
DEU NO MARCOS D'EÇA
Saque milionário da Caema: os passos de um escândalo
- Já sob o comando do engenheiro Rubem Brito (PDT), a Caema fechou acordo para pagamento de R$ 4 milhões em parcelas mensais de R$ 135 mil. Pagou 19 parcelas, totalizando R$ 2,560 milhões ou mais de 50% do total do acordo - e pouco mais que o total do débito original.
- Uma cláusula do contrato previa multa de R$ 25 milhões em caso de atraso das parcelas. Essa cláusula nunca foi levada em consideração, uma vez que pouquíssimas parcelas foram pagas em dia, sem que a multa fosse cobrada.
- No final do governo Jackson Lago (PDT), um atraso de apenas 10 dias no pagamento de uma das parcelas foi o suficiente para que a Morada Nova acionasse, e a Justiça determinasse, a jato, a cobrança dos R$ 25 milhões.
- Os advogados da Morada Nova sacaram R$ 1 milhão em espécie e transferiram outros R$ 4,9 milhões para várias contas, em operação bancária também considerada suspeita pela atual direção da Caema, devido rapidez com que fora efetivada.
- O procurador-geral do Estado, Marcos Coutinho Lobo, suspeita de má-fé da própria assessoria jurídica da Caema, nas gestões de Rubem Brito e seu sucessor, Augusto Telles, que teriam atrasado as parcelas para causar a cobrança da multa no final do governo.
- O saque nas contas da companhia só vai parar quando se completarem os R$ 25 milhões. Todo o dinheiro que entrar na conta da empresa será confiscado, por determinação judicial, para pagamento da “multa”.
Moral da história: uma indenização de R$ 2 milhões resultou em um acordo de R$ 4 milhões e se transformou em um saque de R$ 25 milhões por causa de um atraso de 10 dias em uma das parcelas.
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