quinta-feira, 16 de julho de 2009

Imundície na Ambev: Brahma e Skol sabor barata

O JEITO É VORTÁ PRA MARVARDA PINGA...
Imundície na Ambev: Brahma e Skol sabor barata

Deu no Décio de Sá:
Nem uma cervejinha a gente pode beber mais em paz para amenizar esse eterno clima de guerra política no Maranhão. Hoje pela manhã a Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiro e Ministério Público interditaram a área de engarrafamento de cervejas da fábrica da Ambev, no Distrito Industrial. Motivo: imundície por toda parte e falta de segurança. Os órgãos ameaçam fechar a fábrica até sexta-feira se providências não forem tomadas.
A promotora Lítia Cavalcanti (15ª Promotoria do Consumidor), aguardará os relatórios oficiais da Vigilância Sanitária e do Corpo de Bombeiros para tomar as medidas judiciais necessárias contra a Ambev, tanto na esfera cível quanto na criminal. Ela informou que a vistoria foi motivada por denúncias de consumidores enviadas ao Ministério Público, que revelaram a presença de insetos em cervejas das marcas Skol e Brahma.
A contaminação dos produtos foi confirmada, depois de análise do Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim). Dois inquéritos já foram instaurados pela Promotoria do Consumidor para apurar as irregularidades. Uma das garrafas de 600 mil tinha apenas 555 ml de cerveja e uma barata dentro. O inseto deve ter morrido bêbado. “A inspeção só confirmou a causa da presença dos insetos nas garrafas: a sujeira no setor de engarrafamento. O maior nojo do mundo. Encontramos baratas e teias de aranha no local. Até o telefone estava com mofo. Um horror. Eu nunca mais bebo cerveja em garrafa”, disse a promotora ao blog.

Ela também recebeu denúncias parecidas contra a fábrica da Coca-Cola. Inquérito na Promotoria aponta a existência de restos de cigarro em garrafas de refrigerantes. Já foram encontradas abelhas nas garrafas de fresh lemmon. A empresa estaria recolhendo estoques do guaraná Jesus por causa de problemas.

Segurança
Durante a vistoria na Ambev, o Corpo de Bombeiros verificou a ausência de manutenção dos hidrantes e do sistema de pára-raios e a inexistência de sinalização de emergência. Fios elétricos expostos também foram encontrados.

O órgão ofereceu dois dias para a empresa apresentar um projeto de rede de segurança contra incêndio. Depois de aprovado, o Corpo de Bombeiros verificará se o plano foi executado. Caso contrário, também poderá interditar mais esse setor da fábrica. No setor de engarrafamento da Ambev, são produzidas as cervejas em garrafas de 600ml das marcas Brahma, Antártica e Skol. Os produtos são distribuídos para todo o Maranhão e também para os estados do Pará e do Amapá. A interdição não afetará a produção de chope nem de latas de cerveja.

Qualidade
No laboratório da fábrica, a Vigilância Sanitária encontrou produtos químicos com prazo de validade vencido, uma ameaça à qualidade das cervejas produzidas. Na ocasião, nenhum gerente da Ambev foi encontrado na fábrica.

Além de Lítia Cavalcanti, participaram da vistoria o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Célio Roberto Araújo, o chefe de departamento da Vigilância Sanitária do Estado do Maranhão Paulo José, entre outras autoridades e técnicos. Da Ambev, acompanharam a inspeção o staff de produtividade Enio Dias Leitão, a analista de Recursos Humanos, Priscilla Carvalho, entre outros. A promotora disse, ainda, que informará à Procuradoria Regional do Trabalho sobre irregularidades que ameaçam a segurança dos operários da fábrica, como a ausência de equipamentos de proteção.
(Com informações do Ministério Público).

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