O governo Lula reagiu à recente rejeição da MP do IOF na Câmara: está exonerando donos de cargos públicos indicados por partidos do centrão, da base governista, que votaram contra a orientação do Planalto. Levantamento de Tiago Mali afirma que o centrão ainda detinha ao menos 378 cargos na Esplanada dos Ministérios, apesar de votar contra as prioridades do governo. Arthur Lira, ex-presidente da Câmara, atua nos bastidores para poupar aliados estratégicos e tentar "conter o estrago" na coalizão governista, informa Daniela Lima. Ele afirma que sua intenção é evitar que o caldo da relação entre Planalto e Congresso entorne de vez. Impasse e eleição à vistaA atitude firme de Lula expõe o impasse entre retaliação e pragmatismo que fricciona a coalizão: o Planalto tenta disciplinar a base parlamentar sem fechar as portas para futuros acordos; o centrão, por sua vez, tenta preservar poder e musculatura eleitoral -de olho inclusive na boa possibilidade de Lula se reeleger em 2026. Amanda Klein afirma que o governo entrou em modo eleitoral na relação com o Congresso e busca apoio para passar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), crucial para garantir o pagamento de emendas em ano eleitoral. Finalmente, Josias de Souza relata que a briga entre governo e centrão expõe os porões do tradicional fisiologismo nacional, deixando às claras que os indicados a cargos públicos não necessariamente são os mais capacitados para estar lá. Raquel Landim: Governo demite aliados de deputados que votaram contra MP dos impostos Tiago Mali: Centrão tinha ao menos 378 cargos mesmo votando contra pautas do governo Daniela Lima: Com indicados poupados, Lira age para frear tesourada do governo no Centrão Antonio Lavareda: As chances de Lula e o recado de Shakespeare Amanda Klein: Governo mostra os dentes, mas ainda pode levar dribles do Congresso Josias de Souza: Briga do centrão com o governo expõe os porões do fisiologismo |
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