A defesa de Jair Bolsonaro entregou ontem suas alegações finais do processo que acusa o ex-presidente de tramar um golpe de Estado. Os advogados alegaram que houve cerceamento de defesa, pediram que a delação de Mauro Cid seja anulada por "vício de vontade", e defenderam que não há provas para condenar o ex-mandatário por tentativa de golpe. A peça de 197 páginas ataca as acusações, afirma que a defesa não teve acesso completo às provas e ainda cita teses de vários juristas para afirmar que não seria possível punir uma "tentativa de tentativa" de golpe. "Não há como condenar Jair Bolsonaro com base na prova produzida nos autos, que demonstrou fartamente que ele determinou a transição, evitou o caos com os caminhoneiros e atestou aos seus eleitores que o mundo não acabaria em 31 de dezembro, que o povo perceberia que o novo governo não faria bem ao país", diz o documento.Terminada essa fase, o processo agora segue para os últimos procedimentos antes do julgamento que, segundo o ministro Alexandre de Moraes, deve ocorrer ainda neste semestre. Saiba mais. EUA cancelam vistos de membros do governo ligados ao 'Mais Médicos'. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou ontem que o país revogará os vistos de "vários membros" do governo brasileiro integrantes do programa 'Mais Médicos' — iniciativa do governo federal que leva profissionais de saúde a regiões carentes. Em comunicado à imprensa, Rubio disse ainda que revogou os vistos de duas autoridades que atuaram na implementação do programa no Ministério da Saúde e que a medida se aplica também a ex-funcionários da OPAS e seus familiares por "cumplicidade com o esquema de exportação de mão de obra do regime cubano". Sem divulgar provas, os EUA dizem que o esquema envolve a exportação e exploração de médicos cubanos por meio de trabalho forçado. Apenas dois nomes foram divulgados: Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e ex-diretor de Relações Externas da OPAS. O governo americano acusa os dois de usar a OPAS "como intermediária com a ditadura cubana para implementar o programa", driblando as sanções dos EUA a Cuba. Saiba mais. |
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