vem aí, via política. A matança tem de parar em Gaza

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

ONU aprova trégua em Gaza, mas Israel mantém ofensiva e mundo teme escalada

 

Bombardeio intenso na Faixa de Gaza na noite desta sexta-feira (27)
Bombardeio intenso na Faixa de Gaza na noite desta sexta-feira (27)
Reprodução de vídeo via AFP - 27.out.2023
 
  
ONU aprova trégua em Gaza, mas Israel mantém ofensiva e mundo teme escalada

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta sexta-feira (27) por ampla maioria uma resolução que pede uma "trégua humanitária" imediata na guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. O texto teve 120 votos a favor -inclusive o do Brasil-, 14 contra -inclusive os de Israel e dos EUA- e 45 abstenções.

A adoção tem apenas caráter de recomendação e coincide com uma ofensiva militar israelense sobre o território palestino, gerando temores de uma escalada na crise.

O serviço de telefonia móvel e de internet em Gaza foi cortado após bombardeios nesta tarde. O apagão de telecomunicações é mais uma mostra da deterioração da situação humanitária em Gaza e também seria um indício de que a invasão da região por terra pelas tropas israelenses, em represália ao ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro, seria iminente.

O colunista Josias de Souza criticou a inoperância da diplomacia internacional e afirmou que a expectativa de que uma resolução da ONU vá frear a guerra entre palestinos e israelenses é apenas um "teatro", com efeito meramente "decorativo".

Josias também estranha o fato de Yair, filho do premiê Benjamin Netanyahu, estar na Flórida publicando posts para encorajar as tropas israelenses que vão arriscar suas vidas no campo de batalha, quando ele mesmo, aos 32 anos, é um reservista.

Já Tales Faria mostra a preocupação de que a guerra envolva as potências bélicas mundiais e evolua para um conflito nuclear. "Nesse momento, qualquer coisa que seja feita para evitar um conflito final é o ideal", diz, referindo-se às tratativas diplomáticas.

Finalmente, a colunista Cristina Fibe faz um paralelo entre a guerra em Gaza e a violência miliciana no Rio, explicando que em ambos os casos as mulheres são vítimas da chamada "masculinidade bélica". "Invisíveis e silenciadas, elas pagam um preço alto pela lógica bélica masculina", diz.

Jamil ChadeAssembleia da ONU aprova 'trégua' em Gaza; Israel e EUA votam contra

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sexta-feira, 27 de outubro de 2023

EXCLUSIVA!!! Prefeito de Itinga do Maranhão Lúcio Flávio está há um passo de CASSAÇÃO do mandato pela câmara municipal.

A Juíza de Direito Vanessa Machado Lordão negou o efeito Liminar pedido pelo prefeito que responde em Comissão Processante instalado pela Câmara Legislativa por acusação de desvio de dinheiro Público, e o processo de Cassação de Lúcio é questão de pouco tempo agora.

Prefeito de Itinga do Maranhão, Lúcio flávio.
Os próximos passos da Comissão Processante, como já se encerrou as oitivas de instrução, é preparar o relatório final para em seguida ser colocado em apreciação do plenário da Câmara de Itinga do Maranhão, que vai decidir pela CASSAÇÃO ou não o atual prefeito da cidade.

O presente momento, pelas manifestações dos Edis, já há votos suficientes pela CASSAÇÃO de Lúcio Flávio.

Na decisão, a magistrada entendeu que, que não há prova pré-constituída das situações e fatos informados, de modo a ocasionar o deferimento do pedido liminar formulado pelo prefeito Lúcio Flavio.

Ademais, a intervenção do Poder Judiciário nos atos praticados pelos demais Poderes é excepcional, salvo em casos de lesão à ordem jurídica e constitucional.

A Juíza também entendeu que, a intervenção do Poder Judiciário nos atos praticados pelos demais Poderes é excepcional, salvo em casos de lesão à ordem jurídica e constitucional.

