Os presos são acusados de fraudar o INSS.
Carolina Mello
Na manhã de ontem, a Operação Erva Daninha prendeu 14 pessoas em São Luís, Brejo e Chapadinha, suspeitas de cometerem crimes contra a Previdência Social. Cinco dos presos são funcionários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), e quatro são agenciadores. Os crimes eram cometidos através de um esquema entre funcionários do INSS, agenciadores e beneficiários ou falsos beneficiários.
Estima-se um prejuízo aos cofres da União de R$ 1.106.832,82, segundo apurado após análise de 379 benefícios previdenciários tomados apenas por amostragem. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa de ontem, na sede da Polícia Federal, por representantes da Força-Tarefa Previdenciária do Maranhão (FTP/MA) – formada por Polícia Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal.
De acordo com a delegada da Polícia Federal responsável pela investigação, Clarissa Dellandrea, o esquema era liderado por funcionários da Previdência, responsáveis pela habilitação e concessão irregular dos benefícios – a custa de dinheiro dos beneficiários ou falsos beneficiários – e agenciadores, a quem cabia fraudar os requerimentos de benefício com documentação falsa.
Terceiros colaboradores, incumbidos da adulteração dos documentos e aliciamento dos segurados, e os próprios segurados, cientes da fraude, colaboravam nos crimes. Os presos podem responder aos crimes de inserção de dados falsos ao sistema de computação, corrupção ativa e passiva, e formação de quadrilha.
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