quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Indicadores têm dia péssimo momentos antes de votação do ajuste fiscal

 

Rodrigo Barradas

Enquanto esta newsletter é redigida, a Câmara segue votando o pacote fiscal do governo. Uma primeira parte já foi aprovada, com o fim do DPVAT, seguro que indeniza vítimas de acidentes de trânsito. Ainda não se sabe o quanto do projeto original -já visto como tímido pelo mercado- será deformado pelos parlamentares. Nessa primeira votação, os deputados aceitaram o bloqueio de emendas somente no caso das não impositivas.

Certo é que o dólar chegou a novo recorde, a R$ 6,26, e a Bolsa despencou 3,15% nos instantes anteriores às votações.

Na Folha, o economista americano Mohamed El-Erian, presidente do Queens' College da Universidade de Cambridge, consultor-chefe da Allianz e ex-CEO da Pimco, oferece uma explicação para a deterioração do real: "Os mercados locais brasileiros estão experimentando um desses 'overshoots' [reação exagerada que causa desvalorização elevada no curto prazo] clássicos de economias emergentes, nos quais um gatilho fundamental se combina com fatores técnicos ruins para causar uma liquidação que se retroalimenta".

Também no jornal, Luiz Carlos Bresser-Pereira publica artigo com uma análise das últimas décadas da atividade econômica no país: "Economia brasileira está presa em círculo vicioso da quase estagnação". Merece leitura atenta.

No UOL News, o também ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega foi crítico em relação à economia e ao governo: "Mercado despertou para situação insustentável no Brasil", disse.

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