Rodrigo Barradas |
A reforma tributária é uma vitória. Há um certo consenso sobre essa ideia. Mas, vamos combinar, seria impossível piorar o sistema de impostos brasileiro. Mas a vitória dos lobbies que trabalharam fortemente para alterar o projeto original descaracterizam o caráter redistributivo que ela tinha. Criou-se "um monstrengo", nas palavras de Felipe Salto. José Paulo Kupfer sintetiza a questão: "De um lado, com a adoção atrasada em relação ao resto do mundo de tributos de valor agregado, será finalmente possível saber o que o contribuinte está pagando em impostos. Mas, de outro, o festival de isenções e reduções de alíquotas reduzirá a potência dos mecanismos criados pela reforma para torná-la mais progressiva e redistributiva, evitando que benefícios para os mais pobres favoreçam, predominantemente, os mais ricos". Salto tem uma visão crítica da reforma como um todo, principalmente depois das estrovengas criadas pelos nobres deputados. E já toca a marcha fúnebre para a propalada alíquota de 26,5%: "Vai ser muito mais alta, na casa de 33%, para dar conta de toda essa estrambólica e disparatada reforma tributária". As duas colunas são ricas em detalhes e merecem leitura na íntegra.
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