sexta-feira, 26 de junho de 2009

FATALIDADE OU NEGLIGÊNCIA?
Homem morre na fila de espera de atendimento médico do Hospital São Sebastião

Se tivéssemos falando de atendimento médico-hospitalar da rede pública de Açailândia seria só mais um caso a fazer parte das estatísticas de pacientes mortos pela falta de um atendimento digno. No entanto, o fato foi registrado em um Hospital da rede privada do município, o Hospital São Sebastião e a vítima foi o taxista Juraney Mendes Soares, 49 anos.

Este blogueiro chegou momentos após o falecimento do taxista, que sofreu sua primeira parada cardíaca nos braços de uma das filhas, na fila de espera do hospital.

Conversei com a jovem Neyane Mendes Soares, 21 anos, filha de Juraney, que em prantos denunciou o Hospital São Sebastião por negligência médica. Segundo Neyane, o pai começou a sentir fortes dores no peito e como ele era hipertenso percebeu-se de imediato a gravidade do caso, por isso a família procurou o atendimento de um cardiologista no Hospital São Sebastião. Ainda segundo relato da filha, Neyane, ela teria chegado com o pai no hospital por volta das 09:00hs, preenchido a ficha, pago a consulta e ficou aguardando o médico que estaria atendendo no Hospital Municipal. Após duas horas de espera, por volta das 11:00hs, o quadro clínico de Juraney piorou e ele chegou a cair no corredor do hospital vindo a falecer.

Versão do Hospital
Conversei por telefone com o proprietário do Hospital São Sebastião, Dr. Petrônio Gonçalves, que disse tratar-se de uma fatalidade. Dr. Petrônio acrescentou que os procedimentos de consultas do hospital ocorrem de maneira comum e rotineira, e que é comum a espera do atendimento, principalmente quando se trata da especialidade de cardiologia, em função de existirem pouquíssimos médicos da área no município. No caso específico desta fatalidade, segundo o médico, Juraney teria sentido os primeiros sintomas de um infarto desde as 04:00hs da manhã e somente as 09:00hs teriam procurado um médico, o que também pode ter contribuído para o óbito.

Ainda segundo Dr. Petrônio, ele próprio, a Dra. Regina Cunha e Dr. Paulo, que se encontravam no hospital tentaram reanimar a vítima, mas foi em vão. Juraney sofreu três paradas cardíacas ininterruptas – a terceira foi fatal.
Foto - Familiares chorando na frente do hospital

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