quinta-feira, 23 de maio de 2024

Fundação Vale lança material inédito no Maranhão para apoiar professores na educação sobre povos indígenas

 

O material será entregue para mais de 5 mil educadores de escolas públicas ao longo da Estrada de Ferro Carajás. Iniciativa conta com a parceria do Consórcio Intermunicipal Multimodal (CIM), Prefeituras, Governo do Maranhão e FGV.

 

Valorizar a cultura e a história dos povos indígenas em sua diversidade e afastar preconceitos dentro da sala de aula é a proposta do Caderno pedagógico “Povos indígenas Povos Originários”, lançado hoje, 22, no Centro Cultural Vale Maranhão, em São Luís. O material será entregue para mais de 5 mil educadores, de mais de mil escolas públicas, em 23 municípios maranhenses vizinhos à ferrovia Carajás. 

O professor José Ribamar Bessa, a pajé Japira Pataxó, a especialista em povos indígenas Maria José Freire e a cacica Cintia Guajajara durante lançamento da publicação.

A publicação compõe o material formativo do projeto Trilhos da Alfabetização, implementado desde 2020 no estado, para melhorar a aprendizagem dos estudantes matriculados nos anos iniciais do ensino fundamental de todas as escolas públicas dos municípios participantes. Alcançando 70 mil crianças maranhenses, o projeto é uma iniciativa da Fundação Vale em parceria com o Consórcio Intermunicipal Multimodal (CIM), as 23 prefeituras, o Governo do Maranhão e a Fundação Getúlio Vargas - DGPE.

O objetivo do caderno pedagógico é apoiar a construção de uma educação mais representativa, que promova uma justiça histórica, preparando os professores para apresentar aos alunos como as culturas indígenas estão presentes em diversos aspectos da cultura e identidade brasileira.

A primeira parte deste Caderno é dedicada a identificar alguns preconceitos sobre os povos indígenas e sugerir “antídotos” para cada um deles. Por exemplo, para a ideia errônea de que os indígenas são todos iguais, o conteúdo aponta para a diversidade étnica e linguística; para o pensamento equivocado de que os povos indígenas são atrasados, são oferecidos dados sobre a riqueza de seus saberes. A segunda parte do material é um convite aos professores conhecerem diferentes etnias, suas línguas, histórias, saberes, costumes e culturas através das crônicas do professor José Ribamar Bessa, que há mais de cinquenta anos estuda os povos originários e desenvolve trabalhos em parceria com eles.

“Acreditamos que seja imprescindível incluir no currículo escolar temas que construam uma educação representativa desde os primeiros anos de escolaridade. Os povos indígenas são fundamentais para a formação do Brasil e conhecer mais sobre eles é também conhecer mais sobre cada um de nós, brasileiros” – comentou Flavia Constant, diretora-presidente da Fundação Vale.

O Trilhos da Alfabetização inclui a produção e distribuição de materiais didáticos complementares para as crianças, como almanaques e jogos pedagógicos, elaborados com base na cultura da região, contribuindo para tornar a aprendizagem mais significativa, lúdica e prazerosa, e melhorar os índices de alfabetismo desses municípios.

O projeto implementa a formação continuada dos professores do 1º ao 5º ano do ensino fundamental das escolas públicas, dos municípios maranhenses participantes. Para o processo formativo são criados e distribuídos diferentes materiais como os cadernos temáticos “Por uma Educação Antirracista”, “Avaliação” e os cadernos de orientações pedagógicas para as professoras e professores.

 

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