segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

08 de JANEIRO: Executores do quebra-quebra foram os principais condenados por tentativa de golpe

 

Golpistas confrontaram as forças de segurança na praça dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023
Golpistas confrontaram as forças de segurança na praça dos Três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023
REUTERS/Antonio Cascio
 
  
Executores do quebra-quebra foram os principais condenados por tentativa de golpe
Do UOL

Dia de lembrar da fúria contra a democracia, um ano depois. Nesta segunda (8) completa-se um ano do "dia da infâmia" - a definição é da ministra Rosa Weber, então presidente do Supremo Tribunal Federal quando a Praça dos Três Poderes foi vandalizada por golpistas insatisfeitos com o resultado das eleições. Desde 8 de janeiro passado, mais de 2.000 pessoas foram detidas, e 1.354 respondem a ações penais no STF por participação nos atos contra a democracia. Até o momento, 30 réus receberam penas que variam de 12 a 17 anos de prisão, e outros 200 réus aguardam julgamento.

No grupo de suspeitos pelo financiamento dos atos golpistas (que providenciaram centenas de ônibus com viagem grátis a Brasília, por exemplo), só um foi denunciado: o empresário Pedro Luís Kurunczi, de Londrina (PR). Ele fretou quatro ônibus e levou 108 apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Distrito Federal. O ministro Alexandre de Moraes (STF) bloqueou as contas de 43 empresas suspeitas, a maioria delas localizada em Mato Grosso. Leia aqui. Moraes é uma das autoridades que discursa hoje à tarde em cerimônia no Salão Negro do Senado, ao lado do presidente Lula.

É preciso punir os envolvidos, dizem autoridades. O UOL ouviu especialistas em ciência política e autoridades públicas e empresariais sobre os dramáticos eventos de 8 de Janeiro de 2023. Rosa Weber, ex-ministra do STF que comandou a restauração do prédio, lembra que a ação da furiosa multidão bolsonarista foi o primeiro ataque à Suprema Corte na história do país.

A empresária Luiza Trajano afirma que "a democracia demonstrou resiliência, sustentada por instituições fortes"; para o senador Randolfe Rodrigues, "o fascismo segue à espreita", e o cientista político Ricardo Ismael vê o futuro próximo com cautela: "Esse período ainda é muito curto para dizermos que esse episódio está superado, que a sociedade agora vai buscar outros caminhos". Leia aqui.

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