* Por gilbertoleda
Interessante como setores da oposição comemoraram a suposta "rejeição" do secretário de Estado da Infraestrutura, Luis Fernando Silva (PMDB), na última pesquisa Econométrica de intenção de votos. O peemedebista é pré-candidato ao Governo do Estado pelo grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB).
Em primeiro lugar porque revela que, apesar de repetirem como um mantra que a fama de Luis Fernando não passa do Estreito dos Mosquitos, os oposicionistas se preocupam, sim, com o desempenho dele. E muito. Por isso tentam massificar a ideia de um politico rejeitado.
Em segundo, vêm os fatos. Segundo a Econométrica, o pré-candidato governista teria 33,5% de rejeição no Maranhão. Contra 25% de intenções de voto. E é nesse ponto que mora a contradição.
Como pode um candidato que sequer é conhecido no estado ser rejeitado dessa forma? Outros levantamentos já apontaram, por exemplo, que pelo menos 60% do eleitorado não sabe de quem se trata Luis Fernando.
Se 60 em cada 100 eleitores não o conhecem e algo em torno de 20 ou 25 em cada 100 votam nele, como outros 30, nesse mesmo universo, poderiam não votar "de jeito nenhum" no peemedebista? A conta não bate.
Mas faz todo o sentido do mundo se o caro leitor trocar o nome de Luis Fernando pela forma como ele é apresentado nessas pesquisas: Luis Fernando, o candidato do grupo Sarney.
Aí, não se pode negar, a rejeição cresce, porque a imagem do grupo - essa sim muito conhecida em todo o Maranhão - já tem o desgaste natural do tempo. E, ao ser apresentado assim, Luis Fernando atrai pra ele a rejeição de quem historicamente já não vota na situação.
Ocorre que essa é uma estratégia que só funciona em pesquisa, porque na eleição pra valer é que o candidato se apresenta tal e qual o eleitor o enxergará. E o esforço da oposição para tentar desqualificar o adversário - criando-se até um mito de rejeição - só mostra o quanto o desempenho de Luis Fernando os tem preocupado.
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