terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Deu no Décio de Sá: Polícia pede prisão preventiva de Weverton Rocha

Comentário meu: Weverton é acusado de desviar R$ 5 milhões do Projovem Urbano. O programa federal implantado em Açailândia já apresentou inúmeras irregularidades, inclusive vários jovens matriculados em escolas da Vila Ildemar estão sem receber a pelo menos 06 meses o auxílio de R$ 100,00 mensal, enviado ao município pelo Governo Federal. Weverton e Bebeto Telles, ambos do PDT de Jackson, se intitulam os pais do ProJovem em Açailândia e farão dobradinha numa possível campanha à deputado federal e estadual respectivamente, neste ano.


A polícia encaminhou semana passada à Justiça três processos onde o ex-secretário Weverton Rocha (Esporte e Juventude) é acusado de desvios que passam dos R$ 10 milhões. Em dois deles é pedida a prisão do acusado e de ex-assessores da secretaria. Os inquéritos referem-se à obra do Ginásio Costa Rodrigues, do Projovem Urbano e de desvios de colchões e materiais da Defesa Civil. A Justiça Estadual declinou da competência do segundo processo por envolver recursos federais. A peça policial foi enviada à Justiça Federal (reprodução). Neste caso Weverton é acusado de desviar R$ 5 milhões do programa federal Projovem Urbano. O dinheiro foi sacado via Imam (Instituto Maranhense de Administração Municipal) e não há nada que comprove que os serviços foram feitos. Foi pedida a prisão preventiva do ex-secretário.

No caso dos colchões, ele foi denunciado junto com o ex-chefe da Casa Civil Aderson Lago. Os dois são acusados de desviar o material que deveria ter sido usado para ajudar as vítimas das enchentes no Maranhão. Os colchões serviram, na verdade, para confortar militantes durante a “Balaiada”, movimento em defesa do então governador Jackson Lago (PDT). Nesse caso não foi pedida sua prisão.

Ginásio

As obras de reforma e ampliação do Costa Rodrigues deveriam custar R$ 1,988 milhão. O contrato sem licitação foi feito com a empresa Maresias Construções em 30 de outubro de 2008. Em 1º de abril de 2009, 16 dias antes da cassação de Jackson Lago, Weverton mandou paralisar a execução dos serviços e determinou a demolição do ginásio com a finalidade de construir um novo. O preço da brincadeira com o dinheiro público: mais R$ 3,397 milhões, via aditivo. A obra passaria então para R$ 5,386 milhões, apesar de sequer iniciada. Mais um pedido de prisão preventiva contra o ex-secretário.

“Aconteceu que o indiciado Weverton Rocha Marques de Sousa (foto) determinou que fosse efetuado o imediato pagamento do valor da obra, com o ginásio ainda em meio aos escombros, e para tanto os indiciados Elilson Ferreira Baima do Lago e Ronalte Carlos Fonseca Marinho assinaram as notas fiscais atestando a construção do ginásio, para, desse modo, darem roupagem de legalidade ao pagamento antecipado. O indiciado Cléber Viegas, por sua vez, elaborou os despachos de tramitação do processo da contratação e convocou, em seu gabinete, os representantes dos respectivos setores para assinarem, como se o processo tivesse seguido seu curso normal. Tanto é verdade que os despachos do chefe de gabinete, do setor financeiro, da comissão de licitação e da assessoria jurídica foram todos datados em 22/12/2008, conforme é visto no processo nº 2047/08.O indiciado Leonardo Lins Arcoverde, representante legal da empresa Maresia Construções LTDA., auferiu vantagens ilícitas por meio da contratação ilegal, e se não bastasse ainda recebeu o pagamento da construção do ginásio com a obra sem sequer ter sido iniciada”, relata a peça policial.

Portanto, o “menino de ouro” de Jackson Lago e do ex-secretário Aziz Santos e toda sua gangue podem conhecer em breve, pelo lado de dentro, aquele “hotel” em Pedrinhas.

Caso do Costa Rodrigues – Os indiciados com pedido de prisão preventiva:

Weverton Rocha – Dispensa de Licitação Fora das Hipóteses Previstas em Lei; Ilegalidade da Prorrogação Contratual; Formação de Quadrilha; Peculato.

Cléber Viégas – Dispensa de Licitação Fora das Hipóteses Previstas em Lei; Ilegalidade da Prorrogação Contratual; Formação de Quadrilha; Peculato.

Ronalte Carlos Fonseca Marinho – Formação de Quadrilha; Falsidade Ideológica; Peculato.

Elilson Ferreira Baima do Lago – Formação de Quadrilha; Falsidade Ideológica; Peculato.

Leonardo Lins Arcoverde – Dispensa de Licitação Fora das Hipóteses Previstas em Lei; Ilegalidade da Prorrogação Contratual; Formação de Quadrilha.

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