Um
planejamento que precisa contemplar mais de uma estação de rádio não é um
problema, mas sim uma possível solução para uma campanha de massa bem sucedida.
Recentemente eu e vários
colegas acompanhamos uma mesa redonda com publicitários que falaram da
importância do rádio para as marcas que eles representam. De juras de amor ao
veículo, contando como o rádio foi importante em suas vidas pessoais, a
situação logo se reverteu em cobranças e reclamações por parte desses
profissionais.
De fato, o rádio (e o
radiodifusor) merecem alguns puxões de orelhas (não cabe aqui a generalização),
natural em um cenário que carece de pesquisas e/ou até a interpretação correta
das mesmas. Mas neste caso eu vou me dirigir a reclamação do publicitário em
questão, que não vem ao caso mencionar nomes e marcas.
A reclamação dele não é
isolada: ele afirma que investir em rádio é complicado, pois é uma mídia de
audiência muito fragmentada. Diz ele que, para ter uma campanha efetiva e de
grande escala no rádio, ele não pode fechar com uma emissora apenas, mas sim
várias estações. E isso é ruim, pois no digital com uma ferramenta apenas é
possível ter o mesmo efeito. E o "legal" é quando uma rádio é
hegemônica na praça, facilitando assim o investimento em rádio.
Mas será que é isso mesmo? Não
é uma reclamação esquisita se for apenas isso?
Se for apenas isso, qual é o
problema de ter que fazer uma campanha com várias rádios diferentes? Para
começo de conversa a mídia não é cara, ou seja, se estamos falando de uma
campanha séria, os valores provavelmente estarão próximos ou abaixo
disso.
Ter várias rádios é
possibilidade impressionante de você atingir vários públicos diferentes, mesmo
atuando numa mídia de massa. E soma-se a isso as vantagens do veículo:
credibilidade, fidelidade da audiência, alcance, entre outros pontos.
E a campanha pode ter uma
segmentação mais precisa, mesmo em um veículo de marca, dependendo da escolha
das emissoras e até dos horários para a execução.
A audiência de rádio pouco
muda: segue com seu alcance alto e um tempo médio impressionante (acima de 4
horas no Brasil). Contar com várias rádios amplia o alcance e a frequência de
uma campanha.
Me parece um pouco de preguiça
ou desconhecimento do que é e como funciona o veículo rádio.
Mas se o papo for pré,
pós-atendimento e faltam números que mostram a efetividade de uma campanha, ok…
podemos partir para um bom debate em cima desses possíveis problemas.
Apesar de que a efetividade de
uma campanha no rádio é atestada por levantamentos e pesquisas diferentes. Não
é empurrar a culpa para o cliente, mas o sucesso passa pela qualidade do
planejamento de marketing adotado (e isso vale para qualquer plataforma).
Do mesmo jeito que ocorre na
área artística, onde constantemente procuramos criar um concorrente (entenda-se:
Spotify versus música no rádio), não podemos deixar que o mercado (e o próprio
rádio) trate como rival de veículos de massa a execução de uma estratégia
publicitária no digital. Todas tem sua importância e é preciso conhecer o papel
de cada uma das plataformas para poder ser bem sucedido na campanha.
Aparentemente a tecnologia
facilitou a criação de campanhas, certo? Até certo ponto sim, mas se você
considerar que hoje são várias as possibilidades na adoção de uma estratégia de
marketing… talvez as coisas não estejam tão fáceis assim. Logo, ter que dividir
uma campanha em várias rádios não pode ser considerado um problema ou algo
difícil.
Se há alguma dúvida sobre
tendências para o áudio e também qual é o real momento do rádio, sugiro a
leitura das matérias que estão nos dois links a seguir:
Notícias sobre "O Rádio
Hoje" -> https://tudoradio.com/noticias/busca/O%20R%E1dio%20hoje%20%7C
Notícias sobre Tendências
-> https://tudoradio.com/noticias/busca/Tend%EAncias%20%7C
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