Vídeo voltou a circular depois de o deputado estadual e senador eleito
pelo RJ, Flávio Bolsonaro, entrar no STF com pedido para que investigação do
Rio seja levada ao Supremo com base no foro privilegiado. Na época, atual
presidente era deputado federal.
Em vídeo publicado em 21
de março de 2017 no canal de seu filho Eduardo Bolsonaro no
YouTube, o presidente Jair Bolsonaro, que na época era deputado federal e réu
no Supremo Tribunal Federal (STF), disse que não queria foro privilegiado. Nas
imagens, ele aparece ao lado de outro filho, o deputado estadual e senador
eleito pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro.
O vídeo, cujo título é "Quem precisa
de foro privilegiado?", voltou a circular nas redes sociais nesta
quinta-feira (17) depois da notícia de que Flávio entrou no STF com pedido para que uma
investigação do Rio de Janeiro seja levada ao Supremo com base no foro
privilegiado, que ele adquiriu ao ser eleito senador.
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Flávio pediu que as investigações para
apurar movimentações financeiras de seu ex-assessor Fabrício Queiroz, consideradas atípicas pelo Conselho
de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), fiquem sob
responsabilidade do STF. O senador eleito não é investigado no caso.
No vídeo de 2017, Bolsonaro diz: "Dos
503 deputados, uns 450 vão ser reeleitos. Por que eles têm que ser reeleitos?
Para continuar com foro privilegiado. O único prejudicado com foro
privilegiado, no momento, sou eu. Eu não quero essa porcaria de foro
privilegiado. Eu sou o único deputado federal prejudicado com esse foro
privilegiado. É essa questão, né? Eu sou réu no Supremo, pra quem sabe da
história. Muita gente tá de saco cheio de saber da história".
Mais adiante no vídeo, o atual presidente
afirma: "Mas eu tenho que ficar ligado agora por quê? Na iminência de
votar isso daí, olha o que é que eu tenho que fazer, hein! Eles já sabem disso,
se é que eles vão tomar providência antes. Eu vou ter que renunciar [ao] meu
mandato pra poder disputar as eleições no ano que vem. Porque, eu renunciando,
o meu processo vai pra primeira instância. Daí, não dá tempo de eu ser
condenado em primeira e em segunda instância, até por ocasião das eleições.
Daí, eu posso disputar as eleições do ano que vem".
No encerramento,
completa: "Olha o problema que eu tenho pela frente. Lamentavelmente –
minha assessoria pede pra eu falar isso, né? –, por um ministro que está a
serviço do PT. Porque ele mesmo tem jurisprudência dizendo que tudo que
acontece na Câmara, no tocante a palavras, opiniões e votos, o Supremo não tem
nada a ver com isso".
O comentário de Bolsonaro no vídeo de 2017
refere-se às duas ações penais que o STF abriu contra ele no ano anterior, tornando-o réu na Corte por
suposta prática de apologia ao crime e por injúria. Isso porque, em 2014, o então
deputado havia afirmado, na Câmara e em entrevista a um jornal, que a deputada
Maria do Rosário não merecia ser estuprada por
considerá-la "muito feia" e nem fazer seu "tipo".
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