terça-feira, 5 de janeiro de 2021

CÂMARA DE AÇAILÂNDIA: Bagunça generalizada é culpa do eleitor?

 

Apontado como o “algoz” da instalação do caos na câmara de Açailândia, vereador Ceará, teve o aval de mais de 1.100 eleitores, e, do próprio poder judiciário que guarda em sua gaveta um pedido de prisão do mesmo, por desvio de recurso público, há mais de 01 ano.

Mantido por 02 anos, acredite leitor, 02 anos, sob efeito liminar como presidente da câmara de Açailândia, o vereador Ceará, acusado de se apropriar do dinheiro público foi eleito pelo voto popular e mais uma vez com apoio de alguns vereadores tenta através da instalação de um verdadeiro caos de narrativas e medidas jurídicas a qual sempre se protege em São Luis, chegar mais uma vez ao comando do legislativo municipal.

Em passado não muito recente o vereador Ceará, conseguiu o apoio incondicional de 09 vereadores que durante 04 anos ficaram amarrados pelo “beiço” (empréstimos consignados) – destes, 05 levaram cartão vermelho do eleitor, mas 04 se reelegeram e pelo visto continuam com muitos débitos políticos a serem quitados e se mantêm fisgados no anzol.

Nessa nova história, Ceará, exímio comprador de consciências, manteve os reeleitos e ainda conquistou 03 chamados novos vereadores que de novos não tem mais nada, pois no primeiro dia de mandato já mostraram suas verdadeiras garras.

Os novos e principais defensores de que Ceará assuma, nem que seja na marra, o comando do legislativo municipal são os vereadores Marcelo Carvalho, aquele do salário doado; a vereadora Bernadeth Mariquinha que mancha, a meu ver, a história da sua honrosa família e o jovem vereador, que a partir de hoje passo a chamar de “CEARAZINHO”, Xanddy Sampaio (o homem já tem nome de artista).

Não se discute aqui nesse artigo a legalidade ou não de quem tem direito em assumir a presidência da câmara de Açailândia, mas sim a moralidade deste ato.

Abro aspas neste artigo para um trecho da decisão do Juiz da segunda Vara Cível da Comarca de Açailândia, Dr. Aureliano Coelho Ferreira, que tornou legal a posso do prefeito e vice-prefeito. 

“Antes de ingressar no mérito do pedido liminar, não se pode deixar de mencionar a postura lamentável dos vereadores eleitos de Açailândia para o quadriênio 2021/2022. As disputas políticas fazem parte da democracia; são na verdade, incentivadas por um sistema eleitoral pluripartidário que resta assentado num modelo de eleição proporcional, ao menos no que concerne as casas legislativas como a câmara de vereadores, e que permite, em tese, uma ampla representação da sociedade”.

Fica fácil culpar o eleitor – esse é o discurso de quem vota no vereador Ceará – e, é claro que eleitor tem sua culpa, mas precisamos definir o perfil do eleitor que vende seu voto, como também o eleitor que mesmo sem receber algo em troca torce pela permanência da corrupção – acredite, tem gente que torce a favor da corrupção.

Tem eleitor que vota com a barriga – mesmo sem aceitar essa justificativa da necessidade e da fome, dar pra perdoar esse eleitor – agora aquele comerciante, aquele fazendeiro, aquele jornalista e aquele profissional liberal de forma em geral, que ovaciona de pé e torce em favor da permanência da corrupção, esse não tem perdão – faz nos refletir se vale a pena combater.

Por outro lado, faz-se preciso ressaltar alguns indícios de esperanças descobertas em meio a essa balbúrdia instalada na câmara de Açailândia – dentre tais, a atuação da jovem vereadora Thaís Brito – digna de uma verdadeira política que há muito tempo não se via – mas é melhor aguardar os próximos capítulos.

Simples Assim.

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