Os atos golpistas em Brasília, com a invasão do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto, completam um mês hoje. Apesar de prisões e do avanço nas investigações, ainda faltam respostas sobre a omissão de agentes de segurança e uma possível participação organizada de lideranças políticas. E os militares foram poupados. Nos bastidores do Judiciário e na classe política a avaliação é que as investigações tendem a fechar o cerco contra Bolsonaro. Apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro participa de atentados golpistas em Brasília em 8 de janeiro | Lucas Borges Teixeira/UOL |
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Preso ontem pela Polícia Federal em uma operação que investiga a organização e o financiamento da invasão nos prédios dos Três Poderes, o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, que era o chefe do setor responsável por elaborar o plano de segurança no Distrito Federal, estava de folga no 8 de Janeiro, mas foi convocado no dia. Para o ex-interventor da Segurança Pública do Distrito Federal Ricardo Cappelli, Naime Barreto retardou propositalmente a linha de contenção da PM, que deveria barrar os golpistas. .......................... Carolina Brígido explica o dilema enfrentado pelo STF para julgar golpistas de 8 de janeiro.****************** FLAGELO INDÍGENA Gestação interrompida, medo e luta: como o garimpo afeta mulheres indígenas. .......................... "Escolher quem salvar" resume o drama para prestar socorro aos yanomamis. A chegada de reforços na semana passada ajudou a aliviar a agonia da equipe que cuidava sozinha dos indígenas, mas não resolve o colapso na saúde, diz Dário Kopenawa Yanomami, vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami. .......................... O governador de Roraima, Antonio Denarium, quer a criação de programas sociais para os garimpeiros expulsos da Terra Indígena Yanomami. .......................... Quantos garimpeiros já deixaram a Terra Indígena Yanomami? O governo não sabe, segundo o ministro da Defesa, José Múcio. ****************** SOB NOVA DIREÇÃO A declaração de Lula sobre o Banco Central rendeu mais do que os juros do cheque especial: no UOL Entrevista, Gilberto Kassab disse que o presidente quer dar uma guinada na economia. Lula voltou a falar sobre o assunto e jogou lenha na fogueira: disse que não quer confusão com o Banco Central, mas recomendou ao Senado que fique de olho nas decisões sobre os juros. Guilherme Boulos chamou de "infiltrado de Bolsonaro" o presidente do BC. E José Paulo Kupfer leu na ata divulgada ontem uma insinuação do BC de que críticas de Lula são um tiro no pé. .......................... "Bandidagem", "irracional" e "maquiavélica" foi como Lula definiu a privatização da Eletrobrás. Ele disse que a Advocacia Geral da União contestará os termos do negócio. .......................... O senador Jaques Wagner, que foi ministro da Defesa no governo Dilma, disse que a "loucura da Lava Jato" serviu para fazer uma "lavagem cerebral" nas Forças Armadas e levou à rejeição a Lula, visto como corrupto. .......................... Arthur Lira disse que a reforma tributária entra na pauta da Câmara na semana que vem. .......................... Fernando Haddad (Fazenda) disse que está terminando a proposta do Desenrola, programa de renegociação de dívidas para famílias de baixa renda. ****************** CERCADINHO Se Bolsonaro está sem visto, por que pode continuar nos EUA? .......................... Ana Cristina do Valle, a ex número 02 de Bolsonaro, perdeu a cidadania brasileira, por ter se naturalizado norueguesa.
****************** DEMOCRACIA SOB ATAQUE Quer impedir que o Brasil entre em uma guerra civil? Saia das redes sociais! A dica é de Barbara Walter, autora do livro Como as Guerras Civis Começam - e Como Impedi-las. Em entrevista a Ecoa, ela disse que o "empresariado do Brasil pode desempenhar um papel importante em garantir que outro aspirante a autocrata ou o próprio Bolsonaro nunca volte ao poder"
****************** NA NEWSLETTER NÓS NEGROS A edição de terça (sai mais uma na sexta) é sobre Samara Joy, que ficou com o prêmio a que Anitta concorria no Grammy. Para receber o boletim, cadastre-se. ****************** NA NEWSLETTER DA THAÍS OYAMA A jornalista ouviu do pesquisador Maurício Moura, que está terminando um livro sobre as eleições de 2022, que no momento Michelle Bolsonaro parece mais apta a herdar o eleitorado antipetista e é o nome mais competitivo da direita no Brasil. O boletim sai toda terça. Inscreva-se. ****************** |
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