Por todo exposto e com base na fundamentação supra, a juíza indeferiu o pedido liminar pleiteado pelo prefeito de Itinga do Maranhão e a Comissão Processante que pode culminar com a Cassação do chefe do executivo, já nas próximas sessões ordinárias.

DECISÃO:

É o relatório. Decido. 

Consiste o mandado de segurança em ação constitucional utilizada para tutela de urgência, em face do poder público, de direito líquido e certo diante de lesão ou ameaça de lesão. O inciso LXIX do art. 5º da Constituição, acerca da garantia constitucional do mandado de segurança, enuncia conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.

O direito líquido e certo protegido por mandado de segurança é aquele “que se apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração” (MEIRELES, Hely Lopes. Mandado de Segurança, 26. Ed. São Paulo: Malheiros, 2003, p. 36-37). É, em síntese, aquele comprovado de plano, exigindo prova pré-constituída de situações e fatos que alicerçam o direito sustentado pelo demandante.

Nesse sentido, a doutrina elenca quatro requisitos para o cabimento do mandado de segurança: I) ação comissiva ou omissiva da autoridade pública ou agente particular que atua por delegação no exercício da função pública, II) ilegalidade ou abuso de poder, III) lesão ou ameaça a direito e IV) proteção ao direito líquido e certo; não amparado por habeas corpus ou habeas data.

No que tange ao direito líquido e certo, na clássica lição de Hely Lopes Meirelles, “é o que se apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercido no momento da impetração” (Mandado de Segurança, Ação Popular, Ação Civil Pública, Mandado de Injunção, Habeas Data, p. 25); ou seja, é o alto grau de plausibilidade, comprovado de plano.

Ainda nesse condão, é cediço que a complexidade dos fatos e do direito invocado não afastam, por si só, as hipóteses de cabimento do mandado de segurança, desde que sejam eles incontroversos. O writ só é afastado pela complexidade processual, ou seja, com a necessidade de elucidar fatos através da instrução probatória, eis que no remédio constitucional a plausibilidade do direito alegado deve ser comprovada de plano, através de prova pré-constituída.

A finalidade do Mandado de Segurança está adstrita à invalidação de atos de autoridade ou a supressão de efeitos de omissões administrativas capazes de lesar direito líquido e certo, seja individual ou coletivo, não admitindo dilação probatória, comportando unicamente prova documental e previamente constituída.

No tocante à legitimidade, tem-se que ancorados nos preceitos que potencializam o princípio da aplicabilidade imediata dos direitos fundamentais, pode-se dizer que são legitimados para impetrar a referida ação constitucional, não só a pessoa física, como a jurídica, nacional ou estrangeira, residente ou não no Brasil, bem como os órgãos públicos despersonalizados e as universalidades reconhecidas por lei. Num. 104909961 - Pág. 2 Assinado eletronicamente por: VANESSA MACHADO LORDAO - 27/10/2023 09:34:50 https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23102709345077000000097672159 Número do documento: 23102709345077000000097672159

Ademais, no que se refere ao polo passivo, nota-se que o mandado de segurança será manejado em face da autoridade impetrada que, por sua vez, será também a autoridade pública, ou o agente particular que atue no exercício de atribuições do poder público, por meio de delegação.

De início, com a devida vênia ao Parquet, entendo que não houve perda do objeto da demanda, como alegou o representante do órgão ministerial, tendo em vista que o impetrante requereu a nulidade de todos os atos praticados pela comissão processante na petição inicial.

Assim, passo a analisar o pedido liminar formulado no presente mandamus.

Com efeito, verifica-se que foi indicado nas informações prestadas (ID 104451286) que a Comissão apura se houve superfaturamento na aquisição do Material Didático da Língua Inglesa Adquirido para a Rede de Ensino sem Licitação, bem como pagamento milionário e indevido feito de forma antecipada.

