É amplamente desconfortável a situação do Governo do Estado diante do primeiro concurso público realizado pela gestão do governador Flávio Dino (PCdoB). Trata-se do polêmico certame para a Secretaria de Estado da Educação, que teve por finalidade a contratação de professores, de várias disciplinas, para a rede estadual.
Ocorre que, após numerosas denúncias e averiguação técnica, o Ministério Público Estadual constatou pelo menos 25 questões com indícios de plágio.
Os promotores de Justiça do Centro de Apoio Operacional da Educação (CAOp Educação) consideraram suspeitas oito das 30 questões, ou seja, 26%, da prova comum a todos os candidatos.
Verificaram também a identificação de problemas nas provas de conhecimentos específicos nas áreas de Arte, Língua Inglesa, Física e Geografia. No caso de Física, por exemplo, oito das 40 questões (20%) teriam indícios de plágio.
Para o Ministério Público, a existência de questões supostamente copiadas de outras provas fere os princípios da igualdade de condições entre os candidatos e da moralidade.
O órgão, que já assegurou que tomará as medidas cabíveis, aguarda a manifestação do Governo do Estado e da Fundação Sousândrade, que foi quem aplicou as provas, até o dia 15.
Depois disso, decidirá se pedirá ou não à Justiça o cancelamento do concurso do Estado.
Mancha
O primeiro concurso público realizado pelo Governo do Estado ganhou notoriedade, infelizmente, não pelo sucesso que poderia ter sido, mas por uma sucessão de erros.
Além de questões possivelmente copiadas, há denúncias de violação dos malotes de provas, ausência de cotas para pessoas que se autodeclaram negros, parentesco entre candidatos e membros da comissão do concurso.
Outra denúncia grave diz respeito à ausência de prova prática para os cargos relacionados ao ensino da Língua Brasileira de Sinais.
Da coluna Estado Maior
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