terça-feira, 1 de julho de 2025

Haddad sobe o tom, cobra o Congresso Nacional, e governo vai ao STF pelo IOF

 

Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil


Carolina Juliano

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez ontem um discurso em tom duro e fora do protocolo durante lançamento do Plano Safra para a agricultura familiar no Palácio do Planalto. Ele criticou Jair Bolsonaro, mandou recados ao Congresso e defendeu a aprovação das mudanças do Imposto de Renda para dar mais isenção. Haddad pediu licença para responder às críticas do ex-presidente durante manifestação de domingo em São Paulo: "Todo dia ele aparece com uma mentira nova. Hoje, ele está acusando o senhor [o presidente Lula] de cortar benefícios sociais", disse ele, comentando o compartilhamento por Bolsonaro de uma postagem do deputado Filipe Barros que dizia que o governo "dificulta o acesso ao BPC". O ministro também defendeu sua política fiscal, que tem sido criticada pelo Congresso Nacional e pelo mercado financeiro, e voltou a cobrar avanço do projeto de alteração do Imposto de Renda. O discurso ocorre depois que o Congresso derrubou, na semana passada, a medida que elevou a alíquota do IOF.

 

Governo decide brigar por decreto do IOF no Supremo. A Advocacia-Geral da União deve protocolar hoje uma ação no STF para questionar a constitucionalidade da decisão do Congresso que derrubou o decreto presidencial que aumentou o IOF, com base em análise técnica e jurídica. Segundo reportagem da Folha, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, informou a parlamentares ontem que a decisão está tomada, apesar de alas do governo defenderem uma saída política para não piorar a crise com o Congresso. Outra ação que questiona o ato do Legislativo, protocolada pelo PSOL, foi distribuída ontem pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Do outro lado, o ministro Gilmar Mendes ficou como relator da ação da oposição, protocolada pelo PL, que pede a declaração de inconstitucionalidade da tentativa do Executivo de promover aumentos no IOF. Saiba mais.

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