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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Greve na Polícia Civil chega ao 10º dia

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O Estado
SÃO LUÍS - A greve dos policiais civis e agentes penitenciários completa hoje 10 dias e o impasse entre a categoria e a Secretaria de Segurança Pública permanece. Enquanto a paralisação continua, plantões e delegacias deixam de registrar ocorrências e não é feita nenhuma investigação policial, deixando inquéritos acumulados. No feriado prolongado, o número de homicídios foi considerado alto, por causa da deficiência no policiamento.

Com a interrupção da maioria das atividades, somente estão sendo registrados nos plantões de polícia casos graves, como roubo com prisão em flagrante dos suspeitos e homicídios. No 16º Distrito Policial, na Vila Embratel, atendendo à recomendação da greve, foi presa uma quadrilha na madrugada de ontem, acusada de assassinar o policial militar José de Ribamar Ferreira Filho com um tiro no pescoço. Entre os indivíduos, um adolescente já havia sido apreendido, quinta-feira, dia 3, portando drogas, e libertado em seguida no Plantão Central da RFFSA, na Beira-Mar, por causa da greve. Na ocasião, nem mesmo o boletim de ocorrência foi emitido.

Para o coronel Flávio de Jesus, comandante do Policiamento Metropolitano (CPM), casos como o do adolescente é um prejuízo à sociedade causado pela greve. O comandante também considerou como decorrência da paralisação o aumento no número de homicídios. "Quinze mortes foram registradas. Com a greve, a marginalidade aumentou", avaliou.
No 8º Distrito Policial da Liberdade, segundo o delegado titular Abimael Pinheiro, várias pessoas buscaram atendimento, porém, não puderam ser atendidas. No local, 25 inquéritos estão sem solução, pois o processo investigatório também está paralisado. Seis casos de homicídios, cometidos antes da greve, ainda não foram apurados.

No Plantão da RFFSA, a procura por atendimento no feriado também foi elevada, mas a greve fez com que muitos deixassem de receber assistência. Rubenilson Lima, que já havia tentado registrar a perda da documentação do seu veículo durante o feriado, retornou ontem ao plantão, mas também não conseguiu fazer o Boletim de Ocorrência. "Não posso andar de carro sem a documentação e não tem como esperar a greve acabar. Isto é uma falta de respeito com o povo", afirmou.
Maria Pereira Lemos também foi à RFFSA ontem para tentar registrar um Boletim de Ocorrência, mas não conseguiu. "Meu filho se acidentou e preciso registrar um boletim para dar entrada no Hospital Geral, mas não consegui. Não sei o que farei agora", disse.