Passou
na comissão especial hoje o texto principal da reforma
da Previdência
apresentado pelo relator, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), com
36 votos a favor e 13 contrários (veja como votou cada deputado).
Os
parlamentares ainda votarão itens que podem mudar a redação final.
A
economia prevista com a reforma é de aproximadamente R$ 1 trilhão, segundo
parlamentares. O número oficial ainda não foi divulgado.
O
texto-base aprovado pela comissão estabeleceu as seguintes idades mínimas de
aposentadoria:
-
Mulher: 62 anos, com 15 anos de contribuição
- Homens: 65 anos, com 20 anos de contribuição
- Policiais federais e rodoviários: 55 anos
O projeto ainda seguirá
para o Plenário da Câmara dos Deputados, mas já animou o mercado financeiro. O dólar
chegou ao menor valor em 3 meses, R$ 3,799, e a Bolsa teve maior ganho em 2
semanas.
Texto vai a plenário
Após
mais de 16 horas de reunião, a comissão especial da Câmara
concluiu na madrugada desta sexta-feira (5) a votação do relatório da
reforma da Previdência.
A proposta segue para análise no plenário, onde ainda pode sofrer alterações.
O
texto-base das mudanças nas regras de aposentadoria foi aprovado no início da
tarde de quinta-feira (4) por 36 votos a 13. Depois, os deputados seguiram
com a votação de destaques --pedidos de partidos e deputados para que uma parte
específica da proposta seja analisada separadamente.
Ao
todo, a comissão especial analisou 17 destaques. O mais polêmico deles
afrouxava as regras de aposentadoria para carreiras da segurança pública.
O
presidente Jair
Bolsonaro (PSL) atuou em defesa dos policiais e pressionou deputados até
horas antes da votação na comissão. Entretanto, a articulação fracassou.
Com
ajuda do PSL, partido do presidente, os deputados rejeitaram a proposta. O
revés aconteceu a despeito do apelo público de Bolsonaro nesta quinta-feira (4)
por regras mais brandas para policiais federais e policiais rodoviários
federais.
Protestos
Ao
ser anunciado o resultado, policiais que estavam na comissão gritavam: "PSL
traiu a polícia do Brasil". E também contra o presidente: "Bolsonaro
traidor!"
O
presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), afirmou que iniciará a discussão da reforma no plenário da
Câmara na terça-feira (9) para que a proposta seja votada pelos deputados até o
final da próxima semana.
"Essa
foi a nossa primeira vitória e, a partir da próxima semana, vamos trabalhar
para aprovar o texto em Plenário, com muito diálogo, ouvindo todos os nossos
deputados, construindo maioria", disse Maia.
Para ser enviada ao Senado,
a proposta precisa passar por dois turnos de votação no plenário da Câmara, com
exigência mínima de 308 votos favoráveis em cada uma.
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