Como manifestado pelo Ministério Público(ID 104667881), não há demonstração inequívoca, pelo impetrante, acerca da situação narrada quanto às testemunhas e da relação direta do objeto da apuração com a declaração de falsidade na assinatura aposta no Parecer Técnico, de modo que a análise de superfaturamento e comprovação de pagamentos, em situações da espécie, são comprovadas por meio de análise documental (notas fiscais, notas de empenho, transferências bancárias, ordenação de despesas, dentre outros), observando-se que o referido documento (ID 104451289) não versa acerca de valores.

O art. 72, inciso VII, da Lei nº 14.133/2021 assim dispõe: Art. 72. O processo de contratação direta, que compreende os casos de inexigibilidade e de dispensa de licitação, deverá ser instruído com os seguintes documentos: (...) VII - justificativa de preço; O art. 26, parágrafo único, inciso III, da Lei nº 8.666/1993 reza: Art. 26.

As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexigibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, e o retardamento previsto no final do parágrafo único do art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição para a eficácia dos atos.

Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibilidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será instruído, no que couber, com os seguintes elementos: (...) III - justificativa do preço.

A esse respeito, do cotejo probatório dos autos, verifico que não há prova pré-constituída das situações e fatos informados, de modo a ocasionar o deferimento do pedido liminar formulado.

Na hipótese em apreço, consoante informado nos autos, o cerne da questão a ser apurada se relaciona ao superfaturamento da compra de material didático, fato que não foi refutado pelo Num. 104909961 - Pág. 3 Assinado eletronicamente por: VANESSA MACHADO LORDAO - 27/10/2023 09:34:50 https://pje.tjma.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23102709345077000000097672159 Número do documento: 23102709345077000000097672159 impetrante em sua petição apresentada após as informações prestadas(ID 104753961), sendo que eventual falsidade ou não do referido documento, o qual não versa acerca de preços ou orçamentos, deverá ser objeto de investigação própria.

Ademais, a intervenção do Poder Judiciário nos atos praticados pelos demais Poderes é excepcional, salvo em casos de lesão à ordem jurídica e constitucional

Por todo exposto e com base na fundamentação supra, indefiro o pedido liminar pleiteado na hipótese.

Notifiquem-se as partes impetradas acerca do conteúdo da petição inicial, enviando-lhes a segunda via apresentada com as cópias dos documentos juntados, a fim de que prestem as informações complementares que julgarem pertinentes ao vertente caso, no prazo de 10 (dez) dias, nos termos do art. 7o, I, da Lei no 12.016/2009.

Dê-se Ciência do feito ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada, enviando-lhe cópia da inicial sem documentos, para que, querendo, ingresse no feito.

Intimem-se as partes desta decisão. Após o decurso do prazo, com ou sem apresentação de informações, remetam-se os autos processuais ao Ministério Público, para fins do disposto no Art. 12, caput , da Lei no12.016/2009.

Ato contínuo, retornem conclusos para julgamento. Quanto à citada falsidade documental, dou por cientificado o Parquet, nos termos do art. 40 do Código de Processo Penal.

Aviões militares dos EUA atacam alvos ligados ao Irã na Síria

 

O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin
REUTERS/Leah Millis
 
  
Aviões militares dos EUA atacam alvos ligados ao Irã na Síria
Do UOL

Na madrugada desta sexta (27), os Estados Unidos realizaram dois ataques aéreos contra instalações usadas pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã no leste da Síria. A ação militar é retaliação a uma série de bombardeios recentes com foguetes e drones contra as forças norte-americanas localizadas no Iraque e também na Síria.

Lloyd Austin, secretário de Defesa, tentou separar as ações norte-americanas do atual conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas. "Esses ataques de autodefesa tinham como objetivo exclusivo proteger e defender os americanos no Iraque e na Síria", disse Austin. "Eles são separados e distintos do conflito entre Israel e o Hamas e não constituem uma mudança na nossa abordagem". O conflito no Oriente Médio escala, avança para o 21º dia e Israel segue preparando a entrada por terra na Faixa de Gaza, depois de mandar os tanques na frente, na véspera.

