Ministro deve cair hoje.... |
Apesar
de ser apontado como sucessor natural no comando da Secretaria-Geral da
Presidência, no lugar do ministro Gustavo Bebianno,
o secretário-executivo da pasta, general da reserva Floriano Peixoto, tem um
empecilho para assumir o cargo, segundo alguns integrantes da ala militar do
governo: o fato de ser general três estrelas.
No
comando da pasta, Floriano Peixoto estaria hierarquicamente acima de outro
general, Maynard Santa Rosa, que é chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos
(SAE), subordinada à Secretaria-Geral. Mas dentro da hierarquia do Exército,
Maynard Santa Rosa general de quatro estrelas está acima de Floriano Peixoto.
“Na
minha visão, não pode o general Floriano comandar o general Santa Rosa”,
alertou ao blog um integrante da ala militar do governo.
Com
a saída de Bebianno, Floriano assumirá interinamente a pasta, mas não deve
ficar no cargo devido à hierarquia do Exército.
Gustavo
Bebianno deve ter a exoneração
confirmada nesta segunda-feira (18). Ele é o pivô da primeira crise
política do governo do presidente Jair Bolsonaro,
gerada pela suspeita de que o PSL, partido de Bolsonaro, fez uso de candidatura
"laranja" nas eleições de 2018 para desviar verbas públicas.
Bebianno
era o presidente nacional do PSL durante a eleição do ano passado. Ele foi uma
das figuras mais próximas ao presidente durante a campanha e atuou como um dos
conselheiros do então candidato na disputa.
Os generais
Maynard
Santa Rosa chefiou o departamento de pessoal do Exército e foi secretário de
Política, Estratégia e Assuntos Internacionais do Ministério da Defesa.
Em
2010, foi exonerado chefe do Departamento Geral do Pessoal do Exército pelo
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após criticar a criação da Comissão da
Verdade, incluída entre as medidas de um programa de direitos humanos do
governo para investigar crimes contra os direitos humanos durante a ditadura
militar (1964-1985).
Floriano
Peixoto comandava as tropas da ONU no Haiti na ocasião do terremoto, em 2010.
Serviu no Exército por mais de 41 anos, chefiando a divisão de assuntos
especiais e internacionais e sendo o coordenador inicial de defesa dos eventos
da Copa do Mundo, de 2014, em São Paulo.
Por
ter comandado unidades do Exército com tropas que variam de 700 a 9 mil homens,
adquiriu experiência na administração de recursos humanos, financeiros e
logísticos. Foi aluno de um curso do Exército dos EUA e assessor militar brasileiro
na Academia Militar de West Point, do Exército norte-americano.
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