Ainda atordoado pela denúncia, o presidente da câmara de Itinga do Maranhão é acusado de fraude em contrato de mais de R$ 200 mil, após homologar Ata de Preços - Rivelino a um veículo de comunicação, relatou traição e negou todas as acusações.
Vereadora Tânia Fernandes, presidente interina da câmara de Itinga do Maranhão.
Arquitetado pelo presidente agora afastado, a sessão
ordinária desta quinta-feira, dia 18, seria palco político para o vice-prefeito
Edinho do Posto, que pelo visto rompeu definitivamente com a prefeita Paula, e
estava preparadopara assim como fez Rivelino da Pesca, seguir com os ataques à
gestora eleita pelo voto popular, em Itinga do Maranhão.
O tiro saiu pela culatra
Logo no início da sessão, o que seria um deleite para o
presidente, se tornou um pesadelo – uma denúncia com pedido de afastamento cautelar
passou a ser a tônica do que pode levar à cassação do mandato do vereador
Rivelino da Pesca.
E o que se seguiu na
sessão ordinária desta quinta-feira (18), foi que a Câmara Municipal de Itinga
do Maranhão aprovou, por maioria absoluta, o afastamento cautelar do presidente
da Casa, vereador Rivelino da Silva de Sousa, pelo prazo de 90 dias.
A decisão foi tomada com o voto favorável de 10 vereadores -
todos presentes na sessão.
Com a medida, a vice-presidente, vereadora Tânia Fernandes,
imediatamente assumiu interinamente a presidência do parlamento municipal.
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Rivelino da Pesca, presidente afastado, acusado de fraude em Ata de Preços na ordem de mais de 200 mil reais. |
A denúncia de uma possível fraude foi protocolada pelo eleitor
de Itinga do Maranhão, Francisco das Chagas Alves Costa e aponta supostas
irregularidades na execução do Contrato nº 002/2025-CMI/MA, no valor de R$
226.256,36, firmado pela Câmara por meio de adesão a uma ata de registro de
preços realizada originalmente pelo Município de Monção (MA).
De acordo com a denúncia, o contrato de adesão a referia ata,
apresenta indícios de sobrepreço na locação de veículos, o que teria elevado o
custo final sem justificativa adequada. Além disso, o edital que deu origem à
licitação em Monção teria estabelecido cláusulas restritivas, reduzindo a
concorrência e limitando a participação de empresas que poderiam oferecer
preços mais vantajosos.
Outro ponto destacado é a ausência de justificativa da
vantajosidade e de pesquisa de preços atualizada, exigências previstas na Lei
nº 14.133/2021, que regulamenta as contratações públicas. A falta desses
requisitos comprometeria a transparência e a legalidade do processo.
A denúncia também aponta que a licitação em Monção pode ter
sido realizada sem uma real demanda naquele município, funcionando apenas como
um meio de permitir adesões posteriores de outras cidades. Isso levantou a
suspeita de uma simulação de competição, configurando burla ao dever de
licitar.
Por fim, o documento questiona a capacidade da empresa
contratada. Pois, Apesar de possuir objeto social compatível, ela não teria
estrutura operacional suficiente para atender simultaneamente a vários
municípios, o que indicaria risco de execução fictícia do contrato — ou seja,
pagamentos realizados sem que os serviços contratados fossem efetivamente
prestados.
Com a aprovação do afastamento de Rivelino, pelo prazo de 90
dias, afastamento que pode ser prorrogado por mais 90, a Câmara dará
prosseguimento ao processo de apuração interna. O caso também poderá ser
encaminhado às esferas cível e penal para investigação mais ampla – ao final da
investigação, Rivelino da Pesca pode ter seu mandato cassado pelos seus
próprios pares da câmara legislativa.
Enfim, Rivelino quis fazer um giro e acabou fazendo um giral
para si próprio – e o tiro, literalmente, pode ter saído pela culatra.
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