Matança e uso indecente de crianças na guerra. Apenas uma semana atrás, o número de crianças mortas na Faixa de Gaza, atacada por bombardeios de Israel, estava em 1.500. O número de vítimas fatais entre civis menores de idade dobrou em poucos dias e agora chega a 3.000, segundo autoridades da Palestina.

Considerando os 21 dias da guerra, são cerca de 140 mortes de crianças por dia, apenas na Faixa de Gaza. O massacre inclui as que morrem na hora dos ataques, as que agonizam sob os escombros, as que conseguem resgate, mas estão tão feridas ou queimadas que falecem nos hospitais. Segundo a Euro News, as crianças estão sendo usadas como armas de desinformação pelos dois lados: há vídeos compartilhados por pessoas pró-Palestina que acusam Israel de estarem violando direitos das crianças, e há pessoas pró-Israel compartilhando vídeos de supostas crianças judias sendo presas pelo Hamas.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Ataque a tiros mata 22 e deixa dezenas de feridos nos EUA

 

O centro médico de Lewinston, no Maine, recebeu as vítimas dos ataques do atirador
O centro médico de Lewinston, no Maine, recebeu as vítimas dos ataques do atirador
WGME
 
  
Ataque a tiros mata 22 e deixa dezenas de feridos nos EUA
Do UOL

Militar da reserva provoca massacre. Em Lewinston, cidade do Maine (EUA), um atirador abriu fogo em vários locais e provocou um massacre. Ao menos 22 pessoas foram mortas, segundo as autoridades locais, e o número de feridos chega a 60.

Em nota, o Centro Médico do Maine informou estar reagindo a um "evento de vítimas em massa". O local foi fechado para atender aos feridos no massacre, um número sem precedentes na região. O atirador foi identificado como Robert Card, instrutor de tiro que fazia parte do corpo de reserva do exército norte-americano. Ele havia sido afastado recentemente do cargo por apresentar problemas de saúde mental. Leia aqui.

A expectativa da invasão terrestre de Gaza e os ecos da guerra pelo mundo

 

Destruição se aprofunda na Faixa de Gaza após 19 dias de guerra
Destruição se aprofunda na Faixa de Gaza após 19 dias de guerra
Ibraheem Abu Mustafa - 25.out.2023/Reuters
 
  
A expectativa da invasão terrestre de Gaza e os ecos da guerra pelo mundo
Roger Modkovski

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou mais uma vez nesta quarta-feira (25) que o país se preparava para invadir a Faixa de Gaza por terra. Pouco depois, o Wall Street Journal informou que, a pedido dos EUA, Israel adiou o ataque.

A expectativa da investida e a paralisia diplomática da ONU aumentam os temores de que a guerra entre Israel e o movimento extremista palestino Hamas vá ser duradoura, com impacto global e inclusive no Brasil.

Ainda nesta quarta, ataques israelenses atingiram "infraestrutura militar" e locais de lançamento de morteiros do Exército da Síria, depois de foguetes terem sido disparados contra comunidades israelense nas colinas de Golã, segundo as Forças de Defesa de Israel. A ação teria matado oito soldados sírios e ferido sete, segundo a Al Jazeera.

Os ecos da guerra sentem-se em corações e mentes no mundo e no Brasil.

Leonardo Sakamoto relata que uma família muçulmana de refugiados do Afeganistão, que veio escapar dos fundamentalistas do Talibã, foi xingada e agredida nas ruas do bairro paulistano do Bom Retiro -conhecido historicamente pela boa convivência entre povos imigrantes. Segundo Sakamoto, os agressores demonstram que "tempos de guerra não criam imbecis, apenas tornam o ambiente confortável para que eles se sintam à vontade".

Já José Roberto de Toledo analisa uma pesquisa Gallup que afirma que a guerra está aprofundando a tendência de descrédito dos meios de comunicação em massa. Ele cita como exemplo o incidente do bombardeio do hospital em Gaza, que primeiro foi creditada pela imprensa a Israel, e depois a aliados ao Hamas.

