* Por Anfrízio Meneses
Muitas lições podem ser tiradas das eleições municipais do último dia 07 de outubro.
Uma delas: o eleitor faz o que quer. Foi-se o tempo em que prevalecia a regra da “conveniência e oportunidade”. Na hora de compor o voto, a íntima convicção fala mais alto.
O eleitor coloca no mesmo pódio candidatos das mais diversas siglas partidárias (uma verdadeira salada mista). Numa clara demonstração de que o voto pode até ter um “preço”, dono jamais.
As urnas alertam que não se deve subestimar a capacidade do “Zé Povim”.
Quando ignorado, o eleitor fala através do voto. Clama, protesta, repudia, confirma, pede bis, bota fora.
Cada indicador transmite uma mensagem diferente. Votos válidos, brancos, nulos, abstenções, cada detalhe deve ser atentamente observado e servir de reflexão.
Em eleições apertadas como as registradas no Maranhão e em outros estados, o eleitor manda um recado duro não apenas para os que estão no poder, mas também para aqueles que almejam retomá-los: “situação, reveja seus conceitos; oposição: organize-se, prepare e viva a democracia”.
Sua excelência, o eleitor, é mesmo um bicho digno de estudo. E ao que tudo indica, o eleitor continua querendo protestar, brincar, pirraçar... Mas deseja, também, vencer na vida. Com respeito e dignidade, sem a necessidade de empenhar sua alma num projeto que nem é seu.
O Brasil, senhores, parece-nos que começa a ser passado a limpo (sem nenhum trocadilho à “ficha limpa”).
Quem não estiver disposto a mudar suas práticas e reconquistar a confiança do eleitor (sua excelência) vai ser banido sem dó para fora da política.
Assim dita a democracia. E como todo poder emana do povo, que seja respeitada a sua soberana decisão.
Mas com um detalhe: cada eleição é única. No próximo pleito, o recado pode ser outro.
Dá-lhe “Zé Povim”.
Oh, desculpa: dá-lhe sua excelência, o ELEITOR!
*Anfrízio Meneses é advogado.
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