quinta-feira, 18 de maio de 2023

Dallagnol não angaria simpatias, mas colunistas divergem sobre cassação

 

Deltan Dallagnol, em entrevista pós-cassação
Deltan Dallagnol, em entrevista pós-cassação
Reprodução
 
  
Dallagnol não angaria simpatias, mas colunistas divergem sobre cassação
Rodrigo Barradas

Dá para dizer com segurança: a manipulação da Justiça (e da política) feita por Deltan Dallagnol não encontra simpatia entre os colunistas do UOL. Mesmo assim, há divergência sobre a decisão (unânime) do TSE por sua cassação. Na primeira ironia da cobertura, Reinaldo Azevedo, que não gosta da Lei da Ficha Limpa, acredita que ela foi bem empregada. "Sou um legalista", diz. Carolina Brígido vê equilíbrio do tribunal na decisão, baseada em uma interpretação ampliativa da lei. Para Wálter Maierovitch, porém, a ampliação foi longe demais.

Tales Faria reconhece que as estripulias do ex-procurador angariaram antipatia das cortes altas, e que se ouve um tom de vingança na cassação. Mas isso não exime o político de culpa.

Leonardo Sakamoto ilumina outras ironias do caso: Deltan construiu a imagem de paladino do enfrentamento às condutas ilegais de agentes do Estado. Agora, vai à lona por ter tido condutas ilegais como agente de Estado. Escorou-se na Lei da Ficha Limpa para atazanar Lula e agora cai por causa dela.

Difícil, como aponta Madeleine Lacsko, é fazer a população entender todo esse enredo.

Para avançar a discussão, Josias de Souza aponta para o futuro incerto de outro personagem: "Ao cassar Deltan, TSE exibe a corda para Moro".

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