quarta-feira, 1 de julho de 2009

Cafeteira paga condomínio em SL com verba do Senado

O pagamento foi registrado como despesa com "aluguel de imóveis para escritório político.

Uma matéria publicada nesta quarta-feira, pelo jornal Folha de São Paulo, afirma que o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) o condomínio de seu apartamento em São Luís, no edifício Granville, com verba idenizatória do Senado.

O pagamento foi registrado na prestação de contas como despesa com "aluguel de imóveis para escritório político, compreendendo despesas concernentes a eles".

Segundo a matéria, o próprio gabinete do senador informou que o escritório funciona em uma sala de outro edifício na capital maranhense, cujo condomínio, de R$ 288, também é pago pelo Senado.

O recém-lançado site da transparência do Senado (www.senado.gov.br/sf/portaltransparencia) aponta que foram pagos R$ 1.835 em abril e R$ 2.075 em maio ao condomínio do edifício Granville.

Em meses anteriores, o Senado não detalhava quais empresas ou pessoas recebiam dinheiro referente à verba. Por isso, não é possível saber se houve outros pagamentos.A verba indenizatória, de R$ 15 mil por mês, é usada para reembolsar despesas como aluguel de escritórios nos Estados, combustível e divulgação da atividade parlamentar.

Aliado de José Sarney (PMDB-AP), Cafeteira é um dos personagens da crise pela qual passa o Senado. João Fernando Sarney, 22, neto do peemedebista, foi exonerado do gabinete dele em 2 de outubro de 2008, mas a publicação do ato de exoneração só ocorreu em 16 de abril de 2009. João Fernando recebia R$ 7.600.

Em São Luís, a Folha recebeu de um funcionário do edifício Granville a informação de que no local não funciona nenhum escritório de Cafeteira."Aqui é o apartamento dele. Ele não vem aqui. Só aparece uma moça para limpar na sexta", disse o funcionário.

Procurado, Cafeteira primeiro disse que o apartamento, cujo valor declarado à Justiça Eleitoral é R$ 114,2 mil, também serve como seu escritório. "Vocês [da imprensa] estão procurando coisas ruins."Depois, afirmou que numa emergência usou o apartamento como escritório em maio.

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