E Rodrigo Casarin analisa "Detalhe Menor", romance da palestina Adania Shibli, que pelos caminhos da literatura e da história recria um incidente de 1949 para tentar explicar "como palestinos vêm sendo trucidados há décadas" na região. Adania alcançou notoriedade recente após ter sido "desconvidada" da Feira do Livro de Frankfurt por causa da guerra no Oriente Médio.

Jamil ChadeVetos de EUA, China e Rússia paralisam ONU diante de guerra em Gaza

Leonardo SakamotoViolência islamofóbica sai à rua em SP com conflito entre Israel e Hamas

Leonardo SakamotoEUA e Rússia não parecem querer que paz avance em Gaza

José Roberto de ToledoGuerra aprofunda descrédito de meios de comunicação de massa, diz Gallup

Página CincoAdania Shibli: livro mostra violências que há décadas amedrontam palestinos

Página CincoÉ lamentável ver a maior feira de livros do mundo silenciar a literatura

Wálter MaierovitchEsquerda e direita entram na guerra Hamas x Israel

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

À espera da ajuda humanitária, Gaza corre risco de genocídio, diz ONU

 

Civis palestinos procuram sobreviventes nos escombros de edifício atingido em bombardeio israelense em Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza, nesta quinta (19)
Civis palestinos procuram sobreviventes nos escombros de edifício atingido em bombardeio israelense em Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza, nesta quinta (19)
MAHMUD HAMS/AFP
 
  
À espera da ajuda humanitária, Gaza corre risco de genocídio, diz ONU
Roger Modkovski

A passagem de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza, deve ser aberta nesta sexta-feira (20), segundo a imprensa egípcia. Mas a prevista entrada de ajuda humanitária para a população civil no território palestino é considerada uma "gota no oceano" pela Organização Mundial da Saúde e não resolve a crise humanitária na região sob ataque de Israel.

Leonardo Sakamoto conversou com pessoas que estão na região e afirmaram que os mantimentos prestes a entrar estão sendo encarados como "migalhas", insuficientes para as necessidades das populações civis, e entregues por EUA e Israel para "ficarem bem" perante a opinião pública internacional.

Nesta quinta-feira (19), a ONU denunciou, relata Jamil Chade, que há corpos de palestinos em decomposição em Gaza e que 100 mil edifícios residenciais da região foram atingidos por bombardeios.

Relatores da ONU denunciaram o risco de ocorrer um genocídio contra os palestinos e acusaram Israel -que afirma estar atacando para defender sua própria população após o ataque terrorista lançado pelo grupo extremista palestino Hamas a seu território em 7 de outubro.

José Roberto de Toledo analisa como anda a "batalha de versões" sobre a guerra no WhatsApp. Segundo ele, a disputa entre a esquerda pró-palestinos e a direita pró-israelenses está "empatada", depois de um primeiro momento em que mensagens a favor de Israel predominaram.

Jamil ChadeAjuda a Gaza é 'gota no oceano' e não há como evitar desvios, diz OMS

Leonardo SakamotoEUA e Israel anunciam migalhas a Gaza para ficarem bem no mundo

Jamil ChadeONU denuncia corpos em decomposição em Gaza e 100 mil casas atingidas

Jamil ChadeRelatores da ONU acusam Israel de crime contra humanidade e temem genocídio

Josias de SouzaBiden dispensa asas da ONU e pula no escuro com Netanyahu

Josias de SouzaLula lamentou não poder viajar ao Egito para reunião sobre guerra

Wálter MaierovitchAtaque ao hospital em Gaza mostra o desprezo ao direito internacional

Alicia KleinMo Salah, ataques a Gaza e a importância de celebridades

Milly LacombeQuantas fotos de crianças mortas somos capazes de ver antes de enlouquecer?

