* Por Anfrízio Menezes
Há pouco mais de um mês para o grande dia (03 de outubro); atravessada a quase invencível crise econômica mundial; passadas as festas juninas no nordeste; finalizadas as férias do meio do ano; superados (ou remediados) os problemas das enchentes de um lado e da seca de outro... Passada (e para muitos, já esquecida) a Copa do Mundo de Futebol, chegou-nos a hora de encararmos um novo desafio na vida nacional, desta vez muito mais sério do que qualquer disputa esportiva e mais preocupante do que as agruras acima.
Estamos prestes a escolher os nossos novos dirigentes, aqueles que serão responsáveis pelo nosso destino ao longo dos próximos anos.
Estamos agora, para valer, na disputa que realmente vai afetar a vida dos milhões de brasileiros. E para que a escolha seja a melhor possível, é preciso que cada eleitor reflita muito sobre a pessoa que vai merecer o seu voto, quer seja para deputado estadual ou federal, para governador, senador e presidente da república.
O destino do País está, sim, em nossas mãos, em nossos votos. E em tempos de “Ficha Limpa”, é preciso que a escolha recaia em quem estiver mais preparado (e sem manchas de sujeira).
É verdade que as ofertas são muitas. Assim como também são diversas as promessas. Mas não podemos acreditar na primeira palavra, na primeira situação que nos for colocada. É preciso pesar, medir, mensurar.
Voltemos à Copa do Mundo: nos dois últimos meses, nossa atenção esteve quase que exclusivamente voltada para os gramados da África do Sul. Agora, começará -- pra valer -- o campeonato que realmente nos importa. Aquele campeonato do qual sairão vencedores as mulheres e os homens que decidirão a vida de quase 200 milhões de brasileiros.
No caso do fatídico fracasso da seleção brasileira, todos nós tivemos a oportunidade de reclamar da zanga do Dunga, da falta de preparação e controle emocional de uns e da idiotice de outros jogadores. Mas, no caso do nosso voto, só poderemos reclamar de nós mesmos, eis que seremos diretamente responsáveis pelo sufrágio que elegerá o presidente da república, os governadores estaduais e os representantes nossos no legislativo.
Não haverá outra saída e desta vez não estará em jogo apenas a taça, a alegria de ser o vencedor, a tradicional volta olímpica... Mas o futuro de uma nação inteira!
Uma parte fundamental das mazelas políticas brasileiras decorre da continuação de práticas e comportamentos que precisam ser definitivamente extintas.
E o sentimento latente da maior parte de nossas elites políticas é de que é dona do patrimônio público e da vontade popular. Brincadeira!
Acordemos! Pois não é e nem deve ser assim. O eleitor é dono absoluto da sua vontade! E para ser mais dono ainda é preciso exercê-la com total isenção, com total independência!
O que se espera é que, em tempos de “Ficha Limpa”, o eleitor ajude a limpar o seu voto, não dando mandato a quem não merece.
Voto limpo!
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