quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Polícia investiga a morte de vítima de pedofilia em Açailândia

Antes de morrer Rosimeire deixou uma carta de despedida

AÇAILÂNDIA- A polícia de Açailândia investiga a morte de uma vítima de pedofilia no município. A mulher, de 25 anos, tinha denunciado o próprio pai no ano passado dela, da neta e de uma mulher que seria deficiente.

No entanto, o homem, identificado como Sebastião Alves da Silva, de 57 anos, negou os crimes.

Enquanto a polícia investiga, novos fatos são relatados como o E-mail recebido por este Blog:

“DESPEDIDA DE ROSIMEIRI”
Estava na manhã de hoje com uma familiar de Rosimeiri, a jovem que morreu envenenada na sexta-feira passada. E ouvi parte da entrevista da Delegada de Polícia da Mulher, Noêmia Maia Maciel, concedida ao vivo à Leidenalva e ao Raí Silva, da Rádio Marconi FM. Concordo com tudo que ela disse, e que ela “continue no caso”, e com o Conselho Tutelar, busquem apurar direitinho esta morte, presumidamente suicídio.
Sem entrar no mérito da questão, quem sou eu prá tanto, mas na base da indignação de um cidadão ( eu ainda sou...) convicto que uma série de negligências e omissões das autoridades acabaram levando ao fatídico desenlace de Rosimeiri, cometendo o ato derradeiro contra sua própria vida, o mais precioso de todos os nossos bens...
Levaram-na a ingerir o “chumbinho” assassino, induziram-na, obrigaram-na, e isso é violência, isso é crime... E como pode um pai e avô, acusado de violência sexual\estupro de vulnerável contra as próprias filhas e uma neta, após passar mais de cinco meses presos, voltar para a mesma família e casa que violou? e uns diazinhos depois, por “coincidente fatalidade”, a filha que violentou por anos e anos e que o denunciou, “suicidar-se”?

Rosimeiri deixou uma mensagem, me desculpem, vou repassá-la da maneira como escreveu:

hoji 2 hora da tardi mim sinto destruída a minha vida pois não tenho mais niguem que gosti de mim Senhor Cuida da minha vida pois estou precisando do seu apoio do seu cuidado do teu amor preciso que me cobri com o seu manto inlumina a Sua luis PA claria o meu caminho Sinta a tua filha esta desesperada sozinha mim lava com o seu sangui mim purifica Ass!!

Rosimeiri, Deus te guarde e abençoe! Descanse em paz!

Duas observações: a menina filha de Rosimeiri deixou a casa dos avós maternos, o Conselho Tutelar confirma que está sob guarda provisória de um tio paterno. Não houve sequer o velório de Rosimeire, dizem familiares, foi chegando do IML de Imperatriz direto para o cemitério: Rosimeiri não mereceu honra alguma de despedida.

Um comentário:

Anônimo disse...

Por que muitas mulheres sofrem caladas?

Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não peçam ajuda. Para elas é difícil dar um basta naquela situação. Muitas sentem vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramente do agressor; outras acham que “foi só daquela vez” ou que, no fundo, são elas as culpadas pela violência; outras não falam nada por causa dos filhos, porque têm medo de apanhar ainda mais ou porque não querem prejudicar o agressor, que pode ser preso ou condenado socialmente. E ainda tem também aquela idéia do “ruim com ele, pior sem ele”.

Muitas se sentem sozinhas, com medo e vergonha. Quando pedem ajuda, em geral, é para outra mulher da família, como a mãe ou irmã, ou então alguma amiga próxima, vizinha ou colega de trabalho. Já o número de mulheres que recorrem à polícia é ainda menor. Isso acontece principalmente no caso de ameaça com arma de fogo, depois de espancamentos com fraturas ou cortes e ameaças aos filhos.