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

O chocante veto dos EUA aos planos brasileiros pela paz entre Palestinos e Israelenses

Em Nova York, bem longe dos destroços e do cheiro de morte que se intensifica na Faixa de Gaza, uma votação na ONU, na quarta (18), revelou um incômodo concurso de beleza (ou disputa de poder) na diplomacia mundial. O colunista Kennedy Alencar afirmou que o Brasil foi vítima de sabotagem em votação do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre a guerra entre o grupo Hamas e Israel. "Os Estados Unidos sabotaram o Brasil na ONU e estão estimulando um massacre em Gaza", disse

Uma resolução do Brasil longamente discutida com diplomatas de vários países recebeu o apoio da maioria dos votantes, mas um único veto, dos Estados Unidos, derrubou a proposta. Chineses e russos fizeram duras críticas aos EUA. Leia aqui. No programa O É da Coisa, Reinaldo Azevedo falou em perversidade e apontou contradições na decisão norte-americana. "Washington deixa claro que a verdadeira diplomacia mundial é a vontade dos EUA". Veja o programa.

Sexto avião da FAB com resgatados da guerra chega ao Brasil

 

Avião KC-30 (Airbus A330 MRTT), o maior já operado pela FAB, é utilizado em repatriação de brasileiros
Avião KC-30 (Airbus A330 MRTT), o maior já operado pela FAB, é utilizado em repatriação de brasileiros
Suboficial Johnson Barros/Força Aérea Brasileira
 
  
Sexto avião da FAB com resgatados da guerra chega ao Brasil
Do UOL

Com 219 passageiros, aterrissou no aeroporto do Galeão, no Rio, nesta madrugada (19), o sexto avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que busca brasileiros em fuga do conflito no Oriente Médio. Eles embarcam em Israel. Ao todo, 1.135 pessoas e 35 animais de estimação já foram repatriados pelo governo federal.

Em relação aos brasileiros que aguardam repatriação na Faixa de Gaza, perto do Egito, a situação segue complicada, à espera de resgate. Em Brasília, o médico palestino-brasileiro Ahmed Shehada conta que perdeu o contato com os filhos que moram em Gaza. "Todos estão em perigo, não sei quem está vivo". Leia aqui.

Diplomacia tem impasse ante crise humanitária e mortes de civis em Gaza

 

Área do hospital Al-Ahli, destruído por uma explosão na terça-feira (17) na Faixa de Gaza
Área do hospital Al-Ahli, destruído por uma explosão na terça-feira (17) na Faixa de Gaza
STRINGER/REUTERS
 
  
Diplomacia tem impasse ante crise humanitária e mortes de civis em Gaza
Roger Modkovski

O veto dos EUA impediu o Conselho de Segurança da ONU de aprovar a resolução brasileira que propunha uma "pausa humanitária" na Faixa de Gaza para socorrer os civis vítimas do ataque de Israel ao território palestino.

O impasse agrava a crise política e humanitária na região e mostra a incapacidade da diplomacia para frear a guerra, ao mesmo tempo que protestos anti-Israel se alastram.

O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que o governo egípcio permitiu a entrada de ajuda humanitária em Gaza pela passagem de Rafah.

Mais cedo, o governo de Israel anunciou a criação de uma zona humanitária no sul de Gaza. Mas, ao mesmo tempo, bombardeios israelenses seguiam causando destruição e mortes em áreas de civis em campos de refugiados.

Leonardo Sakamoto criticou o veto americano na ONU, afirmando que a inação da diplomacia diante da guerra deve provocar um aumento no número de vítimas civis, pois, segundo ele, aparentemente algumas mortes importam menos que outras.

Jamil Chade informa que a Rússia quer convocar a Assembleia Geral da ONU para obter uma condenação de Israel, o que "driblaria" o poder americano de veto no Conselho de Segurança.

Reinaldo Azevedo especula sobre o foguete que destruiu o mais antigo hospital de Gaza na terça-feira e diz acreditar que foi realmente um acidente, pois o ataque em tese não interessaria a nenhum dos lados em guerra.