quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A decência, a demissão... Ou o naufrágio

* Por Anfrízio Menezes

Anfrízio Menezes"A maioria da população brasileira é formada por pessoas de bem, que trabalham dia e noite, que recolhem com grande dificuldade pelo menos quatro meses de salários por ano em impostos para permitir que o Estado promova o bem comum, mas ele não promove." Foi o que afirmou o atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, quando de sua posse à frente dessa importante instituição nacional.

Em seu discurso, em fevereiro de 2010, quando assumiu o comando da entidade que congrega nada menos de 700 mil profissionais da advocacia no país, Ophir Cavalcante alertou a Nação para o fato de que "o Brasil institucional, indispensável à democracia, carece de decência, pois não são os índices do PIB que expressam o avanço de um país, mas a conduta moral de seus dirigentes."

Naquela oportunidade, a posse, ele anunciou que em sua gestão à frente da OAB Nacional não descansará no combate intransigente à corrupção e à impunidade, diante das circunstâncias em que vive o Brasil. E asseverou: "Ou nos reencontramos com a decência ou naufragaremos, pois nenhum país avança, nenhum pais ingressa no Primeiro Mundo com as mãos sujas."

Ophir Cavalcante afirmou ainda que a OAB defende uma "revolução moral e ética" em favor da imensa maioria da população brasileira, lutando contra práticas políticas como o loteamento do Estado e o uso de cargos públicos para arrecadar dinheiro e financiar campanhas.

Ele exortou a sociedade brasileira a repudiar com veemência e não deixar impunes os recentes e inúmeros casos de corrupção registrados Brasil a fora, dizendo ser inconcebível que os envolvidos continuem em seus postos, e com a mais deslavada falta de vergonha.

Todas as veementes promessas feitas pelo corajoso e arrojado profissional do direito acima foram, de fato, severamente perseguidas... e a maioria cumprida.

Vem-me, portanto, a pergunta: o que fazer, então, o mais poderoso ser nesse contexto eleitoral, o ELEITOR?

Utilizar-se do seu poder supremo, o VOTO, e demitir esses “servidores” insubordinados e inoperantes urgentemente... No mais tardar, dia 07 de outubro vindouro. Eis a resposta!

Caso contrário, seremos nós (como sempre) os eternos “candidatos” ao naufrágio moral, ético, social, econômico... desse País!

* Anfrízio Menezes é advogado e sócio do escritório MENESES & CARVALHO – Advogados Associados.

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