Redução
pode gerar, em 2018, R$ 3 bilhões de economia ao governo, que ontem propôs
revisão da meta fiscal devido à arrecadação abaixo da prevista.
O
governo baixou em R$ 10, de R$ 979 para R$ 969, a previsão para o salário
mínimo em 2018. A redução, se confirmada, deve gerar uma economia de R$ 3
bilhões ao governo no ano que vem (veja mais abaixo neste texto).
A
mudança foi divulgada pelo Ministério do Planejamento. Atualmente, o salário
mínimo está em R$ 937.
Na
terça, o governo propôs elevar
o teto para o rombo das contas públicas em 2017 e 2018 para até R$ 159
bilhões e anunciou uma série de medidas para aumentar a arrecadação e reduzir
custos, entre elas o adiamento
de reajustes a servidores e a criação de um teto salarialpara o serviço
público.
De
acordo com o governo, as medidas são necessárias porque a arrecadação com
impostos e tributos está mais baixa que a prevista, reflexo da recuperação da
economia que é mais lenta que a esperada.
Atualmente,
cerca de 45 milhões de pessoas no Brasil recebem salário mínimo, entre elas
aposentados e pensionistas, cujos benefícios são, ao menos em parte, pagos pelo
governo federal, já que a Previdência é deficitária (arrecada menos do que
gasta).
Com
salário mínimo menor, portanto, o governo economiza nas despesas com o
pagamento desses benefícios.
Porque o mínimo deve
ficar menor?
O
reajuste do salário mínimo e feito por meio de uma forma que soma:
A
variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano ano anterior,
calculado pelo IBGE;
E
o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
No
caso de 2018, portanto, será somado o resultado do PIB de 2016, que foi de
queda de 3,6%, com o INPC de 2017, que só será conhecido no começo do ano que
vem.
Como
o PIB teve forte retração em 2016, a correção do mínimo no ano que vem levará
em conta somente a variação do INPC de 2017. Entretanto, o governo está
prevendo agora que a variação do INPC será menor que a estimada antes. Por
isso, a correção do do salário mínimo em 2018 também deve ser menor.
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